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Ivan Mario Braun

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Gabapentina é utilizado em "boa noite cinderela"?
  • Normalmente no "boa noite, Cinderela", são utilizados benzodiazepínicos, uma outra classe de drogas. O mais tradicional, nos EUA, era o flunitrazepam (Rohypnol*), contrabandeado do México, por ser solúvel em água (o que não ocorre, aliás, com o produto nacional). Entretanto, outras drogas similares podem ser usadas. Uma característica dos benzodiazepínicos é que podem dar amnésia anterógrada, ou seja, a pessoa esquecer o que ocorreu com ela logo após a ingestão da droga.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Quando um dependente químico não consegue dormir, o que devo fazer? Já que é resistente em ir a um psiquiatra?
  • Não tem nenhum conselho que se possa dar de modo geral, cada caso deve ser analisado individualmente. Em relação à dificuldade de dormir, há necessidade de se saber sua origem:

     

    - uso de droga estimulante?

    - abstinência de droga depressora dos sistema nervoso central?

    - causa sem relação direta com a droga como, por exemplo, hábitos de sono errados ou problemas respiratórios?

     

    Apenas com base neste conhecimento é possível sugerir a melhor abordagem.

     

    Por outro lado, a insônia não costuma ser a única ou mais grave consequência do abuso de substâncias e a pessoa usuária deve ser entrevistada e examinada com cuidado, para se ter noção da totalidade dos prejuízos causados, que geralmente ocorrem em várias áreas de seu funcionamento.

     

    Quanto à resistência de ir ao psiquiatra, se houver uma emergência, pode-se pedir a um profissional que faça um atendimento domiciliar. Na minha experiência, dificilmente o profissional é rejeitado, quando sabe aproximar-se com habilidade. Se não houver emergência, é interessante o familiar consultar um especialista pessoalmente. O especialista saberá orientar algumas ações que podem motivar o usuário a procurar ajuda. Entidades como ALANON, NARANON e Amor Exigente também são interessantes para familiares que querem ajudar pacientes mais resistentes ao tratamento. Internações, só em casos extremos, pois internação, per se, não trata ninguém em longo prazo. Serve apenas para, nos casos mais graves, com várias tentativas mal-sucedidas de tratamento ou em pessoas que estejam com comportamento gravemente alterado por consequências cerebrais do uso, dar um passo inicial, no tratamento. De modo geral, também, não há vantagem em internações prolongadas e, atualmente, a maioria das internações conduzidas por especialistas duram apenas algumas semanas. O usuário deve aprender a lidar com a vida sem uso de drogas dentro de seu contexto natural. Não adianta deixá-lo isolado, numa clínica, onde o ambiente é completamente diferente de sua vida real. Ele pode nem sentir vontade de usar, enquanto internado e, ao ter de enfrentar situações reais de sua vida diária, após a alta, recair. Um outro aspecto do tratamento de usuários é que se trata de um "trabalho de formiga", frequentemente com períodos de melhora e períodos de recaída. Se houver persistência, a tendência é as recaídas se tornarem menos frequentes e/ou menos graves, até que em algum momento, geralmente após anos de tratamento, consegue-se a abstinência total. Mesmo assim, vale a pena insistir no tratamento, pois sem ele é ainda mais difícil de se conseguir parar definitivamente o uso da droga.

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Boa tarde, tenho Síndrome do Pânico e tomo o Bupp, mas estou tendo ainda com frequência as crises. O que devo fazer?
  • Primeiramente, não é raro que uma pessoa venha ao consultório dizendo que tem síndrome do pânico - transtorno de pânico é o nome geralmente utilizado entre os psiquiatras) - auto-diagnosticado e, na verdade, seu diagnóstico pode não estar correto. Entretanto, se for realmente um caso de transtorno de pânico, seu médico deve ter algum motivo específico para prescrever o Bup* (bupropiona), porque ele não costuma ser bom para tratar este transtorno e, certamente, não é a primeira opção. Neste caso, você teria de perguntar diretamente a ele o porquê.

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Tenho 35 anos, sou casado há quase 18 anos, tenho 3 filhos, preciso de ajuda médica. Não sei se sou alcoólatra, tem momentos que bebo só finais de semana, mas no momento estou bebendo todos os dias. Faço uso drogas e estou muito interessado.
  • Você deve procurar pessoalmente um psiquiatra, de preferência algum que tenha ampla experiência com drogas, tanto as lícitas (álcool, por exemplo) como as ilícitas. Este profissional poderá esclarecer seu diagnóstico e indicar o tratamento adequado. Se o problema for somente o uso de drogas (incluindo álcool) e não houver outros transtornos associados (por exemplo, depressão ou transtorno de ansiedade), há psicólogos que também têm experiência no tratamento de abuso de substâncias. Entretanto, apenas o psiquiatra é obrigado (e, portanto, geralmente mais capacitado) a saber diagnosticar se, além do transtorno de uso de substâncias, há algum outro que necessite de tratamento. Além disto, para problemas mais graves relacionados ao álcool, há hoje em dia algumas medicações que podem ajudar no tratamento. Abordagens baseadas em psicoterapias são quase sempre indicadas, mesmo quando a pessoa toma as medicações pois, infelizmente, os remédios ainda não conseguem tirar totalmente a vontade de beber, quando há uma dependência.

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Sou muito ansiosa, tenho crises de choro, sempre achei que ninguém gostasse e nem gosta de mim. Um desânimo toma conta de mim. O que me dá forças é quando tomo umas gotas (10) de Rivotril (clonazepam), me anima e melhora minha cabeça e ideias.
  • Realmente o Rivotril* (clonazepam) pode melhorar alguns sintomas de ansiedade, mas só muito raramente ele é o tratamento mais eficaz, além de que seu uso prolongado pode levar à dependência, em alguns casos e a problemas de memória. Habitualmente, é possível utilizar medicações mais seguras. Procure um psiquiatra para rever seu tratamento medicamentoso e verificar se há indicação de uma psicoterapia (procedimento que ajuda a melhorar os componentes psicológicos, se estes estiverem relacionados às suas queixas).

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