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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Poderia explicar melhor o que quis dizer com "casos constitucionais"? O que são esses casos? Exemplos, se possível, por favor. Obrigado.
  • Mecanismo Constitucional (Direto médico)

    O mecanismo genético direto sugere uma influência dos genes e/ou da constituição de maneira direta na formação da personalidade. Neste caso, a influência ambiental é muito pequena e a participação biológica é quase absoluta. São poucas as situações que se enquadram neste mecanismo e a maioria delas refere-se aos casos de deficiência mental, como por exemplo, a Trissomia 21 ou Síndrome de Down, entre outras.

    De um modo geral, são situações onde o patrimônio genético determina solidamente a configuração do indivíduo de modo decididamente irreversível, praticamente imune às alternativas terapêuticas atuais (grife-se "atuais"). Diz-nos o bom senso que de acordo com os avanços da genética, tais situações tendem a rarear cada vez mais. A detecção precoce de genes anômalos ou patogênicos e o conhecimento acerca da penetrância de tais genes prometem um futuro mais otimista na área da concepção humana. Entretanto, atualmente tais procedimentos corretivos da formação genética desenvolvem-se, predominantemente, na esfera da prevenção e não do tratamento.

    O termo correto para os fatores biológicos atrelados à pessoa é genético-constitucional e não apenas genético. Há diferenças entre um elemento apenas genético e outro constitucional. Genético significa, em tese, hereditário, herdado. Constitucional, por sua vez, significa que faz parte da constituição da pessoa, podendo ou não ser genético. Um fator genético significa também ser constitucional, mas o contrário não se dá. As malformações proporcionadas pela toxoplasmose ou pela rubéola, por exemplo, são de natureza constitucional, embora não seja genética.

     

    2 - Mecanismo Constitucional Indireto

    Neste caso, muito embora os traços marcantes da personalidade possam ser determinados por fatores constitucionais, uma atuação decisiva do ambiente pode alterar o curso do desenvolvimento da pessoa. Uma surdez congênita, por exemplo, capaz de determinar uma personalidade peculiar por conta das limitações de desenvolvimento, essa alteração será significativamente atenuada caso a pessoa possa se beneficiar de recursos especializados de treinamento e educação.

    As alterações constitucionais proporcionam maior ou menor probabilidade de se tornarem características na personalidade dependendo da atuação ambiental. Um indivíduo que tenha em si probabilidade genética de ser alto, por exemplo, poder ter o desenvolvimento da estatura prejudicada se o meio não lhe fornecer condições adequadas de nutrição. O contrário é verdadeiro; probabilidades genéticas de baixa estatura podem ser compensadas com nutrição, exercícios, etc.

    Encontram-se nesta possibilidade os transtornos emocionais considerados endógenos. É o caso da esquizofrenia, por exemplo, que pode ou não se manifestar durante a vida do indivíduo apesar da probabilidade constitucional-genética. A eclosão franca da doença dependerá de um complexo conjunto de circunstâncias psicossociais. Também a predisposição à depressão poderia ser entendida através deste mecanismo, assim como outras condições psicopatológicas de comprovada concordância familiar.

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     Vitor Giacomini Flosi
    Vitor Giacomini Flosi
    Acupuntura Médica
    Psiquiatria
    São José do Rio Preto / SP
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  • Em geral se usa o termo constitucional quando há um componente herdado ou genético do problema atual, em geral há vários casos da doença na família. Mas acho melhor procurar o médico que disse isso e em que contexto foi dito.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Minha mãe tem depressão crônica, não sabemos mais o que fazer. Parece que os medicamentos não fazem mais efeito. Há uma semana está muito ruim, já internei mas não resolve, pois não tem uma clínica nesta especialidade por aqui. Por favor, me ajude.
  • Necessita fazer dosagem de Neurotransmissores para uma otimização medicamentosa, além de associação com psicoterapia semanal individual. Em casos graves, refratários aos tratamentos psicoterápicos e medicamentosos poderia se pensar em eletroconvulsoterapia e estimulação elétrica transcraniana.

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     Vitor Giacomini Flosi
    Vitor Giacomini Flosi
    Acupuntura Médica
    Psiquiatria
    São José do Rio Preto / SP
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  • Deve ser um caso de depressão crônica e grave. Um dos diagnósticos diferenciais é a depressão bipolar. Procure um bom psiquiatra para resolver isso, investigar diagnósticos diferenciais e possíveis comorbidades.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Como curar minha fobia social?
  • O tratamento mais recomendado é a associação de psicotrópicos para ansiedade com psicoterapia cognitiva-comportamental semanal individual.

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     Vitor Giacomini Flosi
    Vitor Giacomini Flosi
    Acupuntura Médica
    Psiquiatria
    São José do Rio Preto / SP
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  • O tratamento da fobia social consiste em psicoterapia e acompanhamento psiquiátrico regular. Atividades esportivas, teatro e atividades recreativas também podem ajudar. Atividades em grupo podem ajudar alguns casos.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Transtorno bipolar tem cura?
  • Bom dia, até o momento não existe na literatura relatos de cura do transtorno bipolar, pois se trata de doença crônica, sendo que quem sofre dessa doença precisa usar sempre o medicamento. Porém, tenho dois pacientes que já estão por mais de um ano sem usar medicamentos e estão bem, sem recaídas. Essas curiosidades às vezes ocorrem na medicina.

