Psiquiatria - Perguntas respondidas
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A Razapina* (mirtazapina) é um antidepressivo, usada no tratamento da depressão, em casos de ansiedade e também em alguns casos de insônia.
 
Trata-se de uma medicação que costuma dar bastante sonolência e, juntamente com o álcool, a sedação aumenta.
 
Atualmente, independente de estar ou não tomando medicações, não se permite que pessoas dirijam após beberem, o que já é uma grande proteção.
 
Poder ou não beber para alguém que toma mirtazapina depende de uma série de fatores:
 
- idade: pessoas mais velhas são mais sensíveis tanto aos efeitos da mirtazapina quanto aos do álcool;
- sexo: mulheres são mais sensíveis aos efeitos do álcool;
- fatores pessoais de metabolismo e sensibilidade aos efeitos de ambas as drogas (álcool também é droga);
- há quanto tempo a pessoa está tomando a mirtazapina (com o tempo, o efeito sedativo tende a diminuir);
- quais as doses de mirtazapina e álcool que vão ser consumidas.
 
De modo geral, no caso de pacientes estabilizados de seus quadros psiquiátricos e que não tenham tido problemas por abuso de álcool, os psiquiatras não costumam proibir o consumo de doses pequenas, esporadicamente, "tipo" um copo de vinho ou cerveja uma vez por semana.
 
Os esclarecimentos acima têm apenas caráter de informações gerais: a melhor pessoa para orientar você é o(a) seu(sua) médico(a) particular, pois é ele(a) que conhece melhor seu quadro clínico e seu organismo.
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A Razapina* (mirtazapina) é um antidepressivo que leva a um aumento do apetite pela sua ação anti-histamínica (a mesma encontrada em medicações antialérgicas). Esta ação é também responsável pela sonolência. Estes efeitos são especialmente úteis em pessoas com insônia e falta de apetite, mas em outras (ou em outra fase do tratamento) podem se tornar desagradáveis.
 
Além do fato de o efeito de aumentar o apetite ser útil em pessoas com depressão e inapetência (anorexia), a mirtazapina também é um antidepressivo que não dá efeitos colaterais sexuais, ao contrário da maioria dos outros, sendo por isto indicada em casos nos quais a pessoa seja sensível aos efeitos sexuais negativos de outras medicações.
 
Finalmente, outra vantagem da mirtazapina é que ela pode ser combinada a outros antidepressivos de modo a aumentar o efeito destes.
 
Assim, trata-se de um excelente antidepressivo. O aumento de peso se deve habitualmente a um aumento do apetite, que leva a pessoa a "engordar" (acumular gordura) e não a retenção de água ("inchaço"). Entretanto, tratando-se de um excelente antidepressivo, vale a pena, ao invés de suspender seu uso, conversar com seu médico sobre a possibilidade de controlar o peso através de dieta e exercícios ou mesmo de alguma medicação que possa contrabalançar este efeito de aumento do apetite.
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A ansiedade, até certo nível e duração e, dependendo das circunstâncias, é um fenômeno normal.
Mas, se você tem um diagnóstico de transtorno de ansiedade correto, sua ansiedade deve estar superando níveis normais e duração proporcional e/ou aparecendo em circunstâncias que não a justifiquem. Nestes casos, como em outros transtornos psiquiátricos e doenças clínicas como a asma ou a artrite reumatoide, consideramos que há uma "cronicidade", ou seja, são problemas que tendem a permanecer pela vida inteira, na maioria dos casos. Há períodos de melhora e piora espontâneos mas, muitas vezes, para a pessoa se manter livre do problema, deve tomar medicações continuamente.
Em relação a alguns transtornos ansiosos, tratamentos não medicamentosos, principalmente a terapia cognitivo-comportamental, se têm mostrado úteis, mas mesmo esta terapia frequentemente tem efeitos melhores quando feita paralelamente ao uso de medicações.
O Donaren* (trazodona) é considerado uma medicação bem tolerada e própria para uso prolongado, mas há dois estudos que sugerem que pode trazer algum comprometimento cognitivo.
A melatonina ajuda a regular o sono, apesar de os estudos sugerirem que este efeito ocorre mais em alguns tipos específicos de problemas, como o "jet lag" e outras alterações do ciclo de sono-vigília e é mais demonstrado em pessoas idosas. Não tem, por enquanto, nenhum efeito colateral descrito.
O Quetrós* (quetiapina) é uma medicação indicada como antipsicótico e estabilizador do humor e seu uso para insônia, apesar de ser comum, é algo controvertido, em função da possibilidade de efeitos colaterais em longo prazo, tais como aumento de peso, síndrome metabólica e discinesia tardia. Entretanto, nesta dose pequena que você toma, possivelmente os riscos são menores.
Nenhuma destas medicações vicia, mas qualquer mudança de doses ou troca de medicações deve necessariamente ser discutida com seu médico.
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O ideal é buscar alguém diferente que tenha uma boa relação com o paciente para que possa sugerir a busca por ajuda, outra coisa é ver a possibilidade de consulta a domicílio para essa pessoa, outra maneira de ajudar é não confrontar o paciente e sugerir a ele a ajuda. Psicólogo também pode ser um caminho interessante e geralmente mais aceito pelos pacientes. Mostre a ele quantas coisas mudaram na vida dele que justifica a busca por ajuda.
Espero ter ajudado e saúde na cabeça. -
Primeiramente precisamos entender porque ele não quer ser tratado: teve uma experiência ruim no passado ou nunca se tratou? A conduta inicial vai depender da gravidade do quadro. Uma das opções pode ser uma internação para estabilização do quadro, outra opção pode ser a psicoterapia para sensibilização.
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Quando um paciente não aceita o tratamento, inicialmente temos que identificar se se trata de uma falta de senso crítico com relação à doença (acreditar que não está doente e não precisa de remédios) ou se tem experiências desagradáveis de efeitos colaterais que criaram um estigma relacionado aos psicotrópicos. Uma vez identificado, podem ser tomadas duas atitudes: tratamento institucional inicialmente e, depois de estabilizado, continuar ambulatorialmente. E outra alternativa seria realizar um trabalho multidisciplinar com a finalidade de melhorar o insight com relação ao quadro, enfatizando na real importância de tomar as medicações.
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Olá, tudo bem? Espero que sim e o bebê também. Olha, o pondera e o Rivotril são indicados para você, mas para o bebê a maioria dos estudos e pesquisas não aconselham o uso quando a mulher está amamentando. Existem opções autorizadas pelo FDA (órgão americano de autorização de uso de medicamentos). Recomendo que você volte ao seu PSIQUIATRA e fale pra ele que você está amamentando. Espero ter ajudado e saúde na cabeça.