Ivan Mario Braun
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Você deve procurar um psiquiatra ou um psicólogo, que são profissionais aptos a ajudar você a superar esta fase difícil.
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Não é possível nem é permitido indicar medicações sem avaliar pessoalmente um(a) paciente. Procure, de preferência, um psiquiatra e, na impossibilidade disto, um médico de outra especialidade ou generalista. Quanto a não ser de "tarja preta", a maioria das medicações indicadas em casos psiquiátricos não é "tarja preta" e, assim, é altamente provável que ela seja tratada, se for o caso, com medicação que não é "tarja preta". Por outro lado, se o médico achar que ela deve tomar algum remédio "tarja preta", cabe a ele saber quais são os melhores tratamentos e o correto é você segui-lo.
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Realmente, a única saída é sua filha passar por uma avaliação psiquiátrica. Muitos pronto socorros possuem psiquiatras de plantão e, em casos assim, provavelmente ela será atendida. Numa situação de não haver psiquiatras de plantão em sua cidade, ela deverá passar numa avaliação por médico, mesmo que de outra especialidade e cabe ao médico, caso não saiba resolver o caso, encaminhá-lo a um colega especialista que possa atendê-la. Mas, numa situação destas, não se deve perder tempo. Pode ser que ela fale e não tente, porém a avaliação dos riscos deve necessariamente ser feita por um profissional.
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Ouvir música sem que ela esteja sendo tocada é um fenômeno de alucinação auditiva e deve ser investigado psiquiátrica e neurologicamente. Pode ter muitas causas diferentes, porém não se trata de um fenômeno normal, frequentemente estando associado a alterações cerebrais. Isto é diferente de quando algumas pessoas se queixam de vir à sua memória, insistentemente, determinada música, o que pode ser um fenômeno relacionado à ansiedade ou de cunho obsessivo. Nestes casos, a pessoa não ouve, ela vem apenas na forma de um pensamento.
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Ouvir vozes é normal, a não ser que alguém tenha deficiência auditiva. Mas, talvez, o que você esteja querendo dizer, é se é normal ouvir vozes que outras pessoas não ouvem e sem a presença de alguém que esteja emitindo estas vozes. Neste caso, trata-se de um fenômeno chamado de alucinação auditiva, que pode ocorrer numa série de situações, nem todas patológicas. Algumas pessoas referem ouvir, em alguns momentos, alguém chamá-las (sem que alguém as tenha realmente chamado) e isto pode ocorrer em pessoas normais, talvez relacionado a alguma situação de estresse, fadiga ou outra alteração leve do organismo. Situações como estar acordando ou adormecendo podem favorecer este tipo de alucinação. Já alucinações patológicas (doentias) têm a característica de serem mais persistentes, repetitivas e, muitas vezes, as vozes falam coisas e não apenas chamam ou emitem palavras isoladas. Isto pode ocorrer em epilepsias e quadros psiquiátricos psicóticos, por exemplo. Nestes últimos, existe uma perda do vínculo com a realidade e as vozes, em deprimidos, maníacos ou esquizofrênicos, estão inseridos num contexto de alterações de pensamento e delírios (de grandeza, de ruína, de perseguição etc.).