Guilherme Hikaru Jeewon Ju
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Primeiramente, se você usa óculos há mais de 20 anos, provavelmente você já tinha o diagnóstico de miopia ou de outro tipo de erro refracional, que são, basicamente, miopia, hipermetropia e astigmatismo. O que recomendamos para usuários de óculos é o retorno periódico no médico oftalmologista para acompanhamento da graduação dos óculos, que é feito com o exame chamado de refração. Existe sempre uma pequena variação do grau dos óculos de um exame para outro, e apenas o médico especialista pode dizer se vale a pena trocar as lentes ou se deve permanecer com as atuais. Também é importante ressaltar que não há meios de prevermos o grau no futuro, ou seja, não podemos dizer se o grau irá aumentar com o tempo, ou se ele pode regredir. Por isso, o acompanhamento anual é importantíssimo, não só pela refração, mas também para avaliação de outros aspectos do olho, como o nervo óptico, a retina e a pressão intraocular. Lembre-se: consulte-se sempre com oftalmologista, e não com optometristas, que são técnicos e costumam oferecer serviços de forma associada com ópticas e não estão legalmente credenciados para este tipo de atividade. Um grande abraço, Guilherme.
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Com o advento da tomografia de coerência óptica, ou OCT, tornou-se possível o acompanhamento da espessura da camada de fibras nervosas da retina. Essas fibras são perdidas de forma acelerada no glaucoma, e costumam respeitar um certo padrão de perda. O OCT possui um banco de dados que permite a comparação do paciente avaliado com a população considerada normal. Desta forma, é possível saber se há perda dessa camada de fibras em algum local específico ou de forma generalizada, podendo ser utilizado para diagnóstico e para seguimento do paciente glaucomatoso. Hoje, vem sendo cada vez mais utilizado para esse fim, auxiliando no diagnóstico precoce da doença. Ele possui suas limitações, como, por exemplo, nos casos em que a forma do nervo óptico são diferentes do habitual, ou em olhos que fogem muito ao que é considerado normal, justamente pelo fato da comparação ser feita com olhos ditos normais. Assim, um exame alterado não necessariamente significa doença, mas pode significar que foge do padrão de normalidade. Complementando, o OCT também é utilizado em diversas outras doenças retinianas, como na degeneração macular relacionada à idade, na retinopatia diabética, nas doenças vasoclusivas (oclusões de veia ou artérias retinianas), nos descolamentos de retina e nas doenças inflamatórias que acometem o segmento posterior. Espero ter ajudado! Abraços, Guilherme.
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Bom dia! Os três colírios que você vem utilizando são responsáveis por diminuir a pressão intraocular. Cada um deles contribui com uma parcela da redução, que é necessária para a estabilização do glaucoma. Normalmente, inicia-se o tratamento com apenas uma droga, sendo possível sua substituição por outra se o efeito da primeira não for suficiente, ou a associação com outras drogas, que é o que ocorre no seu caso. Durante o acompanhamento da doença, que é feito através da consulta de rotina periodicamente e com exames complementares, se houver indícios de piora da doença, deve-se acrescentar novo medicamento, com o intuito de se reduzir ainda mais a pressão intraocular. Até quatro drogas em forma de colírios podem ser utilizadas. Se mesmo assim houver indícios de progressão da doença, deve-se partir para outras modalidades terapêuticas, como trabeculoplastia seletiva a laser, procedimentos de cicloablação ou cirurgias filtrantes para redução da pressão intraocular. Espero que tenha sua dúvida tenha sido esclarecida. Um grande abraço; Guilherme.
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Boa noite!
Estes sintomas que o senhor relata, como os flashes de luz na periferia da visão e os riscos escuros no campo visual são típicos do que chamamos de descolamento de vítreo posterior. Dentro de nossos olhos, possuímos uma estrutura chamada de vítreo, que é semelhante a um gel. Ao longo de nossas vidas, este gel começa a sofrer alterações, tornando-se mais líquido do que viscoso, e isso pode causar o descolamento desta estrutura das paredes internas do olho, que são constituídas por diversos tecidos, inclusive a retina. O descolamento de vítreo posterior é, a princípio, uma alteração de caráter benigno a que todos estamos sujeitos. Porém, ele também é responsável pelo aparecimento de roturas na retina à medida que elas acontecem. Como o senhor possui história prévia de miopia (o interessante seria saber quantos graus o senhor possuía anteriormente; quanto maior a miopia, maior o risco de descolamento de retina), recomendo que o senhor procure um colega oftalmologista para avaliação e um exame de mapeamento de retina, no qual será necessário dilatação das pupilas para averiguar se há acometimento da retina em suas diversas porções. No caso de ausência delas, a princípio pode-se apenas manter observação. Se houver alguma lesão retiniana, o tratamento devido deverá ser realizado de acordo com a alteração encontrada. É importante ressaltar também que estas alterações visuais, em especial os "riscos pretos", aos quais chamamos de floaters ou moscas-volantes, podem se manter por muito tempo. Também vale a orientação de que qualquer baixa de visão abrupta ou alteração de campo visual deve ser imediatamente avaliada por um oftalmologista especializado em retina e vítreo. Espero ter ajudado! Abraço.
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Boa noite!
O teste do olhinho é um exame que deve ser realizado no berçário, logo que o bebê nasce. Ele é realizado com o intuito de detectar precocemente alterações e doenças oculares, como catarata congênita, infecções intraoculares (como toxoplasmose, toxocaríase) e até tumores, como no caso do retinoblastoma. Como não se sabe, através da pergunta, se essa alteração estava presente ao nascimento ou se foi detectada agora, o ideal seria levá-lo ao oftalmologista para investigação.
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