Distúrbios do Início e da Manutenção do Sono - Perguntas respondidas
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Além de procurar seu médico para avaliar a sua medicação, seria interessante a prática de exercícios físicos diários, até para controlar a capacidade cardiovascular, como também aliviar o estresse que pode estar sendo mais forte que a medicação.
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A insônia se caracteriza não, necessariamente, pelo tempo dormido, porém por uma insatisfação com o sono: a pessoa com insônia, no dia seguinte, se sente fatigada e, por vezes, sonolenta.
Existem vários tipos de insônia: as pessoas podem ter dificuldades para adormecer, podem acordar várias vezes durante a noite (acordar uma vez é considerado normal) ou acordar muito mais cedo do que na época em que não tinham insônia.
Há muitas causas de insônia, sendo uma delas a depressão.
Normalmente, não devem ser usadas medicações benzodiazepínicas ("faixa preta") para dormir, pois causam incoordenação motora e quedas, problemas de memória e aprendizado. Em alguns casos, nas horas após o uso dos benzodiazepínicos, a pessoa comete atos dos quais não se lembra, mais tarde. Estes atos podem ser simples "assaltos à geladeira" até transações comerciais e mesmo crimes. Quando usadas, as medicações para insônia não devem ser ingeridas por mais que duas semanas, continuamente.
É importante lembrar que as assim chamadas "drogas Z" (zolpidem e zopiclone, no Brasil) também tem efeitos semelhantes aos benzodiazepínicos e, apesar de alguns médicos as prescreverem achando que são inofensivas, isto não é verdade.
Quando uma pessoa tem depressão, esta deve ser tratada e, muitas vezes, o sono melhora com o tratamento, se este for bem sucedido. Por vezes, podem ser usadas medicações antidepressivas sedativas, que ajudam a dormir. Entretanto, como ocorre com frequência quando se usam medicações para dormir, a médio e longo prazo, este efeito de sedação vai diminuindo e, se a causa da insônia não for tratada, ela voltará.
Se não houver nenhuma causa determinada (após consultas e exames médicos, logicamente), a insônia pode ser tratada com técnicas de higiene do sono:
MEDIDAS DE HIGIENE DO SONO
1. Ir para a cama apenas quando estiver muito sonolento, sem conseguir manter-se acordado. Não basta estar cansado. Enquanto isto, ficar assistindo à TV, lendo um livro, folheando uma revista ou escutando música. Sempre atividades tranquilas, que relaxem. Filmes de suspense, músicas muito agitadas, atividades como lavar louças ou varrer a casa podem deixar a pessoa ainda mais acordada.
2. Se acordar no meio da noite e não adormecer em 15 a 20 minutos, fazer como em (1).
3. Exercícios físicos aeróbicos várias vezes por semana.
4. Tomar um lanche leve antes de ir dormir.
5. Não fumar, não beber café na parte da tarde.
6. Jamais tentar "forçar" o sono: quanto mais a pessoa tenta, mais acordada fica.
7. Para algumas pessoas, ajuda tomar um banho morno antes de dormir.
8. Acordar cedo, mesmo nos feriados e fins-de-semana.
9. Não dormir a mais, mesmo se tiver dormido mal, à noite.
10. Não tirar cochilos durante o dia.
A depressão, de modo geral, não deve ser tratada sem medicamentos. Os tratamentos medicamentosos são, em geral, bem sucedidos, levando a um controle total ou, pelo menos, a uma melhora importante. Além disto, não causam dependência (precisam ser tomados a longo prazo não devido a uma dependência, porém ao fato de que a depressão, geralmente, não pode ser curada, mas apenas controlada - assim como a maioria das doenças, tais como diabetes ou pressão alta). Os prejuízos causados pelos antidepressivos, a curto prazo, quando ocorrem, geralmente não são graves, mesmo que incômodos. A longo prazo, ainda é discutível se causam algum prejuízo e, certamente, seus benefícios são maiores que seus riscos.
Em alguns casos mais leves, a terapia cognitivo-comportamental pode dispensar o tratamento medicamentoso. Ela também pode ser associada ao tratamento medicamentoso.
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Acredito que a avaliação por um especialista (Psiquiatra) seja fundamental nesta situação, visto que as condições sociais/emocionais enfrentadas podem ter influência direta sobre a condição apresentada.
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Você deveria procurar um psiquiatra para avaliar seu uso da maconha.
Ele deverá, também, avaliar seu padrão de sono e se ele é isolado ou se está relacionado a algum quadro depressivo, ansioso ou outro transtorno psiquiátrico que precise ser tratado.
Eventualmente, ele poderá encaminhá-lo para uma avaliação específica do sono, junto com polissonografia (um exame que registra as ondas cerebrais durante o sono, juntamente com eletrocardiograma, oxigenação do sangue, tensão e movimentos musculares, respiração). Mas, nem sempre este exame é necessário.
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Você pode estar padecendo de um problema específico do sono ou mesmo um quadro ansioso ou depressivo. Precisa ser avaliada por um médico clínico que observe todo o conjunto de fatores que a estão afetando para fazer o diagnóstico correto e propor um tratamento específico.
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Problemas de sono envolvendo insônia, múltiplos despertares, tristeza e sonolência durante o dia podem ter várias origens, desde doenças clínicas a alterações psiquiátricas, como depressão e ansiedade.
Todas as possíveis causas requerem uma avaliação médica, para que possa ser feito um diagnóstico e um tratamento adequados. Assim, é imprescindível que procure um(a) psiquiatra e se consulte.
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A insônia pode ter muitas causas: várias doenças clínicas, problemas de nariz e garganta, problemas neurológicos e transtornos psiquiátricos podem levar a dificuldades para dormir. Por outro lado, o uso de medicamentos para dormir pode prejudicar a memória, causar quedas e lesões e, depois de algum tempo de uso, frequentemente o organismo se habitua à medicação e ela deixa de fazer o efeito desejado. Em alguns casos, as medicações para dormir podem até piorar a insônia.
 
Comportamentos estranhos em pessoas idosas podem ter várias origens, também, desde quadros meramente psicológicos até transtornos ansiosos, depressivos, demenciação (problemas na linha da doença de Alzheimer) ou serem consequência de vários tipos de doenças clínicas e neurológicas.
 
O não conseguir chorar é uma questão de análise difícil, principalmente se não é a própria pessoa que relata o problema pois, pelo que você escreve, são vocês que concluem (por sinal, seria interessante saber por que vocês têm de concluir sozinhos - ela não está se comunicando direito?). Porém, muitas pessoas com depressão relatam que gostariam de chorar, mas não conseguem; quadros com comprometimento cognitivo grave (como, por exemplo, novamente, na doença de Alzheimer) também podem envolver dificuldades de expressar emoções). Algumas medicações psiquiátricas, incluindo antipsicóticos e, em alguns casos, antidepressivos, também podem levar a um embotamento emocional.
 
Realmente, sua tia precisa ser avaliada por um psiquiatra.
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Boa tarde! Apenas a informação de alteração comportamental pode significar varias situações. É necessário caracterizar o tempo de início, evolução, sintomas e sinais associados bem como uma série de outras particularidades relacionadas ao comportamento. É importante descartar doenças neurodegenerativas, infecciosas (infecção do sistema nervoso central) e metabólicas-nutricionais, para só depois atribuir esta condição a um problema de ordem primariamente mental-psicodinâmica. Desta forma, o mais correto seria avaliação inicial de um Neurologista Clínico e, caso descarte-se as desordens neurológicas orgânicas, poderá encaminhá-lo ao Geriatra e/ou Psiquiatra.