Marcio Candiani
27 | Respostas |
1 | Especialistas concordam |
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O tratamento de depressão e ansiedade com medicamentos não deve ser menor do que 18 meses após a melhora do quadro psiquiátrico.
Por isso, se não for possível atendimento com o médico do seu estado, é fundamental continuar em outro estado, uma vez que cada médico só pode atuar (atender, diagnosticar, solicitar exames ou prescrever medicamentos no estado em que estiver cadastrado).
O Conselho regional de Medicina permite que um médico esteja apto a atender em apenas em 2 estados.
Ou seja, a receita de seu médico serve apenas no estado onde ele trabalha. (Muitos clientes passam algum aperto, ao tentar comprar medicamentos na praia ou em outras viagens de férias).
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Concordo plenamente com o colega Dr. Ivan. Muitos pacientes com "transtorno borderline" apresentam algum problema psiquiátrico de base como transtorno depressivo, bipolar, distimia ou outro, associados ou não a algum transtorno de personalidade. Na prática, isso significa que pode haver melhora do quadro com algum medicamento específico para o problema psiquiátrico, uma vez que não há um "medicamento para tratar pessoas borderlines".
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É importante avaliar se essa diarréia apresenta sinais de doença orgânica (perda de peso, sangue oculto, vivo ou escuro nas fezes), mesmo que seja agravada nas situações de stress. Essa avaliação pode ser feita por um clínico, um gastroenterologista ou mesmo um Psiquiatra Clínico.
 
Muitos pacientes com ansiedade e depressão apresentam Síndrome do Intestino Irritável, um quadro de diarreia ou prisão de ventre crônicos, cujo tratamento é feito por um gastroenterologista curiosamente com o uso de antidepressivos.
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Além de HUMOR (estado de ânimo) DEPRIMIDO (sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias) e ANEDONIA (redução do prazer e interesse para realizar a maioria das atividades) são sintomas da depressão:
1) alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional)
2) distúrbio de sono (insônia ou sonolência excessiva, praticamente diárias) - geralmente insônia terminal (acordar mais cedo do que o normal, com sono que não repousa e sonolência diurna nos quadros mais depressivos). Pode haver dificuldade em iniciar o sono (quadros com maior ansiedade). Nos dois casos o sono não é reparador.
3) problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias) - falta de energia para realizar as tarefas habituais
4) fadiga ou perda de energia constante
5) culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade)
6) dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se)
7) ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte)
8) baixa autoestima
9) alteração da libido (a redução da vontade de se relacionar sexualmente costuma ser um dos sintomas iniciais de um quadro depressivo)
Muitas vezes, no início, os sinais da enfermidade podem não ser reconhecidos. É uma doença de evolução insidiosa (lenta). No entanto, nunca devem ser desconsideradas possíveis referências a ideias suicidas ou de autodestruição.
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É muito importante ver há quanto tempo seu filho tem apresentado tais alterações de comportamento (irritabilidade e choro fácil, falar que vai morrer ou sumir).
Irritabilidade é o sintoma mais comum em crianças com depressão. Choro fácil também é um sintoma comum. É importante observar outras queixas como dores (de cabeça, na barriga ou outras). Outras alterações que podem estar presentes numa criança depressiva são: perda de rendimento escolar e, a partir de 10 anos, as crianças já verbalizam ideação de auto-extermínio quando deprimidas. É fundamental uma avaliação URGENTE com um psiquiatra que atenda crianças.