Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Comportamentos como o de seu filho podem ter várias origens:
1 - transtornos de personalidade: são problemas que ficam evidentes no final da adolescência e que, basicamente, consistem de comportamentos que levam a sofrimentos graves para as próprias pessoas e/ou para os outros que a cercam. Há vários tipos de transtornos de personalidade, envolvendo comportamentos como, por exemplo, maltratar fisicamente pessoas ou animais, mentir, furtar, ter uma instabilidade emocional excessiva que se manifesta também nas áreas escolar e profissional; há aqueles que são demasiadamente impulsivos e têm tendência a cometer atos agressivos ou perigosos, sem pensar; há os que são excessivamente dependentes, emocionalmente. Este tipo de alterações é de difícil tratamento. O psiquiatra geralmente indica uma psicoterapia (que, em alguns casos, pode envolver a família) e, para certos pacientes, algumas medicações podem ser úteis.
2- transtornos psiquiátricos outros tais como depressões, ansiedade excessiva e mesmo surtos psicóticos que estejam se iniciando podem levar a comportamentos agressivos e, quando são tratados, melhoram muito a agressividade. Nestes casos, os remédios podem ser especialmente úteis.
3 - o uso de algumas drogas, especialmente bebidas alcoólicas, cocaína, crack e anfetaminas podem deixar as pessoas mais agressivas.
4 - Apesar de dificilmente ser a única causa envolvida, problemas de relacionamento, nos quais os pais têm dificuldades de impor limites aos filhos ou quando a agressividade ocorre com frequência, na família, podem também levar aos comportamentos descritos por você.
O fato de ter melhorado e voltado pode ter várias origens, assim como os próprios sintomas.
Certamente, há necessidade de uma investigação psiquiátrica, pois você refere comportamentos potencialmente perigosos, como ameaças de morte, que podem ou não ser cumpridas.
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Este tipo de comportamento pode ter várias origens como, por exemplo:
1 - uma real decepção com problemas que ocorreram em sua vida e fizeram de você uma pessoa pessimista e decepcionada;
2 - um quadro depressivo, que se caracteriza por uma prolongada tristeza ou desânimo, pensamentos tristes recorrentes (incluindo ideias de culpa e pessimismo em relação ao futuro), associados a insônia ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite, diminuição do desejo sexual, dificuldades de concentração, perda do prazer em atividades anteriormente prazerosas. Por vezes, a pessoa pode pensar que seria preferível morrer ou mesmo suicidar-se. Pode ocorrer um excesso de irritabilidade, também.
Entretanto, a desconfiança não é um sintoma típico da depressão e faz pensar, novamente, em muitas decepções com pessoas, ao longo da vida ou mesmo no que se denomina de traços paranoides de personalidade, que aparecem em pessoas que tendem naturalmente a ser excessivamente desconfiadas.
Você deve consultar um psiquiatra, para que ele possa fazer o diagnóstico. Muito provavelmente, você pode ser ajudada por medicações e/ou psicoterapia.
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Se você foi ao cardiologista e ele disse que não se trata de nenhum problema clínico, provavelmente é ansiedade.
Quando a pessoa tem picos de ansiedade, pode sentir palpitações no peito (nem sempre é coração acelerado). Da mesma forma, a pressão pode aumentar, mas só se pode ter certeza disto se ela for medida (muitas vezes as pessoas têm sintomas que atribuem ao aumento de pressão, mas isto nem sempre ocorre). Adormecimento das mãos, não sentir as pernas também são totalmente compatíveis com picos de ansiedade.
Estes picos de ansiedade podem ocorrer tanto em pessoas que já estão ansiosas quanto na forma de crises de pânico. A grande diferença é que, no primeiro caso, elas vão piorando e melhoram mais devagar, enquanto, nas crises de pânico, a ansiedade se inicia subitamente, muitas vezes sem aviso. Elas duram minutos, em geral, apesar de poderem ocorrer várias vezes seguidas, dando a impressão de que a crise não terminou.
Ambos os problemas têm tratamentos baseados em medicação e/ou psicoterapia que costumam levar a melhoras muito grandes ou mesmo ao total controle.
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Se sua filha está tomando remédios para dormir e não os estiver comprando no mercado negro, possivelmente há também um médico tratando dela.
Se você diz que ela não toma remédio "para surto", supostamente ela deve estar em tratamento com psiquiatra, pois são os psiquiatras que costumam passar remédios para surtos psicóticos. (É importante lembrar que são considerados "surtos" apenas aqueles episódios comportamentais que envolvem comportamentos ou crenças incompatíveis com a realidade ou, pelo menos, inferidos de forma sem lógica; por vezes, os comportamentos e pensamentos podem ser bizarros).
Quanto a gritar com você, pode ser simplesmente uma agressividade decorrente de desentendimentos entre vocês ou pode ser consequência de irritabilidade devida a um quadro psicótico ou mesmo depressão ou ansiedade excessiva. O mesmo pode ser dito em relação ao comportamento dela com a sobrinha e sua neta.
Seria importante você procurar um psiquiatra para que possa orientar você sobre como obter que sua filha faça um tratamento adequado.
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Nervosismo, tristeza, choro e insônia podem ser fenômenos normais que aparecem em situações difíceis da vida das pessoas. Nestas circunstâncias, pessoas que têm o hábito de fumar procuram alívio momentâneo no cigarro.
 
Você deve consultar um psiquiatra para diagnosticar se você está passando apenas por um período difícil da sua vida ou está com um quadro de depressão ou transtorno ansioso que deva ser tratado.