Psiquiatria da Infância e Adolescência - Perguntas respondidas
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Qual é sua dúvida? Por favor, repita sua pergunta, pois não está claro.
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Procure um(a) psiquiatra. Há muitas causas diferentes para este tipo de comportamento e é importante descobri-las, para adotar a melhor conduta. Há casos em que medicações ajudam, mas muitas vezes a indicação é de psicoterapia e, no caso de crianças e adolescentes, muitas vezes há necessidade de envolver também a família, no tratamento.
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Procure um psiquiatra para avaliar se está desenvolvendo uma depressão e se a ansiedade requer tratamento.
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Se os diagnósticos dele estiverem corretos, deve ser atendido por uma equipe multiprofissional experiente, com provável uso de medicação para TDAH, além de terapia comportamental e ocupacional para os comportamentos inadequados e desadaptativos e para o desenvolvimento de um repertório comportamental que ajude a adquirir hábitos mais saudáveis.
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Existe um transtorno que se chama transtorno de hiperatividade-déficit de atenção (TDAH), presente em 1 a 7 por cento das crianças. (Dependendo de como se faz o diagnóstico, ele é encontrado com frequência maior ou menor.) Neste tipo de transtorno, algumas crianças possuem uma predominância da hiperatividade, outras da desatenção. A hiperatividade tem as seguintes características:
- ficar o tempo inteiro se remexendo, quando sentada;
- falar demais;
- correr de um lado para o outro, tocar em tudo, brincar com todos os objetos em volta;
- dificuldades de manter-se sentado durante as refeições, na escola, ao fazer as lições de casa ou ao ouvir historinhas que lhe são contadas;
- estar sempre em movimento;
- dificuldade para realizar tarefas ou atividades que exijam que a criança fique quieta.
A hiperatividade é apenas um conjunto de sintomas. Na prática, isto significa que nem todas as crianças com comportamentos hiperativos têm TDAH. Em primeiro lugar, os sintomas devem estar presentes em muitas situações e contextos, durante pelo menos seis meses. Em segundo lugar, a criança hiperativa precisa ser mais ativa que a maioria das crianças de sua idade, para poder se pensar num TDAH.
Também é muito importante levar em conta os contextos. Técnicas educacionais falhas e ambientes impróprios podem desencadear comportamentos hiperativos mesmo em crianças sem TDAH.
Deve-se levar a criança para ser avaliada por um psiquiatra e, apesar de que, quando o diagnóstico de TDAH for confirmado, algumas medicações serem úteis no tratamento, não esperar que haja alguma solução mágica e rápida: na maioria dos casos de TDAH há uma necessidade de ensinar a família a lidar com a criança pois, frequentemente, a família tem tanto ou mais poder de influenciar o comportamento quanto os remédios. E isto é um processo demorado.