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Psiquiatria da Infância e Adolescência - Perguntas respondidas

Minha sobrinha de 2 anos e 7 meses arranca o próprio cabelo. Um lado da cabeça já está bem mais curto que o outro. O que fazer? A mãe dela está desesperada e pensa em cortar todo o cabelo dela.
  • Ajuda esta sua sobrinha a procurar um psicólogo especialista e experiente com crianças.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
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    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • O ato de arrancar compulsivamente o próprio cabelo é chamado de "tricotilomania".

     

    Não se conhece as causas exatas da tricotilomania, porém se acredita que possua alguns pontos em comum com outros hábitos, tais como roer compulsivamente as unhas e mesmo alguns tipos de tiques. Acredita-se que as pessoas como este tipo de alterações percam parte da capacidade de frear certos comportamentos prejudiciais e, por isto, são denominados de "transtornos do controle de impulsos".

     

    Trata-se de um transtorno de tratamento bastante difícil, pois o ato de arrancar cabelos traz, muitas vezes, prazer e alívio para situações de ansiedade.

     

    Fatores externos, tais como situações de estresse podem influenciar muito este tipo de comportamentos. Por outro lado, este tipo de alterações pode estar inserido em algum problema mais amplo como, por exemplo, quadros depressivos, ansiosos, autismo etc.

     

    Os tratamentos passam por alguns medicamentos (infelizmente, não existe nenhum oficialmente aprovado para a terapia da tricotilomania) e abordagens comportamentais em que se procura analisar os fatores que desencadeiam e os que reforçam os episódios de arrancar os cabelos.

     

    É necessário que se consulte um psiquiatra, de preferência alguém que tenha experiência com crianças e, principalmente, transtornos de controle de impulsos, que são quadros à parte e ainda pouco conhecidos por muitos profissionais.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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    Psicoterapia
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Tenho um filho com 15 anos, diagnosticado autista. De um ano pra cá, começou se autoagredir, com mordidas e nos agredir. Não aceita mais sair de casa, sinto que está sofrendo muito! Gostaria de saber se é uma fase e se tem tratamento?
  • Pessoas com autismo têm uma especial dificuldade de se relacionar com outros, por vários motivos, que vão da dificuldade de expressar-se verbalmente até à dificuldade de perceber e interpretar emoções e reações dos outros. Por vezes, apesar de não ser obrigatório, pode haver comportamentos agressivos, em relação a si mesmo e aos outros. Há possibilidade de diminuir a agressividade com algumas medicações que podem diminuir a irritabilidade e a impulsividade. Porém, o mais importante é analisar as circunstâncias relacionadas aos comportamentos agressivos. Isto, um analista do comportamento (psiquiatra ou psicólogo comportamental) poderá fazer: há necessidade de identificar os desencadeantes dos comportamentos, assim como os estímulos que os mantêm e ajudar a criança e a família a entender melhor o que está acontecendo, assim, a modificar os comportamentos disfuncionais.

    Em relação a sair de casa, o procedimento é semelhante: entender que tipo de mudanças ocorreram que criaram resistência a este tipo de atividade e, por outro lado, descobrir que tipo de estímulos podem ajudar a reforçar a vontade de sair.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Pode ser só uma fase, mas tem tratamento. Vale a pena uma consulta com psiquiatra para avaliar a necessidade ou não de remédios antipsicóticos para combater a auto e heteroagressividade.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Meu filho tem 8 anos e possui desinteresse em estudar, ainda troca algumas letras (b por p e outras que possuem o som parecido), mas a grafia diferente. Na hora do dever, arranja mil motivos para sair: vai ao banheiro, come sem parar. O que fazer?
  • Possivelmente, seu filho apresenta dois problemas distintos: um deles seria a dislexia e, o outro, a falta de motivação para estudar.

    A motivação para o estudo não é algo natural do ser humano, assim como não é natural ficar horas sentado numa sala de aulas ou, em casa, fazendo lições. Entretanto, a maioria das crianças consegue dar conta destas tarefas, com níveis de desempenho variados.

    Algumas crianças, entretanto, podem ter um desempenho abaixo da média, por vários motivos:

    Deficiências intelectuais - a pessoa apresenta uma capacidade de aprendizado abaixo da média e precisa, assim, de classes especiais.

    Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade(TDAH) - a criança tem grandes dificuldades para permanecer sentada e se concentrar nas aulas; fica agitada, pode ser excessivamente falante; tende a não perceber detalhes; dependendo do grau de agitação, pode ser especialmente propensa a machucar-se. A gravidade e a quantidade de sintomas pode variar, de uma criança para a outra. Geralmente, o TDAH pode ser bem tratado com medicações como o metilfenidato e a terapia comportamental.

