Ivan Mario Braun
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Tecnicamente, a palavra "louca" inexiste. Frequentemente, pessoas que são chamadas de "loucas" o são porque estão psicóticas (perderam o contato, em diversos graus, com a realidade) ou porque têm comportamentos disruptivos, tais como excessiva agitação, irritabilidade, impulsividade. Pode ser, também, que apenas apresentem comportamentos que incomodem os outros e sejam chamadas de "loucas" sem, na verdade, apresentarem alterações psiquiátricas. Consulte um psiquiatra, de modo que possam entender o porquê de sua família tratá-la desta forma e verificar se realmente há necessidade de algum tratamento psiquiátrico ou se a saída é uma psicoterapia individual ou familiar.
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A ansiedade é um fenômeno tanto mental quanto físico, envolvendo reações diversas do sistema nervoso autônomo, incluindo sensações como as que você descreve. Normalmente, em pessoas de resto saudáveis, crises de ansiedade são bem toleradas pelo organismo. Mas, se forem intensas, prolongadas e repetitivas podem configurar um transtorno de ansiedade e, nestes casos, precisam ser tratados. Transtornos de ansiedade que se prolonguem por muito tempo podem trazer diversos riscos à saúde. Uma avaliação psiquiátrica pode diagnosticar se se trata de um fenômeno normal e passageiro ou de um transtorno de ansiedade.
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Crises convulsivas propriamente ditas (i.e., de natureza epiléptica tipo tônico-clônica generalizada) que durassem quarenta minutos seguidos levariam à morte por falta de oxigenação cerebral. Desta forma, o que você apresenta podem ser crises epilépticas não convulsivas ou períodos de crise convulsiva curtos, intercalados de recuperação ou crises convulsivas de origem psiquiátrica. Ou você está chamando de crises convulsivas algo que, em linguagem técnica, teria outra denominação. Também o quadro que descreve quando "volta" é mais sugestivo de um problema de origem psiquiátrica. Porém, logicamente, não há como diagnosticar seu problema sem avaliar você pessoalmente: as considerações acima são apenas possibilidades. Deve procurar um psiquiatra e fazer uma consulta.
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Existem várias condutas possíveis, entre medicamentos, técnicas cognitivo-comportamentais e associações de ambos. Mas, deve consultar-se com um médico com experiência em transtornos do sono e seus tratamentos, porque se deve identificar o motivo que levou ao uso do remédio. O tratamento dependerá, também, da causa de suas dificuldades de dormir.
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Não há como saber, sem conhecer pessoalmente o caso. Se há riscos claros de suicídio no momento, a conduta no mundo inteiro é a internação. Esta pode ser feita em clínica ou, às vezes, pode ser domiciliar - procedimento que requer uma equipe de cuidadores e costuma ser bem dispendiosa. Mas, na maioria dos casos, assim que os riscos de suicídio dimihuírem o suficiente, a pessoa pode ter alta. Deixá-la internada após este período de alto risco de suicídio pode ser correto, em algumas situações, avaliadas caso a caso. Infelizmente, algumas clínicas e alguns médicos exageram no tempo de internação, mas não há como avaliar isto sem examinar pessoalmente o caso.