Marcelo Jose da Silva de Magalhães
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Bom dia.
Atualmente não existe indicação formal do tratamento da hidrocefalia com o uso de células tronco.
O tratamento é estabelecido conforme a causa e classificação da hidrocefalia.
Nas hidrocefalias obstrutivas pode ser utilizado como tratamento de primeira linha a neuroendoscopia (terceiroventriculostomia neuroendoscópica) em que não é necessário o uso de prótese que permaneça no corpo do paciente.
Nas hidrocefalias comunicantes, o tratamento de escolha é a colocação do shunt (Derivação ventrículo peritoneal). Nessa modalidade de tratamento o paciente necessita do uso de um cateter que conecta uma cavidade existente no interior do cérebro à cavidade peritoneal. Infelizmente, nesses casos essa prótese permanece no corpo do paciente. Nessa segunda modalidade de tratamento há um risco maior de complicações tais como: infecções, obstruções, síndrome do ventrículo em fenda, formação de cisto intraperitoneal etc.
Raramente a hidrocefalia decorre de tumores produtores de líquor como é o caso do papiloma do plexo corióideo. Nesse caso o paciente necessita de tratamento neurocirúrgico.
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Bom dia.
Quando a criança está com dificuldade de aprendizado escolar deveria procurar um profissional que possui maior experiência com esse grupo de paciente como: neuropediatra, neurologista e psiquiatra. Existe um série de doenças que podem levar a criança a ter dificuldade na escola. Há problemas de ordem familiar, outros decorrentes de problemas ocorridos durante a gestação da criança, outros decorrentes de doenças neurológicas tais como: transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, autismo, dislexia e discalculia, etc.. É de grande importância que a história clínica da criança seja colhida em detalhes e que seja realizado um exame neurológico completo. Exames complementares podem ser solicitados com intuito de confirmar ou afastar determinado diagnóstico. Relatórios emitidos pelas escolas podem auxiliar no diagnóstico.
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Bom dia.
O tratamento para convulsão deve se estender por 2 anos quando há completa remissão das crises convulsivas. Após esse período, o paciente deve realizar o desmame dos medicamentos que pode ser realizado em algumas semanas. Alguns pacientes portadores de lesões sequelares no cérebro muitas vezes não conseguem realizar o desmame e por isso em alguns casos necessitam do uso de anticonvulsivantes por um período superior a dois anos. Caso o paciente retorne a ter crises convulsivas, após o desmame completo, deverá retornar a fazer uso da medicação e consultar novamente com o seu neurologista.
Não é rotina a retirada de anticonvulsivante por um período tão longo quanto 5 anos como você está relatando.
A respeito de esterilidade, não há descrição de esterilidade induzida por esse medicamento. Está comprovado através de vários estudos que os anticonvulsivantes podem acarretar malformações fetais. Logo, se alguém faz uso de anticonvulsivante para tratamento de epilepsia deveria procurar imediatamente o seu neurologista em caso de gravidez.
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Bom dia.
A sertralina é um medicamento utilizado principalmente para o tratamento de transtornos ansiosos, transtornos depressivos, podendo ainda ser utilizado para tratamento de transtornos de dor como cefaleia. Em algumas ocasiões, este também é utilizado para coadjuvante na perda de peso.
A risperidona é um antipsicótico mais moderno que apresenta menos efeitos colaterais como aqueles mais antigos (por ex.: haloperidol). Esse medicamento é muito utilizado para tratamento de agressividade e sintomas psicóticos. É utilizado em pacientes de todas faixas etárias.
Esses medicamentos não são utilizados para tratamento de epilepsia.
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O que sua filha vem apresentando a princípio sugere fortemente o diagnóstico de epilepsia. Quando o paciente apresenta pelo menos duas crises bem documentadas o diagnóstico é firmado. Importante frisar que existem dezenas de síndromes epilépticas. Será necessário uma consulta médica e a realização de pelo menos dois exames: eletroencefalograma e uma tomografia computadorizada do crânio ou ressonância magnética do crânio. Esses exames auxiliarão o médico a melhor identificar a causa dessas crises. Já existe a indicação de iniciar um medicamento anticonvulsivante que o médico irá receitar. Em uma parte considerável dos casos não há alterações importantes nos exames.