    É frequente, também, que os estímulos sejam inadequados. Crianças provenientes de famílias nas quais as pessoas têm mais curiosidade intelectual, têm mais hábitos como leitura, visita a museus e outras atividades intelectuais tendem a ser mais motivadas para estudar. É importante, também, que os pais colaborem nos estudos e, quando as crianças têm dificuldades, participem diretamente, lendo os textos com elas e fazendo perguntas sobre a matéria, após a leitura. Quando houver possibilidades financeiras, a contratação de professores particulares também pode ser útil. A criança com dificuldades de estudo deve ser acompanhada de modo intensivo, até melhorar seu desempenho. Hoje em dia, como muitas vezes os dois pais trabalham, isto pode ficar mais difícil.

    Por sua vez, a própria dislexia pode trazer dificuldades de leitura e escrita que podem acentuar a falta de motivação.

    Quando a criança está desmotivada, frequentemente apresenta comportamentos de esquiva e vai fazer tudo o que é mais fácil e mais agradável, ao invés de estudar. Quanto ao fato de alimentar-se em excesso, nestas situações, trata-se de um comportamento deslocado que aparece em várias situações de ansiedade e, assim, frequentemente melhora ou desaparece, se a origem for tratada que, no caso, é a própria dificuldade de estudo.

    Geralmente, quadros como o de seu filho podem ser tratados através da terapia comportamental. A terapia deve envolver também os pais, o que pode ser difícil, seja pela falta de disponibilidade destes, seja porque muitos pais têm dificuldades de aceitar que estão cometendo algumas falhas na educação dos filhos e que eles próprios precisam mudar seus comportamentos para que possam influenciar beneficamente as crianças.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Você deve procurar um psiquiatra infantil para melhor avaliação, pode ser falta de interesse na escola, déficit de atenção ou baixa motivação.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Um adolescente que envia mensagens de cunho pornográfico para professoras e parentes, várias vezes, mesmo sendo penalizado por isso. O que leva esse adolescente a fazer isso?
  • Algumas hipóteses seriam que o adolescente tenha uma forma exibicionista de relacionar-se com a vida sexual; pode também ser rebeldia, provocação.

     

    O caso precisa ser avaliado no contexto dos outros comportamentos deste moço, para que possa ser devidamente diagnosticado e tratado. As causas do seu comportamento podem ser as mais diversas.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Pode ser uma questão de testar os limites, impulsividade, deficiência mental, transtorno de personalidade ou da própria adolescência. Precisaria conversar com ele para entender melhor este aspecto.

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Tenho uma filha de 2 anos que é extremamente agitada, não para um segundo e não atende quando os pais falam ou qualquer outra pessoa. Só pára quando o cansaço vem e dorme. Não estamos conseguindo lidar com essa agitação que ela tem.
  • Existe um transtorno que se chama transtorno de hiperatividade-déficit de atenção (TDAH), presente em 1 a 7 por cento das crianças. (Dependendo de como se faz o diagnóstico, ele é encontrado com frequência maior ou menor.) Neste tipo de transtorno, algumas crianças possuem uma predominância da hiperatividade, outras da desatenção. A hiperatividade tem as seguintes características:

    - ficar o tempo inteiro se remexendo, quando sentada;
    - falar demais;
    - correr de um lado para o outro, tocar em tudo, brincar com todos os objetos em volta;
    - dificuldades de manter-se sentado durante as refeições, na escola, ao fazer as lições de casa ou ao ouvir historinhas que lhe são contadas;
    - estar sempre em movimento;
    - dificuldade para realizar tarefas ou atividades que exijam que a criança fique quieta.

    A hiperatividade é apenas um conjunto de sintomas. Na prática, isto significa que nem todas as crianças com comportamentos hiperativos têm TDAH. Em primeiro lugar, os sintomas devem estar presentes em muitas situações e contextos, durante pelo menos seis meses. Em segundo lugar, a criança hiperativa precisa ser mais ativa que a maioria das crianças de sua idade, para poder se pensar num TDAH.

    Também é muito importante levar em conta os contextos. Técnicas educacionais falhas e ambientes impróprios podem desencadear comportamentos hiperativos mesmo em crianças sem TDAH.

    Deve-se levar a criança para ser avaliada por um psiquiatra e, apesar de que, quando o diagnóstico de TDAH for confirmado, algumas medicações serem úteis no tratamento, não esperar que haja alguma solução mágica e rápida: na maioria dos casos de TDAH há uma necessidade de ensinar a família a lidar com a criança pois, frequentemente, a família tem tanto ou mais poder de influenciar o comportamento quanto os remédios. E isto é um processo demorado.

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  • Parece um quadro de hiperatividade, procure um psiquiatra e um psicólogo especializados na infância.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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