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Psiquiatria da Infância e Adolescência - Perguntas respondidas

Meu filho tem 8 anos e possui desinteresse em estudar, ainda troca algumas letras (b por p e outras que possuem o som parecido), mas a grafia diferente. Na hora do dever, arranja mil motivos para sair: vai ao banheiro, come sem parar. O que fazer?
  • Possivelmente, seu filho apresenta dois problemas distintos: um deles seria a dislexia e, o outro, a falta de motivação para estudar.

    A motivação para o estudo não é algo natural do ser humano, assim como não é natural ficar horas sentado numa sala de aulas ou, em casa, fazendo lições. Entretanto, a maioria das crianças consegue dar conta destas tarefas, com níveis de desempenho variados.

    Algumas crianças, entretanto, podem ter um desempenho abaixo da média, por vários motivos:

    Deficiências intelectuais - a pessoa apresenta uma capacidade de aprendizado abaixo da média e precisa, assim, de classes especiais.

    Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade(TDAH) - a criança tem grandes dificuldades para permanecer sentada e se concentrar nas aulas; fica agitada, pode ser excessivamente falante; tende a não perceber detalhes; dependendo do grau de agitação, pode ser especialmente propensa a machucar-se. A gravidade e a quantidade de sintomas pode variar, de uma criança para a outra. Geralmente, o TDAH pode ser bem tratado com medicações como o metilfenidato e a terapia comportamental.

    É frequente, também, que os estímulos sejam inadequados. Crianças provenientes de famílias nas quais as pessoas têm mais curiosidade intelectual, têm mais hábitos como leitura, visita a museus e outras atividades intelectuais tendem a ser mais motivadas para estudar. É importante, também, que os pais colaborem nos estudos e, quando as crianças têm dificuldades, participem diretamente, lendo os textos com elas e fazendo perguntas sobre a matéria, após a leitura. Quando houver possibilidades financeiras, a contratação de professores particulares também pode ser útil. A criança com dificuldades de estudo deve ser acompanhada de modo intensivo, até melhorar seu desempenho. Hoje em dia, como muitas vezes os dois pais trabalham, isto pode ficar mais difícil.

    Por sua vez, a própria dislexia pode trazer dificuldades de leitura e escrita que podem acentuar a falta de motivação.

    Quando a criança está desmotivada, frequentemente apresenta comportamentos de esquiva e vai fazer tudo o que é mais fácil e mais agradável, ao invés de estudar. Quanto ao fato de alimentar-se em excesso, nestas situações, trata-se de um comportamento deslocado que aparece em várias situações de ansiedade e, assim, frequentemente melhora ou desaparece, se a origem for tratada que, no caso, é a própria dificuldade de estudo.

    Geralmente, quadros como o de seu filho podem ser tratados através da terapia comportamental. A terapia deve envolver também os pais, o que pode ser difícil, seja pela falta de disponibilidade destes, seja porque muitos pais têm dificuldades de aceitar que estão cometendo algumas falhas na educação dos filhos e que eles próprios precisam mudar seus comportamentos para que possam influenciar beneficamente as crianças.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Você deve procurar um psiquiatra infantil para melhor avaliação, pode ser falta de interesse na escola, déficit de atenção ou baixa motivação.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Por que meu filho de 14 anos manda mensagens para professoras e primas, dizendo que seu pênis é grande e que tem desejos com elas, mesmo depois de ser punido várias vezes?
  • É difícil saber o motivo exato pelo qual seu filho faz isto. Pode ser um caso de sintomas de exibicionismo sexual, onde as pessoas mostram seus órgãos sexuais ou partes de seu corpo para outras pessoas, para se excitarem. Pode ser uma tentativa inábil de estimulá-las. Pode ser, também, uma forma de chamar a atenção sobre si.

     

    Seria importante uma avaliação psicológica ou psiquiátrica para poder estabelecer a causa mais provável.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Punição não resolve, castigo físico não resolve. É preciso colocar limites claros e se for o caso, colocar em um canto da casa de castigo, além de buscar ajuda profissional, de um psicólogo e de um psiquiatra.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Um adolescente que envia mensagens de cunho pornográfico para professoras e parentes, várias vezes, mesmo sendo penalizado por isso. O que leva esse adolescente a fazer isso?
  • Algumas hipóteses seriam que o adolescente tenha uma forma exibicionista de relacionar-se com a vida sexual; pode também ser rebeldia, provocação.

