Oftalmologia - Perguntas respondidas
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Vomitar, tossir, espirrar e esforços físicos elevam a pressão arterial na cabeça. Havendo fragilidade das artérias/veias, pode haver ruptura com hemorragia. No seu caso felizmente ocorreu na parte externa do olho, onde não causará danos apreciáveis.
Importante é lembrar que a mesma fragilidade dos vasos oculares está ocorrendo em OUTROS vasos, como do cérebro e coração, predispondo a AVC e infarto!
É então importante FORTALECER seus vasos, e VITAMINA C, tomada regularmente (após todas as refeições), cumpre este papel.
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Quando uma criança tem uma "bolinha em cima dos cílios" persistente há mais de 3 meses, é muito provável que se trate de um calázio crônico ou, menos comumente, de um hordéolo (terçol) persistente ou até de outra lesão palpebral.
Principais possibilidades:
1. Calázio
É o mais provável no caso do seu filho.
É uma inflamação crônica de uma glândula de Meibômio (localizada nas pálpebras).
Aparece como uma bolinha indolor, firme, que pode durar meses.
Pode ocorrer após um hordéolo mal resolvido.
Costuma ser indolor e não vermelha, ao contrário do hordéolo.
2. Hordéolo (Terçol)
É uma infecção aguda de uma glândula sebácea ou dos cílios.
Causa dor, vermelhidão e inchaço, mas normalmente regride em poucos dias.
Se durar tanto tempo, é improvável que seja um hordéolo simples, pode ter se tornado um calázio.
3. Outras causas mais raras
Papilomas, cistos de inclusão, ou lesões mais incomuns em crianças.
Essas devem ser consideradas se a bolinha tiver crescimento progressivo ou aspecto incomum.
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O que fazer:
Levar a um oftalmopediatra: fundamental, especialmente por ser algo persistente.
Ele pode examinar detalhadamente com instrumentos adequados e definir o diagnóstico.
Se for mesmo um calázio:
Compressas mornas 2 a 3 vezes ao dia por 5 a 10 minutos podem ajudar, embora após 3 meses o efeito seja limitado.
Pomadas oftálmicas com antibiótico e corticoide podem ser indicadas, mas somente sob prescrição médica.
Em casos que não melhoram, pode ser necessário procedimento cirúrgico ambulatorial para drenagem.
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A vista cansada, ou presbiopia (termo técnico), geralmente surge aos 40 anos. Existem alguns procedimentos a Laser que podem ser usados para melhorar a profundidade de foco (ex. Presbyond, Custom Q) ou para transformar a córnea em uma superfície multifocal (ex PresbiLasik), porém nem todas as pessoas são aptas a esses procedimentos. Além disso, com o aparecimento da catarata por volta dos 55 anos (comum a todos nós), a cirurgia com o implante de uma lente de foco extendido ou multifocal poderia ajudar. Uma sugestão até este procedimento é o uso de lentes de contato multifocais ou com monovisão.
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Sim, existe cirurgia para tratar a vista cansada (também conhecida como presbiopia), que é a perda progressiva da capacidade de focar objetos próximos, geralmente a partir dos 40-45 anos. Aqui estão as principais opções cirúrgicas disponíveis:
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1. Cirurgia com Lentes Intraoculares (LIOs multifocais ou EDOF)
Como funciona: Remove-se o cristalino (como na cirurgia de catarata) e implanta-se uma lente artificial multifocal ou de foco estendido.
Vantagens: Corrige visão de longe e de perto (às vezes também o astigmatismo).
Ideal para: Pessoas com presbiopia com ou sem catarata.
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2. Monovisão com LASIK ou PRK
Como funciona: Uma córnea é ajustada para visão de longe e a outra para perto.
Vantagens: Técnica reversível e menos invasiva do que a troca do cristalino.
Ideal para: Pessoas sem catarata e com córnea saudável.
Desvantagem: Nem todos se adaptam à monovisão, pode causar desconforto visual.
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3. Cirurgia com Implantes Corneanos (inlays)
Como funciona: Um pequeno implante é inserido na córnea para melhorar a visão de perto.
Obs: Técnicas com inlays caíram em desuso devido a complicações e resultados inconsistentes, mas ainda são estudadas.
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4. Cirurgia de PresbiLASIK
Como funciona: Técnica a laser que remodela a córnea para permitir visão multifocal.
Menos comum no Brasil, mas usada em países como a Alemanha e os EUA.
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O que considerar:
Avaliação oftalmológica completa é essencial.
É preciso analisar: saúde do olho, presença de catarata, grau de miopia/hipermetropia, espessura da córnea, expectativas pessoais.
Nem todos os pacientes são candidatos à cirurgia, especialmente se houver outras doenças oculares.
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Bom dia! Sinto muito que você esteja passando por isso. Após a cirurgia de catarata, a visão geralmente melhora bastante, então, se você está com a visão tão embaçada após meses, algo não está certo e precisa ser investigado.
Aqui estão algumas causas possíveis para embaçamento visual persistente após cirurgia de catarata:
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1. Opacificação da cápsula posterior (pós-catarata)
A mais comum.
Ocorre em até 20-30% dos casos com o tempo.
A cápsula do cristalino, que segura a lente intraocular, pode ficar opaca e turvar a visão.
O tratamento é simples: laser YAG capsulotomia, feito no consultório, melhora a visão rapidamente.
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2. Erro refrativo residual (precisa de óculos)
Às vezes, mesmo com a lente intraocular, o grau final não fica perfeito.
Pode haver miopia, hipermetropia ou astigmatismo residual.
Um exame com refração (teste de grau) ajuda a detectar e corrigir com óculos.
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3. Edema macular cistoide (inchaço na retina)
Pode ocorrer semanas a meses após a cirurgia.
Provoca visão turva, principalmente para leitura.
Detectado com exame de fundo de olho e tomografia de retina (OCT).
Tratamento: colírios anti-inflamatórios ou até injeções intraoculares.
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4. Deslocamento da lente intraocular
A lente pode estar ligeiramente fora do lugar.
Pode causar embaçamento e distorções.
Avaliado com exame de lâmpada de fenda.
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5. Outras doenças oculares
Ex: degeneração macular, glaucoma, distrofias retinianas.
Essas condições podem limitar a recuperação da visão, mesmo com a cirurgia feita corretamente.
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Quando procurar seu oftalmologista?
Você deve procurar o quanto antes possível, pois:
Já se passaram vários meses da cirurgia.
O nível de embaçamento é grave, atrapalhando leitura e visão à distância.
Pode ser algo fácil de resolver (como laser YAG) ou mais complexo, mas só o exame presencial pode identificar.