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Psiquiatria da Infância e Adolescência - Perguntas respondidas

Meu sobrinho tem 6 anos e faz acompanhamento com neurologista. E agora na escola a diretora disse q ele é autista de grau leve, gostaria de saber o que devemos fazer pra diagnosticar se realmente ele é autista?
  • O autismo é um transtorno que se caracteriza por uma dificuldade de relacionamento com outras pessoas que é devida, pelo menos em parte, à dificuldade que o autista tem de perceber sentimentos e emoções e, consequentemente, de lidar com as pessoas com base nestas percepções. Além disto, o autista pode ter outras dificuldades como, por exemplo, aprender certos conceitos ou considerar fenômenos de modo global (ele tende a se prender aos detalhes e a não perceber o todo); comportamentos repetitivos, que vão desde a necessidade de vestir sempre as mesmas roupas e consumir os mesmos alimentos até atitudes de auto-estimulação repetitivas que, por vezes, chegam a ser auto-agressivas. O autismo, frequentemente (mas nem sempre) vem associado a dificuldades de linguagem e algum grau de retardo mental. Autistas muito inteligentes, por sua vez, geralmente são considerados como tendo a "Síndrome de Asperger", uma forma mais amena de autismo, na qual as pessoas conseguem atingir graus elevados de funcionalidade (um bom exemplo é Temple Grandin, uma professora universitária americana envolvida em estudos sobre como reduzir o sofrimento de animais criados para abate, que possui muitas pesquisas científicas e livros publicados).

    De modo geral, apesar de que professores podem detectar sintomas de autismo, nas crianças, deve-se levá-las a um psiquiatra para que se possa ter certeza do diagnóstico.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • O diagnóstico de Autismo é clínico, feito por consultas médicas com psiquiatra ou neurologista. Não há exame complementar especifico para este diagnóstico.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
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  • Seu sobrinho precisa ser avaliado por psiquiatra infantil para um diagnóstico correto e iniciar, o mais rápido possível, um tratamento especializado com uma equipe multidisciplinar e a escola ser orientada de como lidar com ele, para que possa se desenvolver o melhor possível. Já que o autismo é um transtorno global do desenvolvimento.

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    Drª. Marluce Muniz de Souza Pedro
    Drª. Marluce Muniz de Souza Pedro
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Tenho um filho com 15 anos, diagnosticado autista. De um ano pra cá, começou se autoagredir, com mordidas e nos agredir. Não aceita mais sair de casa, sinto que está sofrendo muito! Gostaria de saber se é uma fase e se tem tratamento?
  • Pessoas com autismo têm uma especial dificuldade de se relacionar com outros, por vários motivos, que vão da dificuldade de expressar-se verbalmente até à dificuldade de perceber e interpretar emoções e reações dos outros. Por vezes, apesar de não ser obrigatório, pode haver comportamentos agressivos, em relação a si mesmo e aos outros. Há possibilidade de diminuir a agressividade com algumas medicações que podem diminuir a irritabilidade e a impulsividade. Porém, o mais importante é analisar as circunstâncias relacionadas aos comportamentos agressivos. Isto, um analista do comportamento (psiquiatra ou psicólogo comportamental) poderá fazer: há necessidade de identificar os desencadeantes dos comportamentos, assim como os estímulos que os mantêm e ajudar a criança e a família a entender melhor o que está acontecendo, assim, a modificar os comportamentos disfuncionais.

    Em relação a sair de casa, o procedimento é semelhante: entender que tipo de mudanças ocorreram que criaram resistência a este tipo de atividade e, por outro lado, descobrir que tipo de estímulos podem ajudar a reforçar a vontade de sair.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Pode ser só uma fase, mas tem tratamento. Vale a pena uma consulta com psiquiatra para avaliar a necessidade ou não de remédios antipsicóticos para combater a auto e heteroagressividade.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Minha sobrinha de 2 anos e 7 meses arranca o próprio cabelo. Um lado da cabeça já está bem mais curto que o outro. O que fazer? A mãe dela está desesperada e pensa em cortar todo o cabelo dela.
  • Ajuda esta sua sobrinha a procurar um psicólogo especialista e experiente com crianças.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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  • O ato de arrancar compulsivamente o próprio cabelo é chamado de "tricotilomania".

     

    Não se conhece as causas exatas da tricotilomania, porém se acredita que possua alguns pontos em comum com outros hábitos, tais como roer compulsivamente as unhas e mesmo alguns tipos de tiques. Acredita-se que as pessoas como este tipo de alterações percam parte da capacidade de frear certos comportamentos prejudiciais e, por isto, são denominados de "transtornos do controle de impulsos".

     

    Trata-se de um transtorno de tratamento bastante difícil, pois o ato de arrancar cabelos traz, muitas vezes, prazer e alívio para situações de ansiedade.

     

    Fatores externos, tais como situações de estresse podem influenciar muito este tipo de comportamentos. Por outro lado, este tipo de alterações pode estar inserido em algum problema mais amplo como, por exemplo, quadros depressivos, ansiosos, autismo etc.

