Psiquiatria da Infância e Adolescência - Perguntas respondidas
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Comer muito aos fins de semana não significa, necessariamente, que a pessoa tem bulimia. Pessoas com bulimia apresentam outras características de comportamento, tais como comer muito num espaço de tempo muito curto (por exemplo, 2 horas) durante os episódios; ter sentimentos de culpa após a ingestão, sentir-se desconfortavelmente "cheio" após o episódio; ter vergonha de comer na frente dos outros em função da quantidade de comida ingerida; comer sem fome.
 
A adolescente precisaria de uma avaliação psiquiátrica para verificar se existe um quadro de bulimia nervosa e se existem componentes depressivos ou ansiosos que requeiram tratamento.
 
Finalmente, mesmo que não se trate de bulimia, propriamente dita, ela precisaria de uma reeducação alimentar.
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A bulimia ocorre quando além dos episódios de comer compulsivo que você descreveu a pessoa usa de mecanismos para "compensar" e tentar perder peso, como vômitos, uso de medicações sem prescrição...
Pelo que você relata ela pode apenas apresentar um quadro de comer compulsivo.
Ela deve passar por uma avaliação com um psiquiatra (geralmente a partir de 16 anos ou um de adultos ou um infantil) que vai poder formular um diagnóstico e, a partir disso, um plano terapêutico.
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Apesar de serem problemas diferentes, pessoas com transtorno de déficit de atenção (TDA) têm depressão com frequência maior.
 
Além disso, se você pensar na função da atenção, independente do TDA, ela pode estar prejudicada quando a pessoa estiver deprimida.
 
No caso do TDA, ambos os problemas devem ser tratados e as medicações usadas para o TDA podem melhorar a depressão. Inclusive, uma delas, a atomoxetina, é um antidepressivo.
 
Se o problema de atenção for decorrente da depressão, então o tratamento da depressão provavelmente resolverá a questão, sem necessidade de tratamento adicional.