Oftalmologia - Perguntas respondidas
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A vista cansada, ou presbiopia (termo técnico), geralmente surge aos 40 anos. Existem alguns procedimentos a Laser que podem ser usados para melhorar a profundidade de foco (ex. Presbyond, Custom Q) ou para transformar a córnea em uma superfície multifocal (ex PresbiLasik), porém nem todas as pessoas são aptas a esses procedimentos. Além disso, com o aparecimento da catarata por volta dos 55 anos (comum a todos nós), a cirurgia com o implante de uma lente de foco extendido ou multifocal poderia ajudar. Uma sugestão até este procedimento é o uso de lentes de contato multifocais ou com monovisão.
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Sim, existe cirurgia para tratar a vista cansada (também conhecida como presbiopia), que é a perda progressiva da capacidade de focar objetos próximos, geralmente a partir dos 40-45 anos. Aqui estão as principais opções cirúrgicas disponíveis:
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1. Cirurgia com Lentes Intraoculares (LIOs multifocais ou EDOF)
Como funciona: Remove-se o cristalino (como na cirurgia de catarata) e implanta-se uma lente artificial multifocal ou de foco estendido.
Vantagens: Corrige visão de longe e de perto (às vezes também o astigmatismo).
Ideal para: Pessoas com presbiopia com ou sem catarata.
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2. Monovisão com LASIK ou PRK
Como funciona: Uma córnea é ajustada para visão de longe e a outra para perto.
Vantagens: Técnica reversível e menos invasiva do que a troca do cristalino.
Ideal para: Pessoas sem catarata e com córnea saudável.
Desvantagem: Nem todos se adaptam à monovisão, pode causar desconforto visual.
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3. Cirurgia com Implantes Corneanos (inlays)
Como funciona: Um pequeno implante é inserido na córnea para melhorar a visão de perto.
Obs: Técnicas com inlays caíram em desuso devido a complicações e resultados inconsistentes, mas ainda são estudadas.
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4. Cirurgia de PresbiLASIK
Como funciona: Técnica a laser que remodela a córnea para permitir visão multifocal.
Menos comum no Brasil, mas usada em países como a Alemanha e os EUA.
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O que considerar:
Avaliação oftalmológica completa é essencial.
É preciso analisar: saúde do olho, presença de catarata, grau de miopia/hipermetropia, espessura da córnea, expectativas pessoais.
Nem todos os pacientes são candidatos à cirurgia, especialmente se houver outras doenças oculares.
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Quando uma criança tem uma "bolinha em cima dos cílios" persistente há mais de 3 meses, é muito provável que se trate de um calázio crônico ou, menos comumente, de um hordéolo (terçol) persistente ou até de outra lesão palpebral.
Principais possibilidades:
1. Calázio
É o mais provável no caso do seu filho.
É uma inflamação crônica de uma glândula de Meibômio (localizada nas pálpebras).
Aparece como uma bolinha indolor, firme, que pode durar meses.
Pode ocorrer após um hordéolo mal resolvido.
Costuma ser indolor e não vermelha, ao contrário do hordéolo.
2. Hordéolo (Terçol)
É uma infecção aguda de uma glândula sebácea ou dos cílios.
Causa dor, vermelhidão e inchaço, mas normalmente regride em poucos dias.
Se durar tanto tempo, é improvável que seja um hordéolo simples, pode ter se tornado um calázio.
3. Outras causas mais raras
Papilomas, cistos de inclusão, ou lesões mais incomuns em crianças.
Essas devem ser consideradas se a bolinha tiver crescimento progressivo ou aspecto incomum.
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O que fazer:
Levar a um oftalmopediatra: fundamental, especialmente por ser algo persistente.
Ele pode examinar detalhadamente com instrumentos adequados e definir o diagnóstico.
Se for mesmo um calázio:
Compressas mornas 2 a 3 vezes ao dia por 5 a 10 minutos podem ajudar, embora após 3 meses o efeito seja limitado.
Pomadas oftálmicas com antibiótico e corticoide podem ser indicadas, mas somente sob prescrição médica.
Em casos que não melhoram, pode ser necessário procedimento cirúrgico ambulatorial para drenagem.