     

    Os tratamentos passam por alguns medicamentos (infelizmente, não existe nenhum oficialmente aprovado para a terapia da tricotilomania) e abordagens comportamentais em que se procura analisar os fatores que desencadeiam e os que reforçam os episódios de arrancar os cabelos.

     

    É necessário que se consulte um psiquiatra, de preferência alguém que tenha experiência com crianças e, principalmente, transtornos de controle de impulsos, que são quadros à parte e ainda pouco conhecidos por muitos profissionais.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Minha filha tem 13 anos e não tem conseguido se relacionar com ninguém, família, amigos, ninguém. Quando discuti com alguém, briga com todos, foge de casa, fica rasgando a roupa no meio da rua, parece outra pessoa. Normalmente é uma pessoa doce.
  • Adolescentes, frequentemente, tem atitudes de rebeldia e são agressivos. Entretanto, alguns têm comportamentos mais destoantes e chegam a estes extremos. Sem dúvida, há necessidade de se encarar este problema com seriedade. Você deve levá-la a um psiquiatra pois, em alguns casos, pode tratar-se de algum problema psiquiátrico e ele pode ser tratado. Mas, possivelmente, a solução está numa terapia de família que melhore a comunicação entre vocês e possibilite que ela expresse suas emoções de modos menos destrutivos.
    Num primeiro momento, frequentemente, as pessoas têm tendência de passarem o tempo culpando umas às outras, o que não leva a nenhuma melhora. O importante, numa terapia de família, é que todos estejam disponíveis para mudanças.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • A adolescência é uma fase difícil, veja se a sua filha não tem interesse de fazer uma psicoterapia, ajudaria bastante. Tente também se aproximar afetivamente dela, ajudaria...

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Meu filho tem 8 anos e possui desinteresse em estudar, ainda troca algumas letras (b por p e outras que possuem o som parecido), mas a grafia diferente. Na hora do dever, arranja mil motivos para sair: vai ao banheiro, come sem parar. O que fazer?
  • Possivelmente, seu filho apresenta dois problemas distintos: um deles seria a dislexia e, o outro, a falta de motivação para estudar.

    A motivação para o estudo não é algo natural do ser humano, assim como não é natural ficar horas sentado numa sala de aulas ou, em casa, fazendo lições. Entretanto, a maioria das crianças consegue dar conta destas tarefas, com níveis de desempenho variados.

    Algumas crianças, entretanto, podem ter um desempenho abaixo da média, por vários motivos:

    Deficiências intelectuais - a pessoa apresenta uma capacidade de aprendizado abaixo da média e precisa, assim, de classes especiais.

    Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade(TDAH) - a criança tem grandes dificuldades para permanecer sentada e se concentrar nas aulas; fica agitada, pode ser excessivamente falante; tende a não perceber detalhes; dependendo do grau de agitação, pode ser especialmente propensa a machucar-se. A gravidade e a quantidade de sintomas pode variar, de uma criança para a outra. Geralmente, o TDAH pode ser bem tratado com medicações como o metilfenidato e a terapia comportamental.

    É frequente, também, que os estímulos sejam inadequados. Crianças provenientes de famílias nas quais as pessoas têm mais curiosidade intelectual, têm mais hábitos como leitura, visita a museus e outras atividades intelectuais tendem a ser mais motivadas para estudar. É importante, também, que os pais colaborem nos estudos e, quando as crianças têm dificuldades, participem diretamente, lendo os textos com elas e fazendo perguntas sobre a matéria, após a leitura. Quando houver possibilidades financeiras, a contratação de professores particulares também pode ser útil. A criança com dificuldades de estudo deve ser acompanhada de modo intensivo, até melhorar seu desempenho. Hoje em dia, como muitas vezes os dois pais trabalham, isto pode ficar mais difícil.

    Por sua vez, a própria dislexia pode trazer dificuldades de leitura e escrita que podem acentuar a falta de motivação.

    Quando a criança está desmotivada, frequentemente apresenta comportamentos de esquiva e vai fazer tudo o que é mais fácil e mais agradável, ao invés de estudar. Quanto ao fato de alimentar-se em excesso, nestas situações, trata-se de um comportamento deslocado que aparece em várias situações de ansiedade e, assim, frequentemente melhora ou desaparece, se a origem for tratada que, no caso, é a própria dificuldade de estudo.

    Geralmente, quadros como o de seu filho podem ser tratados através da terapia comportamental. A terapia deve envolver também os pais, o que pode ser difícil, seja pela falta de disponibilidade destes, seja porque muitos pais têm dificuldades de aceitar que estão cometendo algumas falhas na educação dos filhos e que eles próprios precisam mudar seus comportamentos para que possam influenciar beneficamente as crianças.

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  • Você deve procurar um psiquiatra infantil para melhor avaliação, pode ser falta de interesse na escola, déficit de atenção ou baixa motivação.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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