     

    O caso precisa ser avaliado no contexto dos outros comportamentos deste moço, para que possa ser devidamente diagnosticado e tratado. As causas do seu comportamento podem ser as mais diversas.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Pode ser uma questão de testar os limites, impulsividade, deficiência mental, transtorno de personalidade ou da própria adolescência. Precisaria conversar com ele para entender melhor este aspecto.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Criança de 2 anos hiperativa o que se faz?
  • Existe um transtorno que se chama transtorno de hiperatividade-déficit de atenção (TDAH), presente em 1 a 7 por cento das crianças. (Dependendo de como se faz o diagnóstico, ele é encontrado com frequência maior ou menor.) Neste tipo de transtorno, algumas crianças possuem uma predominância da hiperatividade, outras da desatenção. A hiperatividade tem as seguintes características:

    - ficar o tempo inteiro se remexendo, quando sentada;
    - falar demais;
    - correr de um lado para o outro, tocar em tudo, brincar com todos os objetos em volta;
    - dificuldades de manter-se sentado durante as refeições, na escola, ao fazer as lições de casa ou ao ouvir historinhas que lhe são contadas;
    - estar sempre em movimento;
    - dificuldade para realizar tarefas ou atividades que exijam que a criança fique quieta.

    A hiperatividade é apenas um conjunto de sintomas. Na prática, isto significa que nem todas as crianças com comportamentos hiperativos têm TDAH. Em primeiro lugar, os sintomas devem estar presentes em muitas situações e contextos, durante pelo menos seis meses. Em segundo lugar, a criança hiperativa precisa ser mais ativa que a maioria das crianças de sua idade, para poder se pensar num TDAH.

    Também é muito importante levar em conta os contextos. Técnicas educacionais falhas e ambientes impróprios podem desencadear comportamentos hiperativos mesmo em crianças sem TDAH.

    Deve-se levar a criança para ser avaliada por um psiquiatra e, apesar de que, quando o diagnóstico de TDAH for confirmado, algumas medicações serem úteis no tratamento, não esperar que haja alguma solução mágica e rápida: na maioria dos casos de TDAH há uma necessidade de ensinar a família a lidar com a criança pois, frequentemente, a família tem tanto ou mais poder de influenciar o comportamento quanto os remédios. E isto é um processo demorado.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Terapia comportamental e treinamento parental são duas boas opções, de preferência associados.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Tenho uma filha de 2 anos que é extremamente agitada, não para um segundo e não atende quando os pais falam ou qualquer outra pessoa. Só pára quando o cansaço vem e dorme. Não estamos conseguindo lidar com essa agitação que ela tem.
  • Existe um transtorno que se chama transtorno de hiperatividade-déficit de atenção (TDAH), presente em 1 a 7 por cento das crianças. (Dependendo de como se faz o diagnóstico, ele é encontrado com frequência maior ou menor.) Neste tipo de transtorno, algumas crianças possuem uma predominância da hiperatividade, outras da desatenção. A hiperatividade tem as seguintes características:

    - ficar o tempo inteiro se remexendo, quando sentada;
    - falar demais;
    - correr de um lado para o outro, tocar em tudo, brincar com todos os objetos em volta;
    - dificuldades de manter-se sentado durante as refeições, na escola, ao fazer as lições de casa ou ao ouvir historinhas que lhe são contadas;
    - estar sempre em movimento;
    - dificuldade para realizar tarefas ou atividades que exijam que a criança fique quieta.

    A hiperatividade é apenas um conjunto de sintomas. Na prática, isto significa que nem todas as crianças com comportamentos hiperativos têm TDAH. Em primeiro lugar, os sintomas devem estar presentes em muitas situações e contextos, durante pelo menos seis meses. Em segundo lugar, a criança hiperativa precisa ser mais ativa que a maioria das crianças de sua idade, para poder se pensar num TDAH.

    Também é muito importante levar em conta os contextos. Técnicas educacionais falhas e ambientes impróprios podem desencadear comportamentos hiperativos mesmo em crianças sem TDAH.

    Deve-se levar a criança para ser avaliada por um psiquiatra e, apesar de que, quando o diagnóstico de TDAH for confirmado, algumas medicações serem úteis no tratamento, não esperar que haja alguma solução mágica e rápida: na maioria dos casos de TDAH há uma necessidade de ensinar a família a lidar com a criança pois, frequentemente, a família tem tanto ou mais poder de influenciar o comportamento quanto os remédios. E isto é um processo demorado.

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  • Parece um quadro de hiperatividade, procure um psiquiatra e um psicólogo especializados na infância.

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