Neurocirurgia - Perguntas respondidas
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Bom dia! Cisto de Tarlov é uma patologia benigna que em algumas situações especiais necessita ser operado. Procure um neurocirurgião para que ele defina o melhor tratamento para o seu caso.
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Tanto um neurocirurgião quanto um ortopedista apresentam competência para realizar esse tipo de tratamento cirúrgico. A dor mais intensa da espondilolistese usualmente é aquela que irradia para os membros inferiores, alguns pacientes podem cursar ainda com a dor lombar associada.
Quando o paciente não obtém um controle adequado com a fisioterapia e medicamento deve-se pensar em tratamento cirúrgico. A diretriz de tratamento de hérnia discal lombar- projeto diretrizes relata que o paciente persiste com dor por mais de 12 semanas ou apresenta fraqueza importante em um dos membros, ou ainda alterações esfincterianas (perde urina ou retém urina) são candidatos a tratamento cirúrgico.
Usualmente o que acarreta dor na listese são nervos espinhais (raízes) que são tracionados ou comprimidos entre as duas vértebras que sofreram o processo de listese. É comum a presença de hérnia discal associada à espondilolistese.
Há mais de uma opção cirúrgica: alguns livros comentam o tratamento cirúrgico com uso de próteses (parafusos e hastes) que fixam artificialmente os dois corpos vertebrais que sofreram a listese.
Há ainda a opção cirúrgica de realizar a fusão dos níveis comprometidos da coluna apenas com enxerto ósseo do próprio paciente. Essa segunda opção é melhor indicada em pacientes jovens, não tabagistas; os quais, consequentemente apresentam um osso mais denso e com melhores chances de fusão. Nesses casos, o paciente necessita de utilizar um colete lombar para evitar movimento excessivo no segmento da coluna vertebral submetido ao tratamento cirúrgico.
A vantagem do primeiro caso, é que o paciente já pode caminhar no outro dia da cirurgia e não necessariamente necessita de utilizar colete no pós-operatório imediato. Importante relatar que o cirurgião necessita realizar descompressão do nervo espinhal que está sofrendo compressão como intuito de amenizar a dor que irradia para o membro inferior. -
Um neurocirurgião estará apto a operá-lo sim. Mas antes, necessita de avaliação detalhada, com exames realizados e fazer exame neurológico. A indicação cirúrgica depende do quadro clínico, do grau da listese e se a mesma apresenta hipermobilidade ou compressão de raízes nervosas. Espero ter ajudado!
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Bom dia, é uma pergunta ampla, com uma resposta ainda mais vasta. Tudo depende do local onde a cirurgia vai ser realizada, região do crânio (frontal, parietal, occipital...) Hoje as técnicas sofreram muitas melhoras, com tendências cada vez menos invasivas, mas como citei no início, tudo dependerá da região e da doença a ser tratada.
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O que é um Oligodendroglioma?
O oligodendroglioma é um tipo de tumor que se origina nas células chamadas oligodendrócitos, que são responsáveis por produzir a mielina, uma substância que protege as fibras nervosas no cérebro e na medula espinhal. Os oligodendrogliomas são classificados como gliomas, que são tumores que se desenvolvem a partir das células gliais, as células de suporte do sistema nervoso.
Oligodendroglioma de Baixo Grau (Grau II da OMS)
Os oligodendrogliomas são classificados em diferentes graus, dependendo de suas características microscópicas e comportamento. O oligodendroglioma de baixo grau, também conhecido como grau II pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é um tipo de tumor que cresce relativamente lentamente em comparação com os tumores de alto grau.
 
Características:
Crescimento Lento: Geralmente, cresce de forma mais lenta do que os oligodendrogliomas de alto grau (anaplásicos ou grau III) e o glioblastoma (grau IV).
Localização: Mais comum nos hemisférios cerebrais (lobo frontal e temporal).
Sintomas: Os sintomas podem variar dependendo da localização do tumor, mas frequentemente incluem:
#Crises epilépticas (convulsões)
#Dores de cabeça
#Fraqueza ou alterações na sensibilidade
#Alterações cognitivas ou comportamentais
 
Diagnóstico:
O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de:
#Exame Neurológico: Avaliação das funções neurológicas.
#Neuroimagem:
*Ressonância Magnética (RM): Principal método para visualizar o tumor, avaliar seu tamanho, localização e relação com estruturas cerebrais adjacentes.
*Tomografia Computadorizada (TC): Pode ser usada, mas a RM é preferível.
 
Biópsia ou Ressecção Cirúrgica: A confirmação do diagnóstico requer a análise microscópica do tecido tumoral obtido por biópsia ou durante a cirurgia de remoção do tumor.
 
Tratamento:
A abordagem de tratamento para oligodendrogliomas de baixo grau pode incluir:
#Observação: Em alguns casos, se o tumor for pequeno, assintomático e não estiver causando problemas significativos, o médico pode optar por monitorar o tumor com exames de imagem regulares (RM) para verificar se há crescimento antes de iniciar o tratamento ativo.
#Cirurgia: A remoção cirúrgica máxima possível do tumor é geralmente o primeiro passo no tratamento. A ressecção completa do tumor, sempre que possível, é o tratamento ideal e está associada a melhores resultados.
#Radioterapia: Pode ser utilizada após a cirurgia, especialmente se a ressecção completa não for possível ou se houver sinais de progressão do tumor.
#Quimioterapia: Pode ser considerada em casos de progressão do tumor após a cirurgia e/ou radioterapia.
#Terapias Alvo: Em alguns casos, testes genéticos podem identificar mutações específicas no tumor que podem ser alvo de terapias mais direcionadas.
 
Prognóstico:
O prognóstico para oligodendrogliomas de baixo grau é geralmente melhor do que para os tumores de alto grau. Fatores que influenciam o prognóstico incluem:
#Idade do paciente
#Estado geral de saúde
#Extensão da ressecção cirúrgica
#Presença de certas mutações genéticas (como IDH1 e 1p/19q codeletion)
A codeleção 1p/19q, em particular, está associada a uma melhor resposta à quimioterapia e, consequentemente, a um melhor prognóstico.
 
Acompanhamento:
O acompanhamento regular com exames de imagem (RM) é essencial para monitorar a recorrência do tumor e avaliar a resposta ao tratamento.
 
Considerações Finais:
É fundamental que o tratamento seja individualizado e adaptado às características específicas de cada paciente. A decisão sobre a melhor abordagem terapêutica deve ser tomada em conjunto por uma equipe multidisciplinar, incluindo neurocirurgiões, oncologistas e radioterapeutas.






