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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Fui uma pessoa considerada normal até os vinte anos. Tinha sonhos e tentava realizá-los. Até que passei a sentir medo de tudo e de todos. Passei por traumas terríveis, tanto na infância como na fase adulta. Vinte anos depois continuo tendo medo.
  • Você deve ser uma pessoa ansiosa, deve fazer uso de medicação e psicoterapia.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • Pessoas que passam por traumas graves podem desenvolver quadros ansiosos, incluindo medos exagerados; por vezes, podem vir a ter quadros depressivos ou mesmo outros transtornos psiquiátricos.

     

    Entretanto, sem conhecer e entrevistar uma pessoa, o psiquiatra não consegue estabelecer um diagnóstico adequado.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Sofro há três anos de síndrome do pânico. Há três anos parece que tem dia que vou morrer de tanta agonia. Já faço uso de medicação controlada, mas gostaria de saber qual é o melhor remédio para esse tratamento.
  • Há vários tipos de tratamento farmacológico para o Transtorno do Pânico, mas todos eles terão melhores resultados se você associar psicoterapia, especialmente a chamada terapia cognitivo comportamental.

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  • O melhor remédio é aquele que você responde melhor. O tratamento medicamentoso funciona por tentativa e erro, o uso de antidepressivos está bem indicado e o uso de benzodiazepínicos deve ser exceção, apenas para crises muito fortes e por curto período de tempo.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • O transtorno de pânico envolve crises súbitas de intenso medo, angústia ou ansiedade, acompanhadas de sintomas como sensação de que se vai morrer e sintomas físicos como palpitações no peito, tremores, tontura, vista turva, sensações desagradáveis na região do estômago, vontade de urinar ou evacuar.

     

    O tratamento para transtorno de pânico habitualmente envolve medicações do grupo dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), que são vários. Como exemplo, temos a fluoxetina, a sertralina, a paroxetina, o citalopram, o escitalopram, a venlafaxina (quando em doses baixas), a fluvoxamina. Como segunda opção, usam-se alguns antidepressivos do grupo dos tricíclicos, principalmente a clomipramina. Além disto, uma medicação do grupo dos benzodiazepínicos (o alprazolam) mostra-se eficaz no controle das crises. Entretanto, como esta medicação tem efeitos colaterais sobre a coordenação motora e o equilíbrio, a curto prazo e sobre a memória e capacidade de aprendizado, a curto e longo prazo, além de poder levar a dependência (em algumas pessoas), seu uso deve ser feito preferencialmente naquelas pessoas que têm crises muito intensas, dado que o remédio faz efeito rápido - enquanto os antidepressivos podem demorar até 3-4 semanas para exercer o efeito completo. Recomenda-se, também, que medicações benzodiazepínicas sejam tomadas por um período de apenas algumas semanas, justamente para prevenir os efeitos colaterais a longo prazo. Isto não vale para alguns casos, mais raros, que apresentam resistência ao tratamento com antidepressivos - nestes casos se pode usar o alprazolam a longo prazo, por falta de opções melhores. Desta mesma classe de remédios se utiliza também o clonazepam, na forma sublingual (Rivotril*SL), que possui comprimidos de 0,25 mg de concentração. Esta medicação não costuma ser tomada de modo regular, porém apenas para interromper crises mais fortes. Ele possui a vantagem de ter uma ação mais rápida que o alprazolam.

     

    Existem algumas formas de terapia comportamental e comportamental-cognitiva que também se mostraram úteis no tratamento das crises de pânico.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Como tratar do delírio de parasitose?
  • O delírio de parasitose é um delírio no qual o paciente refere sensações de prurido, movimentos sob a pele, picadas ou outros sintomas, atribuídos a parasitas que o estariam infestando. Como em todo delírio, é impossível convencer a pessoa de que, na verdade, ela não apresenta nenhum parasita.

     

    Sempre que um delírio aparece pela primeira vez, a não ser que a pessoa já tenha um transtorno psiquiátrico diagnosticado, vale a pena investigar problemas clínicos que possam estar causando alterações cerebrais: tumores cerebrais, acidentes vasculares e outras doenças envolvendo diretamente o cérebro; tumores em outras partes do organismo; quadros infecciosos e outras alterações clínicas podem levar a alterações químicas no organismo que podem levar ao desenvolvimento de delírios. Nestes casos, deve-se tratar a alteração clínica, em primeiro plano.

