Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Leia minha resposta anterior sobre TDAH, bem completa.
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Dificuldades de concentração podem ter muitas causas, tais como ansiedade, depressão, fadiga, hábitos errados na leitura. TDAH é apenas uma das causas. Além das dificuldades de concentração, tem também outros sintomas para que o diagnóstico possa ser feito: tendência à superficialidade ao escrever ou descrever, tendência a interromper os outros quando falam (frequentemente com a sensação de já saber o que o outro vai dizer), dificuldade em manter-se em tarefas que exigem continuidade e, portanto, tendência de pular de uma para outra atividade, sem terminá-las, antes; tendência a perder objetos pessoais; dificuldade com pontualidade e cumprir prazos com trabalhos; inquietação motora (tendência a ficar balançando pernas, mexendo dedos, remexer-se na cadeira, quando sentado). Sensação de que a mente é muito acelerada, de que vem muitas ideias ao mesmo tempo. Tendência a ficar "viajando" nos pensamentos. Estes sintomas não precisam estar todos presentes ao mesmo tempo, mas vários deles, simultaneamente, sim. Além disto, os casos provavelmente começam todos na infância, mas há alguns estudos que dizem ser possível começar na fase adulta. Ocorre que fica em dúvida se, nestes casos, apenas ele não foi percebido, na infância. Por isto, ele é incluído entre os transtornos do neurodesenvolvimento, pois estaria relacionado a um desenvolvimento cerebral diferente da média. É importante lembrar que as pessoas com TDAH conseguem concentrar-se em várias situações, contanto que se trate de uma atividade ou assunto nos quais tenham muito interesse. A gravidade de cada sintoma também pode variar, de indivíduo para indivíduo. Finalmente, "last but not least", como qualquer diagnóstico psiquiátrico, só pode ser feito por profissional devidamente habilitado, psicólogo ou, de preferência, psiquiatra (que tem maior experiência em separar este diagnóstico de outros). O diagnóstico é "clínico", isto é, na grande maioria dos casos não há necessidade de testes e, se algum profissional (como às vezes ocorre) parte logo para fazer testes, deve-se desconfiar de sua experiência neste diagnóstico. O tratamento, com medicação e técnicas cognitivo-comportamentais, costuma ser muito bem sucedido, rápido e gratificante.
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Os sintomas variam de uma pessoa para outra, mas habitualmente incluem dores no peito, palpitações, desorientações, dores de cabeça, tonteiras, mal-estar gástrico, dificuldades de respirar, tremores, soluços, perdas da realidade e medos de estar ficando louco ou morrendo. Os ataques de pânico ocorrem de forma imprevisível e duram de 5 a 10 minutos. Os sintomas mais dramáticos dos ataques duram de alguns segundos a alguns minutos, mas levam cerca de uma hora para desaparecem de todo. Em geral ocorrem sem qualquer aviso prévio, quando a pessoa encontra-se realizando uma atividade rotineira simples ou mesmo dormindo. Repentinamente, a pessoa começa a experimentar os sintomas, que frequentemente começam por um sentimento de irrealidade e temor de perda de controle mental ou de estar morrendo. O ataque inicial pode sobrevir no curso de uma sobrecarga de estresse físico ou mental como, por exemplo, excesso de trabalho, perda de alguém amado, cirurgia, enfermidade, acidente grave, parto ou em certas situações que promovem apreensão como atravessar um túnel muito longo ou andar de avião, por exemplo. Em casos mais gerais as pessoas passam a sentir medo de sair à rua ou a espaços abertos, desacompanhadas ou mesmo junto a outras pessoas.
Equipe médica Centralx -
O transtorno do pânico é caracterizado pela presença de ataques de pânico recorrentes que consistem em uma sensação de medo ou mal-estar intenso acompanhada de sintomas físicos e cognitivos e que se iniciam de forma brusca, alcançando intensidade máxima em até 10 minutos. Estes ataques acarretam preocupações persistentes ou modificações importantes de comportamento em relação à possibilidade de ocorrência de novos ataques de ansiedade.
Em suma, uma sensação brusca de morte iminente, ou de ataque cardíaco. Na sequência destes eventos a pessoa passa a ficar constantemente preocupada com a possibilidade de vir a ter outros ataques e passa a evitar lugares ou circunstâncias que relaciona a esta possibilidade. É comum os indivíduos acharem que estão com algum problema cardíaco e irem à procura de um cardiologista. O tratamento é simples e deve ser iniciado o mais brevemente possível, de modo a evitar complicações como depressão, abuso de álcool ou tranquilizantes.
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Olá, tudo bem? Espero que sim, os dois podem ser tomados juntos sem problemas, o ideal é tomar depois de comer, sempre. E não deixe de consultar seu médico psiquiatra. Não deixe de tomar o remédio e tome com água ou suco. Espero ter ajudado e saúde na cabeça.
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Não existe impedimento farmacológico para se tomar as duas medicações, mesmo simultaneamente. Porém, ambas têm efeitos sedativos que se somam e, assim, comportamentos como dirigir veículos podem ficar mais comprometidos e arriscados. A outra questão é que o diazepam é uma medicação que, com base nos conhecimentos atuais, deve ser tomado em casos bem específicos (ou seja, numa minoria de pessoas) e por períodos de apenas algumas semanas. Geralmente é usado para ansiedade e insônia, porém os tratamentos atualmente recomendados (por exemplo, os inibidores de recaptura de serotonina) são mais seguros. O diazepam pode aumentar os riscos de quedas, pode levar a dependência e, sobretudo, causar problemas de memória.
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1. Sim, é possível. Aqui vai algumas dicas pra aproveitar melhor sua consulta e ajudar o médico no diagnóstico.
2. Seja sincera e verdadeira na hora da sua consulta viu?
Não exagere nas queixas nem seja prolixo demais, mas também não conte mentiras nem esconda sintomas por vergonha de falar da sua vida, lembre do sigilo médico. Revele tudo, por mais difícil que seja. Há quem não conte que exagera na bebida, por exemplo. Isso dificulta o diagnóstico e impede uma cura rápida .
3. Faça uma lista dos remédios e suplementos que você costuma tomar.
Anote (e conte) o nome, a dose e o horário de cada um, mesmo que ele não pergunte.
4. Leve seus exames de laboratório mais recentes.
Mesmo os que foram pedidos por outro médico leve. Isso pode ajudar o Dr Cleber Santana a conhecer melhor sua saúde.
5. Cuidado com a internet.
Pesquise seus sintomas e até sua possível doença, mas não tire uma conclusão sobre o que você tem antes da consulta. Explique ao Dr Cleber Santana o que está sentindo e siga as orientações dele.
6. Espere seu médico abrir os exames para tirar conclusões.
Se não resistir, nada de desespero. Os nomes complicados podem ser só a descrição de um quadro inofensivo.
7. Pergunte outra vez, se for necessário, mas não saia com dúvidas.
Psiquiatras não mordem! Faça a mesma pergunta até entender exatamente o que se passa em sua mente. -
Geralmente, é possível, numa consulta cuidadosa, fazer diagnóstico já da primeira vez. Dependendo do caso, da capacidade de auto-observação da pessoa e da complexidade do caso, pode haver necessidade de mais de uma consulta ou mesmo entrevistar pessoas da família ou da intimidade do(da) paciente - logicamente, sempre e apenas com permissão dele(a). Mas, na imensa maioria das vezes, é possível fazer o diagnóstico já na primeira consulta.