Psiquiatria da Infância e Adolescência - Perguntas respondidas
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Às vezes as crianças refletem muito do que aprendem no ambiente em que vivem, isso visto pelos pais pode parecer um problema quando na maioria das vezes não é. Lembre que o seu filho está em processo de desenvolvimento e as diferentes fases da vida geram diferentes respostas da criança. Caso o quadro se intensifique, procure um Psicólogo especialista em TCC.
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É importante uma avaliação médica detalhada com histórico de gestação, parto, desenvolvimento e crescimento, idade de início dos sintomas, entre outros. Deve-se afastar qualquer possibilidade de doença orgânica como dificuldade de audição, visão, alterações metabólicas, enfim, fazer uma avaliação completa para inicialmente descartarmos patologias e somente depois poderemos iniciar com hipóteses diagnósticas. Sintomas isolados podem mimetizar uma patologia, porém não podemos nos basear somente neles.
Procure um médico psiquiatra infantil.
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Olá! Realmente você conta um quadro sugestivo de Transtorno do espectro autista, porém outras condições como Deficiência Intelectual e Transtorno Obssessivo-Compulsivo também podem ter manifestações semelhantes, dentre outras. A mera suspeição de Autismo muitas vezes provoca na família reações negativas de medo, ansiedade, levando os familiares a negar o problema e atrasar cada vez mais o diagnóstico definitivo e o tratamento mais adequado. Com isso, a criança vai tendo prejuízos cada vez maiores e mais difíceis de serem recuperados, uma vez que qualquer transtorno psiquiátrico na infância compromete a formação intelectual da criança, de sua estabilidade emocional e de sua personalidade.
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Concordo com minha colega Dra. Andressa e reforço que o diagnóstico na psiquiatria infantil algumas vezes requer seguimento e observação clínica por um período mais longo, onde, na medida em que trabalhamos com a criança, é que podemos identificar mais claramente os sintomas, ou seja, a avaliação depende em grande parte de observação clínica, sendo então os outros exames, auxiliares no diagnóstico. Também é bastante importante avaliação multiprofissional, ou seja, trabalho conjunto com psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, entre outros.
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O diagnóstico e o tratamento do autismo depende de psiquiatra e não de neurologista e se baseia na observação do paciente e aplicação de questionários aos pais, visando esclarecer o comportamento do paciente em várias situações. De qualquer maneira, não existem exames laboratoriais que detectem autismo, mas as alterações do comportamento presentes em crianças devem ser acompanhadas e tratadas por equipe multidisciplinar.
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Concordo com os meus colegas e penso que poderia procurar um caps (centro de atenção psicossocial) infantil, pois lá tem profissionais graduados nas diversas áreas e com especialização em saúde mental. Só se faz necessário o cartão do SUS e um comprovante de endereço. Por enquanto, procure avaliar o padrão de funcionamento da casa, a que horas as pessoas da casa vão dormir, se há um ambiente tranquilo quando sua filha vai se deitar (dormitório com luzes apagadas ou bem baixas, sem TV ligada, sem computador, celular ou outros equipamentos eletrônicos), e se está havendo algo que possa estar deixando-a em conflito, tanto no ambiente doméstico, como outros que ela possa frequentar (escola, clube, etc).
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Amiga(o), esta questão vem desde que ela é pequenininha. Os motivos deste tipo de transtorno vêm das primeiras relações que ela estabeleceu com o mundo, com os pais. Cada um percebe o mundo de forma própria, peculiar. Ela precisa ser vista por um psicólogo. Não é caso para "remédio", e sim, para compreensão. Compreensão dos porquês que se escondem na insônia, no "bater no peito", etc. Existem serviços gratuitos de psicologia para crianças, adolescentes e adultos nas faculdades de psicologia, por exemplo. E em geral, são de excelência, por serem supervisionados.