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Ivan Mario Braun

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Meu marido é bipolar. Já levei em milhares de médicos e nenhum deu certo. O que faço?
  • A bipolaridade é um transtorno de tratamento mais difícil que na depressão unipolar.

     

    Em primeiro lugar, é necessário que o diagnóstico seja feito por um psiquiatra. Parece óbvio, mas é comum que as pessoas leigas achem que bipolar é, simplesmente, aquela pessoa que muda de humor com frequência; clínicos e neurologistas menos acostumados a pacientes psiquiátricos também podem ter estas dificuldades de reconhecer o quadro.

     

    O tratamento padrão da bipolaridade é feito com lítio. Ao contrário da maioria dos remédios, a terapia com lítio não se baseia em número de comprimidos, mas na concentração de lítio no sangue. Assim, o psiquiatra prescreverá o número de comprimidos suficiente para se atingir determinadas concentrações. Há outros estabilizadores de humor como o valproato de sódio, a olanzapina, a risperidona.

     

    A maioria dos bipolares precisa tomar mais de um tipo de medicação, simultaneamente, para obter um controle completo; segundo alguns estudos, de 3 a 4 remédios ao mesmo tempo.

     

    Não se assuste se demorar para ocorrer o controle e, se você está frequentando um médico de boa formação (que tenha feito uma boa faculdade, uma boa residência e que seja estudioso), não fique trocando de médicos com frequência. Muitas vezes, há necessidade de um ano ou mais para se estabilizar um paciente - isto, se ele tomar todos os remédios direito, o que às vezes não ocorre.

     

    Por outro lado, se houver uma resposta muito difícil, às vezes é interessante pesquisar se há uma causa associada como, por exemplo, alterações de tireoide.

     

    Sempre faça as perguntas que quiser ao seu médico, de modo a entender, dentro do possível, cada passo que está sendo dado.

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    • Drª. Eliana Kohatsu Pereira Nogueira de Sousa
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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Em 2010, minha mãe teve depressão pela primeira vez (com a morte de sua irmã). Toma medicamentos até hoje, sua recuperação foi em cerca de 2 meses. Agora em 2015, com o falecimento de seu pai, teve recaídas. O que fazer para evitar (terapias,...)?
  • Reações de luto à morte de pessoas queridas são comuns e normais. Entretanto, se houver um quadro mais profundo e prolongado, hoje em dia se faz o diagnóstico de depressão. Depressões sempre possuem sintomas mais acentuados de desânimo ou tristeza, insônia ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite, diminuição do desejo sexual, dificuldades de concentração, perda do prazer em atividades nas quais a pessoa costumava sentir prazer. Nestes casos, impõe-se tratar a pessoa.

     

    Novamente, se seu pai morreu, há necessidade de o psiquiatra avaliar a profundidade e a duração dos sintomas, para verificar se é uma reação normal numa pessoa que esteja com a depressão controlada ou se é uma recidiva do quadro.

     

    Se houver recidiva, deve-se aumentar a medicação, acrescentar outra para potencializar o efeito da primeira ou administrar doses mais altas de antidepressivo.

     

    É fundamental ela retornar ao psiquiatra.

     

    As psicoterapias podem ser eficazes, dependendo da gravidade dos sintomas e podem ser associadas ao tratamento medicamentoso.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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    Psicoterapia
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    São Paulo / SP
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Minha filha tem 19 anos, possui Síndrome de Down. Há 4 anos passou a apresentar um comportamento diferenciado, tem momentos de alegria e outros de grito, de perguntas repetitivas, parecendo não entender o que está falando, voltando à normalidade.
  • Pessoas com síndrome de Down podem apresentar comportamentos variados e que não estão, necessariamente, ligados à sua síndrome.

     

    Sem conhecer a pessoa e sem uma entrevista pessoal, é impossível saber do que se trata, pois estas crises podem ter como origem desde quadros de epilepsia até serem de origem totalmente comportamental, passando por transtornos ansiosos, incluindo rituais compulsivos.

     

    É importante você consultar um psiquiatra que tenha experiência no assunto e que consiga, também, fazer uma avaliação comportamental (ou você pode consultar um psiquiatra sem esta capacitação e também um psicólogo terapeuta comportamental) para verificar que tipo de circunstâncias ambientais podem estar condicionando o comportamento de sua filha.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
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Boa noite!! Estamos com uma preocupação com minha irmã, ela já teve adenoma hipofisário (2 cm) e não tem mais faz uns 9 anos. Agora ela acha que está com os mesmos sintomas, fez os exames e deram negativos. Achamos que seja psicológico, o que fazer?
  • Seria importante fazer uma consulta com um psiquiatra: sendo médico, ele pode entrevistar e ter uma ideia de se os sintomas de sua irmã poderiam ter outras causas clínicas, mesmo que não sejam de um adenoma. E, se o problema for de ordem psiquiátrica, ele saberá tratar.

     

    Não recomendo consultar psicólogos ou psiquiatras que só trabalhem com psicoterapia: às vezes estes profissionais podem não ser muito cuidadosos em avaliar a possibilidade de causas físicas ou a necessidade de tratamento medicamentoso. Se o caso for de psicoterapia, após uma boa avaliação, o psiquiatra poderá fazer ele mesmo este procedimento ou encaminhar para um psicólogo clínico.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
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Minha mãe só quer ficar deitada, fala coisas repetitivas e depressivas, está sem vontade fazer nada, sai para rua do nada e diz sentir muita tontura. Que tipo de tratamento podemos iniciar, pois não queria que ela tomasse muitos medicamentos?
  • Os sintomas referidos em relação a sua mãe podem ter várias origens, desde doenças clínicas ("físicas") até transtornos psiquiátricos.

     

    Infelizmente, há poucas doenças ou transtornos que podem ser tratados sem medicações, porém os remédios, quando usados corretamente, não oferecem maiores riscos. E, com certeza, os efeitos negativos de se tomarem medicações são bem menores do que os riscos que se corre quando não se faz um tratamento.

     

    Porém, é necessário fazer uma avaliação com psiquiatra, pois não é possível sugerir tratamentos sem conhecer a pessoa.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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