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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Minha filha tem 19 anos, possui Síndrome de Down. Há 4 anos passou a apresentar um comportamento diferenciado, tem momentos de alegria e outros de grito, de perguntas repetitivas, parecendo não entender o que está falando, voltando à normalidade.
  • Pessoas com síndrome de Down podem apresentar comportamentos variados e que não estão, necessariamente, ligados à sua síndrome.

     

    Sem conhecer a pessoa e sem uma entrevista pessoal, é impossível saber do que se trata, pois estas crises podem ter como origem desde quadros de epilepsia até serem de origem totalmente comportamental, passando por transtornos ansiosos, incluindo rituais compulsivos.

     

    É importante você consultar um psiquiatra que tenha experiência no assunto e que consiga, também, fazer uma avaliação comportamental (ou você pode consultar um psiquiatra sem esta capacitação e também um psicólogo terapeuta comportamental) para verificar que tipo de circunstâncias ambientais podem estar condicionando o comportamento de sua filha.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Pela sua descrição ela pode estar tendo sintomas psicóticos. Procure um psiquiatra infantil para cuidar do caso e ver a necessidade de medicação.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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    Psiquiatria da Infância e Adolescência
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Como tratar do delírio de parasitose?
  • O delírio de parasitose é um delírio no qual o paciente refere sensações de prurido, movimentos sob a pele, picadas ou outros sintomas, atribuídos a parasitas que o estariam infestando. Como em todo delírio, é impossível convencer a pessoa de que, na verdade, ela não apresenta nenhum parasita.

     

    Sempre que um delírio aparece pela primeira vez, a não ser que a pessoa já tenha um transtorno psiquiátrico diagnosticado, vale a pena investigar problemas clínicos que possam estar causando alterações cerebrais: tumores cerebrais, acidentes vasculares e outras doenças envolvendo diretamente o cérebro; tumores em outras partes do organismo; quadros infecciosos e outras alterações clínicas podem levar a alterações químicas no organismo que podem levar ao desenvolvimento de delírios. Nestes casos, deve-se tratar a alteração clínica, em primeiro plano.

     

    Na abordagem do sintoma de delírio, assim como em outras alterações em que a pessoa perde sua capacidade de avaliar a realidade, devem ser utilizadas medicações do grupo dos antipsicóticos.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • O delírio de parasitose, apesar de raro, pode ser extremamente perturbador e incapacitante. Merece avaliação cuidadosa para diagnóstico diferencial com outros patologias e, confirmado o diagnóstico, tratamento com antipsicóticos.

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  • O uso de antipsicóticos está bem indicado neste caso.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Minha mãe só quer ficar deitada, fala coisas repetitivas e depressivas, está sem vontade fazer nada, sai para rua do nada e diz sentir muita tontura. Que tipo de tratamento podemos iniciar, pois não queria que ela tomasse muitos medicamentos?
  • Os sintomas referidos em relação a sua mãe podem ter várias origens, desde doenças clínicas ("físicas") até transtornos psiquiátricos.

     

    Infelizmente, há poucas doenças ou transtornos que podem ser tratados sem medicações, porém os remédios, quando usados corretamente, não oferecem maiores riscos. E, com certeza, os efeitos negativos de se tomarem medicações são bem menores do que os riscos que se corre quando não se faz um tratamento.

     

    Porém, é necessário fazer uma avaliação com psiquiatra, pois não é possível sugerir tratamentos sem conhecer a pessoa.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Ela deve fazer uso de algum antidepressivo após ser avaliada por psiquiatra em consulta médica.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Sofro há três anos de síndrome do pânico. Há três anos parece que tem dia que vou morrer de tanta agonia. Já faço uso de medicação controlada, mas gostaria de saber qual é o melhor remédio para esse tratamento.
  • Há vários tipos de tratamento farmacológico para o Transtorno do Pânico, mas todos eles terão melhores resultados se você associar psicoterapia, especialmente a chamada terapia cognitivo comportamental.

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  • O melhor remédio é aquele que você responde melhor. O tratamento medicamentoso funciona por tentativa e erro, o uso de antidepressivos está bem indicado e o uso de benzodiazepínicos deve ser exceção, apenas para crises muito fortes e por curto período de tempo.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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  • O transtorno de pânico envolve crises súbitas de intenso medo, angústia ou ansiedade, acompanhadas de sintomas como sensação de que se vai morrer e sintomas físicos como palpitações no peito, tremores, tontura, vista turva, sensações desagradáveis na região do estômago, vontade de urinar ou evacuar.

     

    O tratamento para transtorno de pânico habitualmente envolve medicações do grupo dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), que são vários. Como exemplo, temos a fluoxetina, a sertralina, a paroxetina, o citalopram, o escitalopram, a venlafaxina (quando em doses baixas), a fluvoxamina. Como segunda opção, usam-se alguns antidepressivos do grupo dos tricíclicos, principalmente a clomipramina. Além disto, uma medicação do grupo dos benzodiazepínicos (o alprazolam) mostra-se eficaz no controle das crises. Entretanto, como esta medicação tem efeitos colaterais sobre a coordenação motora e o equilíbrio, a curto prazo e sobre a memória e capacidade de aprendizado, a curto e longo prazo, além de poder levar a dependência (em algumas pessoas), seu uso deve ser feito preferencialmente naquelas pessoas que têm crises muito intensas, dado que o remédio faz efeito rápido - enquanto os antidepressivos podem demorar até 3-4 semanas para exercer o efeito completo. Recomenda-se, também, que medicações benzodiazepínicas sejam tomadas por um período de apenas algumas semanas, justamente para prevenir os efeitos colaterais a longo prazo. Isto não vale para alguns casos, mais raros, que apresentam resistência ao tratamento com antidepressivos - nestes casos se pode usar o alprazolam a longo prazo, por falta de opções melhores. Desta mesma classe de remédios se utiliza também o clonazepam, na forma sublingual (Rivotril*SL), que possui comprimidos de 0,25 mg de concentração. Esta medicação não costuma ser tomada de modo regular, porém apenas para interromper crises mais fortes. Ele possui a vantagem de ter uma ação mais rápida que o alprazolam.

     

    Existem algumas formas de terapia comportamental e comportamental-cognitiva que também se mostraram úteis no tratamento das crises de pânico.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Agradeço a gentileza ao responder minha pergunta. Tenho outra pergunta. Sou uma pessoa ansiosa, sou advogada, estou absorvendo os problemas dos clientes, tive uma crise e estou afastada por um mês. Quando penso em voltar entro em pânico, o que faço?
  • Em primeiro lugar, se ainda não tiver feito, deve passar por uma avaliação com um(a) psiquiatra, para ver se há algum transtorno mais grave, talvez uma depressão ou um transtorno ansioso, que podem requerer tratamento medicamentoso.

    Quanto ao comportamento de esquiva, seria necessário analisar como foi sua crise e o que a desencadeou, assim como exatamente que aspectos a amedrontam, quando pensa em voltar ao trabalho. Isto pode ser feito no âmbito de uma psicoterapia "lato sensu" (existem cerca de 300 linhas) ou através de uma análise funcional (técnica de terapeutas comportamentais). A terapia é um processo mais demorado mas, frequentemente, possibilita que a pessoa generalize seu aprendizado e passe a enfrentar melhor outros problemas de sua vida, não apenas aquele para o qual procurou a ajuda.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Você deve se preparar psicologicamente para o retorno ao trabalho e ajuda profissional pode contribuir para isso.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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