Provavelmente trata-se de um quadro de constipação intestinal e necessita de uma avaliação do Gastropediatra para investigar a causa. Pode ser constipação funcional (mais comum, relacionado à dieta pobre em fibras, água, postura retentiva, etc) mas também outras doenças podem levar à constipação. São exemplos: hipotireoidismo, anormalidades da coluna espinhal, diabetes, alergia alimentar, doença celíaca, dentre outros. A definição da causa e seu adequado tratamento evita sofrimento para a criança e reduz as chances das complicações da constipação intestinal crônica, como a dilatação do intestino (megacólon).

Se ele ainda chora, pode ser pelo trauma e medo de evacuar, mas também pode ser que ele continue constipado, com fezes muito calibrosas que não estão sendo totalmente eliminadas. A presença de fezes pastosas pode ser o escape fecal (soiling) onde existe a perda involuntária de apenas uma parcela do conteúdo fecal, ficando a maior parte das fezes ainda retida no intestino. Nestes casos, o recomendado é uma avaliação com o especialista.

Pode ser secundária à infecção (vírus ou bactérias), doença inflamatória intestinal, parasitoses, alergias alimentares, etc. Algumas destas causas não são graves e tem muitas chances de cura. Para saber a causa, é fundamental saber quais os sintomas apresentados pelo paciente, além de exames laboratoriais e exame físico.

Nesta idade os vômitos geralmente estão associados a quadros de infecções virais e vem acompanhados de febre ou diarreia. Se estes episódios estão acontecendo sem evidência de infecção, é necessário avaliação com especialista para investigar gastrite, esofagite, pancreatite, etc.

A constipação pode ser funcional ou secundária a alguma doença de base. A constipação funcional é a causa mais comum, está relacionada a uma dieta pobre em fibras e água e muitas vezes a uma postura retentiva (criança tem vontade de evacuar mas evita pelo medo de sentir dor). A constipação pode ser secundária a alguma doença (por exemplo: hipotireoidismo, malformação anorretal, alergia alimentar, doença celíaca, anormalidades da medula espinhal, etc). É fundamental o acompanhamento com especialista para o diagnóstico e tratamento adequados pois, além do sofrimento da criança, o atraso no tratamento pode causar sequelas no intestino como megacólon.