Estamos com problema com uma tia, um médico pediu para que consultasse um psiquiatra. Ela não dorme à noite, só com medicamentos, e às vezes fica estranha no comportamento, não consegue chorar. A gente vê que ela quer, mas não consegue! O que fazer?
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A insônia pode ter muitas causas: várias doenças clínicas, problemas de nariz e garganta, problemas neurológicos e transtornos psiquiátricos podem levar a dificuldades para dormir. Por outro lado, o uso de medicamentos para dormir pode prejudicar a memória, causar quedas e lesões e, depois de algum tempo de uso, frequentemente o organismo se habitua à medicação e ela deixa de fazer o efeito desejado. Em alguns casos, as medicações para dormir podem até piorar a insônia.
 
Comportamentos estranhos em pessoas idosas podem ter várias origens, também, desde quadros meramente psicológicos até transtornos ansiosos, depressivos, demenciação (problemas na linha da doença de Alzheimer) ou serem consequência de vários tipos de doenças clínicas e neurológicas.
 
O não conseguir chorar é uma questão de análise difícil, principalmente se não é a própria pessoa que relata o problema pois, pelo que você escreve, são vocês que concluem (por sinal, seria interessante saber por que vocês têm de concluir sozinhos - ela não está se comunicando direito?). Porém, muitas pessoas com depressão relatam que gostariam de chorar, mas não conseguem; quadros com comprometimento cognitivo grave (como, por exemplo, novamente, na doença de Alzheimer) também podem envolver dificuldades de expressar emoções). Algumas medicações psiquiátricas, incluindo antipsicóticos e, em alguns casos, antidepressivos, também podem levar a um embotamento emocional.
 
Realmente, sua tia precisa ser avaliada por um psiquiatra.
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Boa tarde! Apenas a informação de alteração comportamental pode significar varias situações. É necessário caracterizar o tempo de início, evolução, sintomas e sinais associados bem como uma série de outras particularidades relacionadas ao comportamento. É importante descartar doenças neurodegenerativas, infecciosas (infecção do sistema nervoso central) e metabólicas-nutricionais, para só depois atribuir esta condição a um problema de ordem primariamente mental-psicodinâmica. Desta forma, o mais correto seria avaliação inicial de um Neurologista Clínico e, caso descarte-se as desordens neurológicas orgânicas, poderá encaminhá-lo ao Geriatra e/ou Psiquiatra.