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  • Transtorno afetivo bipolar não tem cura. Porém existem muitas medicações disponíveis que associadas à psicoterapia, exercícios físicos e orientações a cada caso podem proporcionar o controle das crises e a pessoa levará uma vida muito próxima do normal.

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    Dre. Ana Paula Faria Moraes
    Dre. Ana Paula Faria Moraes
    Psiquiatria
    Porto Nacional / TO
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  • Sim!! Tem cura desde que feito o tratamento adequado e fique estável do ponto de vista do humor por pelo menos 2 anos. Tem alguns casos que o tratamento é por tempo indeterminado devido à gravidade do quadro.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Gostaria de saber se tenho compulsão por sexo, algum questionário?
  • Na verdade não existe um questionário especifico. A compulsão pelo sexo também é chamada de ninfomania, o diagnóstico desta condição é feito por um psiquiatra, existem vários tratamentos para a compulsão sexual, pois é considerada um transtorno do impulso.

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  • Sim. Existe uma "escala de rastreamento" que foi testada e validada por uma equipe do Proad, Programa de Orientação e Assistência a Dependentes, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O estudo foi publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria.
    A escala foi adaptada para o nosso contexto sociocultural, tomando como referência os critérios de dependência de sexo propostos pelo pesquisador Aviel Goodman.

    Teste a sua dependência de sexo

    Responda as perguntas elaboradas pelo Ambulatório de Tratamento de Sexo Patológico e veja se você pode sofrer de compulsão sexual.
    Escala de Rastreamento de dependência de sexo (SILVEIRA et al., 2000)
    Se você responder a seis ou mais respostas afirmativamente, você tem uma chance maior de ser dependente de sexo e deve procurar um diagnóstico profissional.
    "Esta é uma escala de RASTREAMENTO, e não DIAGNÓSTICO, ou seja, quem pontuar o suficiente nela deve se submeter a uma avaliação mais cuidadosa com um profissional qualificado, antes de se achar um dependente de sexo de carteirinha", alerta o Dr. Aderbal Vieira Filho, do Ambulatório de Tratamento de Sexo Patológico - PROAD - da Unifesp.
    1. Você sofreu abuso sexual quando criança ou na adolescência?
    Sim
    Não
    2. Você tem assinado ou comprado regularmente revistas pornográficas?
    Sim
    Não
    3. Seus pais tiveram problemas de ordem sexual?
    Sim
    Não
    4. Você frequentemente se percebe preocupado com questões sexuais?
    Sim
    Não
    5. Você acha que seu comportamento sexual não é normal?
    Sim
    Não
    6. Sua (seu) esposa(o) ou companheira(o) se preocupa ou até mesmo reclama de seu comportamento sexual?
    Sim
    Não
    7. Para você é difícil interromper seu comportamento sexual mesmo sabendo que é inadequado?
    Sim
    Não
    8. Você chega a se sentir mal por causa de sua conduta sexual?
    Sim
    Não
    9. Sua conduta sexual já causou problemas a você ou à sua família?
    Sim
    Não
    10. Você alguma vez buscou ajuda para lidar com comportamentos sexuais de que não gostava?
    Sim
    Não
    11. Você já chegou a se preocupar com o fato das pessoas descobrirem a respeito de suas atividades sexuais?
    Sim
    Não
    12. Alguém já se feriu emocionalmente devido à sua conduta sexual?
    Sim
    Não
    13. Alguma de suas atividades sexuais é ilegal?
    Sim
    Não
    14. Você já se prometeu deixar de fazer alguma coisa relacionada ao seu comportamento sexual?
    Sim
    Não
    15. Você já fez alguma tentativa de interromper algum aspecto de sua conduta sexual e acabou não conseguindo?
    Sim
    Não
    16. Você tem que esconder dos outros algum aspecto de seu comportamento sexual?
    Sim
    Não
    17. Você já tentou parar de fazer alguma coisa relacionada a sua atividade sexual?
    Sim
    Não
    18. Você já achou que o seu comportamento sexual era degradante?
    Sim
    Não

    19. Sexo é para você uma forma de escapar de seus problemas?
    Sim
    Não
    20. Você se sente deprimido após fazer sexo?
    Sim
    Não
    21. Você já sentiu necessidade de deixar de praticar alguma forma de comportamento sexual?
    Sim
    Não
    22. Sua atividade sexual interfere com sua vida familiar?
    Sim
    Não
    23. Você já manteve práticas sexuais com menores de idade?
    Sim
    Não
    24. Você sente que é controlado por seu desejo sexual?
    Sim
    Não
    25. Você sente que seu desejo sexual é mais forte do que você?
    Sim
    Não
    FONTE : Ambulatório de Tratamento do Sexo Patológico - PROAD - Unifesp

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     Vitor Giacomini Flosi
    Vitor Giacomini Flosi
    Acupuntura Médica
    Psiquiatria
    São José do Rio Preto / SP
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  • Bom dia, independente de questionário formal, você deveria passar em um psiquiatra ou psicólogo pois o simples preenchimento de questionário pode não ser conclusivo.

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    Dr. Jose Juarez de Oliveira Junior
    Dr. Jose Juarez de Oliveira Junior
    Psiquiatria
    Barueri / SP
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