Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Pessoas que passam por traumas graves podem desenvolver quadros ansiosos, incluindo medos exagerados; por vezes, podem vir a ter quadros depressivos ou mesmo outros transtornos psiquiátricos.
 
Entretanto, sem conhecer e entrevistar uma pessoa, o psiquiatra não consegue estabelecer um diagnóstico adequado.
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Quadros psicóticos são caracterizados por uma perda do vínculo com a realidade, que pode se manifestar através de ideias delirantes (pensamentos absurdos ou sem conexão lógica com o mundo externo), comportamentos bizarros e/ou alucinações (geralmente, de vozes que dão ordens, conversam entre si ou fazem comentários).
Os antipsicóticos são o tratamento de primeira escolha que o psiquiatra utiliza. São medicações que procuram reverter ou compensar as alterações químicas cerebrais que, acredita-se, levam aos comportamentos psicóticos.
Entretanto, comportamentos psicóticos podem estar presentes em vários transtornos diferentes como, por exemplo, esquizofrenias, transtorno esquizo-afetivo, depressões psicóticas, transtorno bipolar psicótico, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante. Assim, pode ser que haja necessidade de uso de outras medicações, tais como antidepressivos ou estabilizadores de humor. Em alguns casos, usa-se a eletroconvulsoterapia (ECT), um tratamento no qual, após uma anestesia geral, faz-se uma estimulação elétrica do cérebro por alguns segundos.
Em alguns transtornos psiquiátricos, quando não muito graves, existe a opção de aguardar o período do puerpério, para que a mãe não precise tomar medicações que, geralmente, são desaconselháveis para quem está amamentando. Entretanto, se houver a presença de um surto psicótico, esta opção não existe, pois as consequências de um não-tratamento podem ser muito graves.
Dos tratamentos acima, a ECT é a que menos utiliza drogas e que permite que, após algumas horas, o organismo tenha eliminado as medicações utilizadas (basicamente para a anestesia e o relaxamento muscular). Assim, se houver indicação deste tipo de terapia, ela é bastante segura, no sentido de diminuir os riscos de eliminação de drogas pelo leite.
Entretanto, o tratamento específico vai depender de cada caso e é impossível decidir sem que a mãe seja avaliada por um psiquiatra.
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Comportamentos repetitivos podem ter várias origens, tais como quadros psicóticos ou o transtorno obsessivo-compulsivo, cada um com tratamentos diferentes.
Vocês devem marcar uma consulta com psiquiatra, até porque, num esquema de atendimento de emergência, em plantões, não há muito o que se fazer.
Entretanto, enquanto não fazem isto, procurem através de telefones como o da polícia ou dos bombeiros, ou através do Google, hospitais que possuam atendimentos psiquiátricos de emergência ou que tenham como acessar psiquiatras de retaguarda, se necessário.
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A presença de medos exagerados costuma ocorrer principalmente em transtornos ansiosos. Por sua vez, quandros de ansiedade podem incluir sintomas físicos, tais como tonturas, tremores ou palpitações no peito. Entretanto, por si só, isto diz pouco, pois sintomas ansiosos podem ocorrer tanto em transtornos de ansiedade "puros" quanto junto com outros problemas como, por exemplo, depressões e mesmo transtornos psicóticos.
 
O mesmo se pode dizer em relação à excessiva irritabilidade, que pode ocorrer em vários tipos de transtornos psiquiátricos.
 
Quanto aos esquecimentos, por vezes se trata de problemas de memória, mesmo, que podem ter causas diversas e, outras vezes, podem ser apenas consequência de dificuldades de concentração que levam não ao esquecimento propriamente dito, mas simplesmente a pessoa nem chegar a gravar adequadamente as informações.
 
Além disto, a presença de tantos sintomas diferentes na mesma pessoa pode ser causada por alguns problemas como uso de certos tipos de drogas ou mesmo remédios e, eventualmente, até por algumas doenças clínicas em várias partes do organismo.
 
Assim, apenas consultando um psiquiatra é possível fazer um diagnóstico adequado, de modo que se possa fazer um tratamento.
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Pessoas perdem o controle sobre seus comportamentos, choram e brigam pelos mais variados motivos: podem ser exclusivamente problemas de relacionamento com seu marido ou podem ser problemas externos que você esteja enfrentando em sua vida e que acabam influenciando seu relacionamento. Por vezes, quadros de depressão ou ansiedade graves também podem tornar as pessoas mais irritáveis e descontroladas.
Doenças físicas e problemas hormonais podem estar envolvidos, também.
Você deve consultar um psiquiatra. Como o psiquiatra é médico, ele terá, inclusive, condições de decidir se você deve fazer alguma avaliação clínica. De resto, se houver presença de depressão ou ansiedade grave, ele poderá tratá-la. Finalmente, se os problemas estiverem centrados no seu relacionamento ou em situações de estresse que estejam deixando você mais sensível e irritada, ele poderá propor uma psicoterapia, para discutir seus problemas e procurar soluções.