RAMELA: Impossível fazer diagnóstico confiável à distância. Procure logo um oftalmologista.

CHORO: Descartadas outras causas, bebê que chore muito pede suspeita do mais comum: possíveis cólicas abdominais. Tome duas providências básicas:
(1) NÃO DÊ AÇÚCAR ao bebê - NUNCA!
(2) Não dê remédios contra cólicas'. Dê PROBIÓTICOS ao bebê. Aliás, bebês deveriam receber probióticos CONTINUAMENTE. Peça indicação de probióticos ao seu pediatra.

V. Johnson, médico, Campinas
= = =

CONJUNTIVITES: Há várias (bacterianas, virais, fúngicas, alérgicas, traumáticas, físico-químicas). Antes de tratar a sua com antibióticos, certifique-se de sua origem - ou o 'tratamento' poderá ser mais prejudicial do que benéfico.

SORO FISIOLÓGICO: Despesa supérflua. Melhor é higiene comum (e mais frequente) com água TRATADA de torneira (na falta desta, água FERVIDA fria).

COLÍRIO ANTIBIÓTICO: Admitindo que se confirme origem bacteriana da sua conjuntivite, ignore a frequência de uso do colírio indicada na bula. Nos olhos, colírios não agem por mais do que 3 horas. Portanto, o antibiótico deve ser aplicado a cada 3 horas (ou intervalos menores), e o tratamento deve ser mantido por pelo menos 7 dias seguidos - SEM FALHAR !

ESCOLHA DOS ANTIBIÓTICOS: Antibióticos 'de última geração' nem sempre são os mais eficazes. Seu oftalmologista lhe indicará aquele mais indicado ao seu caso.

V. Johnson, oftalmologista, Campinas
= = =

Cefaleias (dores de cabeça e enxaquecas) podem ter inúmeras causas. Por bom senso, antes de imaginar problemas neurológicos (mais graves, porém menos comuns), ideal é começar fazendo exame oftalmológico para excluir possível astigmatismo e/ou hipermetropia. Mas, é essencial que tal exame seja conduzido SOB CICLOPLEGIA (isto é, com "dilatação das pupilas") - ou não será conclusivo. Há ainda muitas outras possíveis causas para cefaleias, como otorrinolaringológicas, dentísticas, hormonais, e, as mais frequentes: posturais e por erros nutricionais.
VJ
= = =

De fato, essa PROXIMIDADE EXCESSIVA pede correção, por vários motivos:

(1) A curto prazo (horas), a proximidade excessiva pode produzir CEFALEIAS (dores de cabeça e enxaquecas).

(2) Proximidade excessiva à leitura esforça demasiadamente os músculos oculares - tanto o músculo interno (da 'acomodação' = focalização próxima) quanto os externos (convergência dos olhos). A médio/longo prazo (meses ou anos), este vício postural favorece HIPERTROFIA MUSCULAR ACOMODATIVA, com tendência ao desenvolvimento de MIOPIA TÔNICA, que, persistindo o vício, tende a se intensificar progressivamente.

(3) Equipamentos sem fio (como Wi-Fi, roteador, fornos de microondas, rádios e celulares) emitem REM (radiações eletromagnéticas). Não vemos as REM, mas elas estão à nossa volta ! Somos todos afetados pelas REM (danos progressivos a nível celular), mas algumas pessoas são hipersensíveis, e estas percebem (dores de cabeça ou articulares ou outros danos a curto prazo). Há relação entre o uso de celular e tumores cerebrais, cegueira, surdez (além de baixa produção de colágeno, acelerando formação de rugas). As REM dos 'wireless' promovem em nosso organismo a produção de RADICAIS LIVRES, favorecendo ansiedade, depressão, perturbação do sono, autismo, Alzheimer, infertilidade, malformações fetais (além de envelhecimento precoce e outros ainda por descobrirmos).

Nota: É importante notar que a intensidade das radiações é inversamente proporcional ao quadrado da distância ao usuário. Exemplo: Com o celular a 20 cm dos olhos, a radiação que chega à cabeça é QUATRO VEZES MAIOR do que a 40 cm).

Cabe aos adultos EDUCAR a geração-celular !

V. Johnson, médico, Campinas
= = =

É preciso inicialmente distinguir ESTRABISMO de VISÃO.

- VISÃO é a faculdade que nos permite ver (enxergar).

- ESTRABISMO é a perda do paralelismo dos olhos (para dentro, para fora, para cima ou para baixo).

Quando o estrabismo se instala após a infância, cirurgia corretiva dá bom resultado ESTÉTICO.

Quando, pelo contrário, o estrabismo vem desde a infância precoce, é preciso antes verificar se a visão está normal (em cada um dos olhos separadamente). A partir daqui, há uma infinidade de possibilidades.

Estrabismos que se instalam precocemente (na primeira infância) por regra são acompanhados de AMBLIOPIA de um dos olhos, isto é, um dos olhos apresenta visão reduzida. Este prejuízo varia desde a ambliopia discreta até ambliopia profunda.

Havendo ambliopia, a primeira providência consiste em minimizá-la mediante tratamento que pode envolver óculos e PENALIZAÇÃO (oclusão do olho melhor para forçar o olho pior a reagir).

Autores clássicos afirmavam que o tratamento da ambliopia só dá resultado em pacientes abaixo dos 6 anos de idade. De fato, o tratamento instituído até aquela idade costuma recuperar a visão por completo, e a recuperação é tanto maior quanto mais cedo se tratar. Mas temos observado que o tratamento da ambliopia pode dar resultados notáveis MESMO EM ADULTOS.

Como as possibilidades são muitas, somente o exame oftalmológico criterioso pode revelar o diagnóstico e o tratamento mais indicado ao caso.

V. Johnson, oftalmologista, Campinas

= = =