Psiquiatria - Perguntas respondidas
-
As crises de pânico frequentemente voltam, quando o tratamento ainda não tiver feito efeito suficiente ou quando a pessoa interrompe ou diminui o uso de medicação. Mesmo com o tratamento bem feito, às vezes pode haver um "escape". Nestes casos, o psiquiatra talvez aumente o remédio (mas, você não deve fazer isto por conta própria).
 
A amitriptilina não é uma opção muito comum para o pânico. A sertralina é um bom remédio para este transtorno. Se as crises voltaram, vá ao psiquiatra. Talvez o tratamento ainda não tenha tido efeito ou, desta vez, você precise chegar a doses maiores.
-
Os remédios que são os mais eficazes para a insônia interferem no aprendizado (benzodiazepínicos "faixa preta" e as drogas Z -zolpidem e zopiclone).
Você pode tentar a melatonina 3 mg, que não tem nas farmácias, mas pode comprar pela internet. Ela não é tão eficaz, mas é o hormônio natural do sono e pode, eventualmente, ter alguma utilidade.
Se possível, procure manter uma higiene do sono:
MEDIDAS DE HIGIENE DO SONO
1. Ir para a cama apenas quando estiver muito sonolento, sem conseguir manter-se acordado. Não basta estar cansado. Enquanto isto, ficar assistindo à TV, lendo um livro, folheando uma revista ou escutando música. Sempre atividades tranquilas, que relaxem. Filmes de suspense, músicas muito agitadas, atividades como lavar louças ou varrer a casa podem deixar a pessoa ainda mais acordada.
2. Se acordar no meio da noite e não adormecer em 15 a 20 minutos, fazer como em (1).
3. Exercícios físicos aeróbicos várias vezes por semana.
4. Tomar um lanche leve antes de ir dormir.
5. Não fumar, não beber café na parte da tarde.
6. Jamais tentar "forçar" o sono: quanto mais a pessoa tenta, mais acordada fica.
7. Para algumas pessoas, ajuda tomar um banho morno antes de dormir.
8. Acordar cedo, mesmo nos feriados e fins-de-semana.
9. Não dormir a mais, mesmo se tiver dormido mal, à noite.
10. Não tirar cochilos durante o dia.
-
Pessoas muito aceleradas podem estar ou ser assim devido a vários tipos de problemas diferentes e qualquer diagnóstico SOMENTE pode ser feito avaliando a pessoa numa ou mais consultas. Por vezes, inclusive, é necessário entrevistar a família.
Entre algumas possíveis causas estão:
a) ansiedade - pessoas ansiosas frequentemente se atropelam ao falar e sentem necessidade de expor suas ideias e desejos de modo rápido, assim como são impacientes em obter resultados;
b) transtorno de hiperatividade/déficit de atenção - um problema que ocorre numa frequência de cerca de 5 a 10% das crianças e envolve dificuldades de prestar atenção em atividades que não sejam especialmente estimulantes, inquietação, modo de se expressar superficial e sem detalhes (muitas vezes, a pessoa inicia uma fala e "pula" para o final do raciocínio, como se esperasse que o outro vai adivinhar o que vem no meio), hábito de interromper os outros, excesso de fala; além disto, a criança tende a iniciar uma atividade e passar para outra, antes de terminá-la e a ser distraída, frequentemente perdendo objetos ou se esquecendo de realizar tarefas;
c) fase maníaca do transtorno bipolar - apesar de mais rara, em crianças, caracteriza-se por euforia e/ou aceleração, eventualmente irritabilidade; tendência a falar demais; diminuição da necessidade de sono; dificuldades de manter a atenção; tendência a interromper atividades e a passar rapidamente de uma atividade para a outra.
É absolutamente necessário consultar um psiquiatra para estabelecer o diagnóstico.
-
Possivelmente, você está com depressão.
A depressão é um transtorno psiquiátrico que, em grau maior ou menor, cursa com tristeza ou desânimo profundos a maior parte do tempo, pessimismo excessivo, frequentes ideias tristes (ideias de culpa ou fracasso ou, simplesmente, muitas lembranças tristes); perda da alegria de viver e do prazer nas atividades de que a pessoa costumava gostar; pode ocorrer choro frequente. Insônia ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite, diminuição do desejo sexual podem ocorrer.
A irritabilidade excessiva também é um sintoma frequentemente relatado.
A depressão requer que seja feito um tratamento com antidepressivos, na maioria dos casos, e você deve procurar um psiquiatra para fazer uma avaliação. A demora em iniciar um tratamento pode levar à piora do quadro e a riscos de saúde.
-
O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) caracteriza-se por um período de vários meses (em geral, por volta de 6 meses são necessários para se ter certeza do diagnóstico) em que a pessoa passa exageradamente preocupada, com sensação subjetiva de ansiedade ou angústia, associado a sintomas como insônia, tremores, palpitações, tensão muscular, tonturas, vista turva, eventuais episódios de distúrbio gastrintestinal como diarreia, sudorese excessiva, sensação de falta de ar. Estes distúrbios não precisam aparecer todos ao mesmo tempo, porém se requer que pelo menos vários deles estejam presentes a maior parte do tempo e interfiram nas atividades ou na qualidade de vida da pessoa.
 
O TAG pode ser tratado com medicações (em primeiro plano, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina, mas também outros antidepressivos, a buspirona e drogas alternativas como a gabapentina - um antiepilético - e a hidroxizina - um antialérgico).
 
Além disto, frequentemente convém associar uma psicoterapia.
 
Em princípio, todo psiquiatra competente deve saber tratar o TAG, que é um transtorno bastante frequente.
 
Por vezes, o TAG se associa a outros transtornos de ansiedade, como pânico e fobias. Às vezes, sintomas de TAG podem preceder um quadro de depressão.