     

    Na abordagem do sintoma de delírio, assim como em outras alterações em que a pessoa perde sua capacidade de avaliar a realidade, devem ser utilizadas medicações do grupo dos antipsicóticos.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • O delírio de parasitose, apesar de raro, pode ser extremamente perturbador e incapacitante. Merece avaliação cuidadosa para diagnóstico diferencial com outros patologias e, confirmado o diagnóstico, tratamento com antipsicóticos.

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  • O uso de antipsicóticos está bem indicado neste caso.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Em 2010, minha mãe teve depressão pela primeira vez (com a morte de sua irmã). Toma medicamentos até hoje, sua recuperação foi em cerca de 2 meses. Agora em 2015, com o falecimento de seu pai, teve recaídas. O que fazer para evitar (terapias,...)?
  • Duas possibilidades de intervenção, ou seja, psicoterapia e medicação.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • Reações de luto à morte de pessoas queridas são comuns e normais. Entretanto, se houver um quadro mais profundo e prolongado, hoje em dia se faz o diagnóstico de depressão. Depressões sempre possuem sintomas mais acentuados de desânimo ou tristeza, insônia ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite, diminuição do desejo sexual, dificuldades de concentração, perda do prazer em atividades nas quais a pessoa costumava sentir prazer. Nestes casos, impõe-se tratar a pessoa.

     

    Novamente, se seu pai morreu, há necessidade de o psiquiatra avaliar a profundidade e a duração dos sintomas, para verificar se é uma reação normal numa pessoa que esteja com a depressão controlada ou se é uma recidiva do quadro.

     

    Se houver recidiva, deve-se aumentar a medicação, acrescentar outra para potencializar o efeito da primeira ou administrar doses mais altas de antidepressivo.

     

    É fundamental ela retornar ao psiquiatra.

     

    As psicoterapias podem ser eficazes, dependendo da gravidade dos sintomas e podem ser associadas ao tratamento medicamentoso.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Toda vez que minha filha fica doente fico desesperada, não durmo direito, não sinto fome, vou trabalhar pensando nela. Já pensei em sair do trabalho e da faculdade pois me sinto culpada por não estar o tempo todo com ela. O que devo fazer?
  • Você está dividida entre o que fazer. Acho que você deve começar uma psicoterapia para resolver este conflito.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
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  • Boa tarde. Gostaria de saber também a idade de sua filha. Você descreve uma rotina diária intensa e nos momentos de maior fragilidade de sua filha, esta rotina ameaça ser quebrada, o que para ela significa estar mais com você. Primeiro deve ser pesquisado se há algum fator orgânico que esteja deixando a sua filha doente. Afastada qualquer hipótese mais comprometedora, tentar, com a ajuda de um profissional em saúde mental, verificar o que está havendo com a sua filha, evitando-lhe buscar alívio de um sofrimento, por meio de outro.

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    Drª. Eliana Kohatsu Pereira Nogueira de Sousa
    Drª. Eliana Kohatsu Pereira Nogueira de Sousa
    Psiquiatria
    Santo André / SP
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  • Estar com a filha doente é, realmente, uma situação preocupante, principalmente se for um problema de alguma gravidade.

     

    Numa sociedade diferente da nossa, talvez você tivesse disponibilidade para ficar com ela o tempo inteiro e isto a deixasse mais relaxada. Da forma como funciona nossa sociedade, atualmente, você não consegue estar ao lado de seus filhos o tempo inteiro e, pelo visto, além de seu trabalho, você ainda vai à faculdade.

     

    Você tem perante si algumas opções: manter suas atividades e aprender a enfrentar sua ansiedade; manter uma das atividades; ou, como você mesma disse, sair de todas as atividades que não sejam a de cuidar de sua filha.

     

    O fato de você perder o apetite e não conseguir dormir, também, sugere que seja uma pessoa especialmente ansiosa. Esta ansiedade pode estar na faixa normal ou ser parte de um transtorno mais grave ou mesmo de uma depressão.

     

    Sugiro que procure um(a) psiquiatra para diagnosticar se você tem algum problema mais grave, que necessite, eventualmente, de medicações. Se ele(a) constatar que não há, você pode fazer uma psicoterapia, com psiquiatra experiente nesta área ou psicólogo clínico, de modo que a ajude a resolver seus conflitos (entre as diversas opções) e possa diminuir sua ansiedade e os problemas que ela causa.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
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    São Paulo / SP
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