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Guilherme Cabrini Scheibel

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Quando saber se estou com labirintite?
  • Há diversos tipos de "labirintite" (labirintopatia seria o mais correto). Nem todas cursam com diminuição da audição ou zumbido.

    Temos tonturas originárias do labirinto que duram cerca de segundos e são desencadeadas com movimentos da cabeça, abaixar, levantar, virar na cama, etc. Este tipo se chama VPPB (vertigem postural paroxística benigna) e só é resolvido com uma manobra específica, não adianta tomar remédio (apesar de que este tipo de tontura pode ser predisposto por outras doenças do labirinto, que podem ou não necessitar de tratamento medicamentoso).

    Tontura rotatória com duração de minutos a horas, cursando com zumbido e/ou tontura e/ou diminuição da audição geralmente são quadros de Menière, em que há um aumento da pressão do ouvido interno, causando estes sintomas. O mais importante a se fazer nestes casos é aumentar a ingesta hídrica para 35ml/kg/dia, pois assim você dá a entender ao seu corpo que não precisa reter água (diminuindo então o ADH - hormônio antidiurético) e faz o seu labirinto não reter esse líquido também.

    Outro tipo é a neuronite vestibular, em que há uma tontura intensa, que dura até 3 dias e tem sintomas residuais até 1-3 meses. Esta é uma inflamação do nervo que leva as informações do labirinto até o cérebro. O tratamento inicial é medicamentoso (não devendo passar de 3-5 dias a medicação sedativa - meclin, vertiix, dramin..., pois o importante é a compensação que o seu cérebro vai fazer, e isso não ocorre com o labirinto sedado!) O importante é fazer fisioterapia específica após.

    O interessante é que MUITAS das tonturas estão associadas a fatores emocionais, alimentares, baixa ingestão de água, doenças associadas (pressão alta, colesterol, diabetes). Eu sempre questiono e retiro estes fatores dependendo do quadro até antes de iniciar o tratamento medicamentoso, que, na maioria das vezes, nem é necessário.

    Espero ter ajudado.

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    Dr. Guilherme Cabrini Scheibel
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    Otorrinolaringologia
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Gostaria de saber qual o risco da rinoplastia?
  • Oi, depende a qual risco você se refere.
    Temos o risco inerente a qualquer procedimento cirúrgico, sendo ele estético ou não, e temos as complicações da rinoplastia em si.

    Em relação ao primeiro, podemos ter desde alergias a medicamentos a complicações pulmonares ou cardiovasculares sérias, porém, estas são raríssimas, ainda mais em pacientes saudáveis. Dados mostram que são menos de 1:100 mil a chance de alguma destas complicações em pacientes saudáveis.

    Já em relação aos riscos da rinoplastia, podemos ter insatisfação com o resultado estético, obstrução nasal, formação de cicatrizes (rara, confira minha resposta especificamente sobre esta pergunta), infecção, etc...
    Apesar de muitas serem raras também, é sempre bom estar ciente que qualquer procedimento cirúrgico está sujeito a riscos.

    No meu ver, as mais frequentes são insatisfações estéticas e obstrução nasal, levando o paciente às vezes a procurar uma revisão cirúrgica. Complicações mais sérias são raras mas sempre devem ser ponderadas.

    Espero ter ajudado.

    Att.

    Dr Guilherme Scheibel

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    Dr. Guilherme Cabrini Scheibel
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    Otorrinolaringologia
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Olá, cirurgia plástica no nariz deixa cicatrizes?
  • Oi, tudo bom?

    Então, tudo depende da técnica de abordagem. Basicamente, para se fazer uma rinoplastia podemos fazer uso de técnica fechada ou aberta.
    A técnica fechada consiste em incisões somente dentro do nariz, não deixando nenhuma cicatriz externa. Porém, ela traz a desvantagem de o cirurgião não ter um acesso tão bom quanto na técnica aberta. Isso pode comprometer o resultado estético da sua cirurgia.

    Eu já fiz bastante tempo as técnicas fechadas e posso lhe dizer com segurança que a técnica aberta proporciona um controle da cirurgia muito melhor.
    Ela consiste na complementação das incisões internas com uma única incisão externa na parte da columela (a divisão entre as duas narinas). Ela proporciona uma visão direta e ampla de todo nariz, além de ser mais fácil e talvez a única forma de se dar determinados pontos e colocação de determinados enxertos.

    Atualmente sou bem minucioso em relação à ponta nasal, o que é o mais difícil de ser operado, e as técnicas que uso são dependentes de uma abordagem aberta.

    Mas em resumo, se a ponta do nariz for perfeita e realmente não precise ser mexida, dá para ser feita uma abordagem fechada, porém se a ponta precisa ser abordada, a técnica aberta é, na minha opinião, a de escolha.

    Espero ter ajudado.

    Att.

    Dr Guilherme Scheibel

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    Dr. Guilherme Cabrini Scheibel
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Boa noite, meus ouvidos entopem com cera. O que devo fazer para não criar tanta cera?
  • A quantidade de cerume produzida é individual, existem pessoas que produzem mais, outras menos. Porém existem outros fatores que facilitam o acúmulo, por exemplo, um conduto auditivo ou meato acústico externo estreitos ("entrada e canal do ouvido") dificultam a saída do cerume e ele acaba acumulando.

    O uso de plugs, aparelhos auditivos ou fones de ouvido vão empurrando a cera que está para sair de volta para o ouvido, compactando-a e facilitando a formação de rolha.

    O uso de cotonete é controverso, se houver acúmulo de cera e a pessoa usar o cotonete, vai agravar o quadro pois não irá remover a cera, só irá fazer como um pilão, compactando-a ainda mais. Porém, se o ouvido estiver com pouca cera e a pessoa souber usar corretamente (introduzir com cuidado até certa profundidade e tirar circundando o conduto) e com certa frequência o cotonete, não irá ocorrer acúmulo. Porém por ser uma minoria das pessoas que sabem como fazê-lo corretamente e ainda assim há risco de se machucar, será difícil ver um otorrino recomendando o uso do mesmo.

    Uma opção menos arriscada é fazer o uso de gotas que dissolvem a cera semanalmente para evitar seu acúmulo.

    Caso seu ouvido já esteja entupido, faça o uso dessas gotas (cerumin), 3 gotas, 3 vezes ao dia, de preferência morno, por 3 a 5 dias no mínimo antes de visitar o seu otorrino, pois facilita a remoção em consultório.

    Espero ter esclarecido sua dúvida.

    Grande abraço.

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    Dr. Guilherme Cabrini Scheibel
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