Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Deve procurar um psiquiatra pois, em princípio, todo bom psiquiatra deve conhecer os principais transtornos e seu tratamento.
Em primeiro lugar, deve-se fazer um diagnóstico correto. Nem todos que gostam de "transar" muito são "viciados em sexo". Se, por exemplo, você tem pessoas que gostem de fazer sexo tanto quanto você e a intensidade e frequência de sua atividade sexual não lhe causam nenhum problema físico, emocional, social ou profissional, não se pode falar em "vício em sexo".
Entretanto, se o "excesso" de comportamento sexual está lhe causando problemas, o psiquiatra pode ajudá-lo: a terapia se dirige no sentido de explorar a história de seu comportamento compulsivo, suas manifestações atuais e em que circunstâncias elas são mais frequentes; deve-se combater e procurar reverter os prejuízos que já tenham ocorrido; deve-se ajudar o(a) paciente a descobrir comportamentos alternativos para substituir, na medida do possível, o comportamento sexual exagerado.
Existem algumas medicações que podem inibir, também, o excesso de compulsão como, por exemplo, o topiramato (mas jamais tente tomá-lo sem orientação médica).
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A pergunta está incompleta.
Imagino que, no final, você ia escrever "ouvindo vozes".
No caso, a pessoa está com o que se chama de uma síndrome delirante-alucinatória. "Delirante", em função do delírio de estar sendo perseguida. "Alucinatória", em função das vozes irreais que ouve.
 
As causas das síndromes delirantes-alucinatórias são várias, sendo a mais conhecida a esquizofrenia.
 
Entretanto, outras possíveis causas são o transtorno esquizo-afetivo, a depressão psicótica e o transtorno bipolar psicótico.
 
Finalmente, deve-se pensar na hipótese de que uma pessoa que teve um câncer na tireoide e teve sua glândula removida possa estar tendo um problema decorrente deste processo.
 
Tumores de tireoide nem sempre têm metástases (isto é, tumores que surgem a distância, derivados do tumor original), mas a literatura a respeito diz que podem ocorrer no cérebro, sim. Além disso, falta ou excesso de hormônios tireoidianos decorrentes do tratamento podem levar a alterações psiquiátricas, também. Finalmente, se a pessoa estiver fazendo algum tratamento adicional, ele também pode estar causando sintomas.
 
Assim, primeiramente, você deve reconduzir seu(sua) parente ao profissional que tratou do câncer. Se ele disser que o quadro não tem nenhuma relação com o tumor ou seu tratamento, você deve ir a um psiquiatra.
 
É importante lembrar que tanto a esquizofrenia quanto os outros transtornos psiquiátricos comentados acima aparecem principalmente em pessoas jovens. Assim, se seu(sua) parente tiver mais de 40 anos, a probabilidade de se tratar de uma causa mais claramente física é maior.
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O diagnóstico e o tratamento dependem de uma série de fatores.
Se for uma pessoa idosa, doente ou o quadro tiver aparecido de forma muito rápida (horas ou dias), deve-se suspeitar de uma causa como infecções, tumores cerebrais, AVC, alterações hormonais, infecções ou tumores em outras partes do corpo (tumores intestinais e pulmonares, por exemplo, podem levar a alterações psiquiátricas). O tratamento vai depender da causa e, enquanto não se trata a causa, podem ser usadas algumas medicações denominadas de "antipsicóticas", pois combatem os sintomas psicóticos. O tipo de medicação escolhida vai depender, também, da idade e da suposta causa.
Se o quadro tiver tido um aparecimento mais lento (por exemplo, ao longo de algumas semanas ou meses) e for em pessoas mais jovens (basicamente, abaixo dos 40 anos), possivelmente se trata de um transtorno psicótico propriamente dito (por exemplo, esquizofrenia, transtorno esquizo-afetivo, transtorno bipolar psicótico, depressão psicótica). O tratamento é feito com antipsicóticos, na fase aguda e, após a melhora dos sintomas descritos, por vezes há necessidade de terapia comportamental e ocupacional para a ressocialização e readaptação da pessoa. Restaria explicar a causa da sudorese ("exagero" de quem percebeu? Remédios? Calor?).
Outra causa, independente de idade, é o uso de drogas, desde medicamentos, até drogas de abuso que, potencialmente, podem causar ou pelo menos desencadear quadros psicóticos. Nestes casos, o tratamento envolve a abstinência e a psicoterapia para prevenir recaídas. Dependendo da droga (por exemplo, no caso do álcool e da heroína), a retirada precisa ser acompanhada pelo médico, pois pode trazer riscos imediatos, se for feita "a seco", pelo próprio paciente ou a família.
Finalmente, poderia tratar-se de um quadro com sintomas de delirium tremens, que aparece principalmente depois da retirada abrupta do álcool em pessoas que abusam desta droga. Além do obrigatório acompanhamento médico, devem ser usados remédios do grupo dos benzodiazepínicos.
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A insônia é um problema que acompanha muitos quadros psiquiátricos.
Pessoas que ouvem vozes e dizem que estão falando dela, além de apresentarem muito medo, podem estar com uma série de transtornos psiquiátricos e é impossível dizer qual deles é, exatamente, sem ver e conversar com a pessoa e os informantes.
Em princípio, se ela ouve vozes, não deve ser um quadro de paranoia, pois nos quadros chamados de paranoia ou transtorno delirante, as pessoas não alucinam vozes ou, se isto ocorrer, é de um modo muito reduzido e insignificante.
Os quadros mais comuns que causariam estes sintomas seriam a esquizofrenia, o transtorno esquizo-afetivo na fase depressiva e o transtorno bipolar, numa fase depressiva psicótica.
O fato de haver tantas pessoas com "distúrbios mentais" faz pensar um pouco mais no transtorno bipolar, que mais caracteristicamente se desenvolve em famílias. Entretanto, sem conhecer o caso e sem ter detalhes, inclusive, dos "distúrbios mentais" dos outros membros, não é possível dizer isto com certeza.
Estes quadros não têm uma cura propriamente dita, pois cura, em medicina, significa que a pessoa faria um tratamento por algum tempo e, depois, não mais precisaria tratar-se. Nos casos destes transtornos psiquiátricos, o que existe é a possibilidade de controle ou seja, de a pessoa fazer um tratamento, geralmente durante toda a vida e não ter mais recaídas. Grande parte das pessoas tratadas consegue levar uma vida totalmente normal.
Ela deve ser levada, sem nenhuma dúvida, para uma avaliação psiquiátrica. O ideal é que ela concorde mas, se o caso for grave e ela não aceitar, poderia se começar levando-a para avaliação mesmo contra sua vontade. Frequentemente o psiquiatra consegue convencer a pessoa a tratar-se. Em casos muito graves, entretanto, pode haver necessidade de uma internação (geralmente por alguns dias ou, no máximo, algumas semanas).
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Difícil sem falar pessoalmente, porém é muito sugestivo de um quadro de depressão.
 
Nas depressões, por vezes as pessoas associam o que sentem com problemas pelos quais passaram ou estão passando mas, outras vezes, está tudo bem em suas vidas e, entretanto, se sentem tristes e desanimadas.
 
A depressão, com frequência, deixa as pessoas mais irritadas e a insônia é muito frequente.
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Pode ser um quadro de depressão. Mas não dá pra dizer com certeza, pois não te examinei e não houve consulta. Apenas após avaliação detalhada e anamnese completa, inclusive com exame clínico-psiquiátrico, que se pode dar um diagnóstico de certeza. Procure um psiquiatra o quanto antes. Um abraço.