Ivan Mario Braun
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O transtorno de déficit de atenção-hiperatividade é um problema que se inicia na infância, mas pode evoluir com fases de melhora e piora e permanecer na vida adulta. Caracteriza-se por dificuldade de se manter concentrado(a) em atividades que não sejam muito estimulantes e em gravar informações. Além disto, pessoas com déficit de atenção costumam ser muito desligadas e podem falar de modo superficial e impreciso, muitas vezes dando a impressão de uma deficiência na inteligência que, na verdade, pode não estar ocorrendo.
Pessoas com déficit de atenção costumam ser distraídas, esquecer-se de compromissos, perder objetos, chegar atrasadas com frequência. Têm dificuldade para seguir instruções e levar raciocínios até o fim. Por vezes, adquirem o hábito de interromper pessoas, quando estas falam, pois têm a sensação de que já "entenderam tudo" o que a pessoa ia falar e não têm paciência de ouvir até o final. Em relação a si mesmas, por vezes emitem apenas o começo e o fim de um raciocínio, sem perceber que os outros podem não entender.
Além disto, uma parte das pessoas com déficit de atenção têm também problemas de hiperatividade, caracterizados por inquietação, necessidade de se estar sempre se movimentando. Em crianças, isto pode manifestar-se por movimentação incessante e pode fazer com que crianças com TDAH se machuquem com mais frequência. Fazem parte, também, brincadeiras mais ousadas e arriscadas. Crianças com estas características frequentemente são advertidas, na escola, pois não conseguem permanecer sentadas, na aula, por muito tempo. Este tipo de manifestação é mais frequente em meninos que em meninas. Por outro lado, em adultos, pode haver apenas uma sensação de inquietação, sem que o adulto necessariamente fique se movimentando excessivamente. Por vezes, são pessoas que ficam o tempo inteiro se remexendo, quando sentadas.
Algumas pessoas apresentam apenas alguns dos sintomas, de modo que não se pode dizer que tenham TDAH. Mas, mesmo nestas, se os sintomas forem graves, devem ser tratados. O TDAH é um quadro grave e compromete muito a qualidade de vida e o progresso pessoal.
Há vários tratamentos para o TDAH, mas os principais envolvem técnicas comportamentais e substâncias estimulantes como o metilfenidato e derivados de anfetaminas.
O psiquiatra é o profissional indicado para diagnosticar o TDAH e tratá-lo.
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Pessoas perdem o controle sobre seus comportamentos, choram e brigam pelos mais variados motivos: podem ser exclusivamente problemas de relacionamento com seu marido ou podem ser problemas externos que você esteja enfrentando em sua vida e que acabam influenciando seu relacionamento. Por vezes, quadros de depressão ou ansiedade graves também podem tornar as pessoas mais irritáveis e descontroladas.
Doenças físicas e problemas hormonais podem estar envolvidos, também.
Você deve consultar um psiquiatra. Como o psiquiatra é médico, ele terá, inclusive, condições de decidir se você deve fazer alguma avaliação clínica. De resto, se houver presença de depressão ou ansiedade grave, ele poderá tratá-la. Finalmente, se os problemas estiverem centrados no seu relacionamento ou em situações de estresse que estejam deixando você mais sensível e irritada, ele poderá propor uma psicoterapia, para discutir seus problemas e procurar soluções.
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A presença de medos exagerados costuma ocorrer principalmente em transtornos ansiosos. Por sua vez, quandros de ansiedade podem incluir sintomas físicos, tais como tonturas, tremores ou palpitações no peito. Entretanto, por si só, isto diz pouco, pois sintomas ansiosos podem ocorrer tanto em transtornos de ansiedade "puros" quanto junto com outros problemas como, por exemplo, depressões e mesmo transtornos psicóticos.
 
O mesmo se pode dizer em relação à excessiva irritabilidade, que pode ocorrer em vários tipos de transtornos psiquiátricos.
 
Quanto aos esquecimentos, por vezes se trata de problemas de memória, mesmo, que podem ter causas diversas e, outras vezes, podem ser apenas consequência de dificuldades de concentração que levam não ao esquecimento propriamente dito, mas simplesmente a pessoa nem chegar a gravar adequadamente as informações.
 
Além disto, a presença de tantos sintomas diferentes na mesma pessoa pode ser causada por alguns problemas como uso de certos tipos de drogas ou mesmo remédios e, eventualmente, até por algumas doenças clínicas em várias partes do organismo.
 
Assim, apenas consultando um psiquiatra é possível fazer um diagnóstico adequado, de modo que se possa fazer um tratamento.
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Comportamentos repetitivos podem ter várias origens, tais como quadros psicóticos ou o transtorno obsessivo-compulsivo, cada um com tratamentos diferentes.
Vocês devem marcar uma consulta com psiquiatra, até porque, num esquema de atendimento de emergência, em plantões, não há muito o que se fazer.
Entretanto, enquanto não fazem isto, procurem através de telefones como o da polícia ou dos bombeiros, ou através do Google, hospitais que possuam atendimentos psiquiátricos de emergência ou que tenham como acessar psiquiatras de retaguarda, se necessário.
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O ato de arrancar compulsivamente o próprio cabelo é chamado de "tricotilomania".
 
Não se conhece as causas exatas da tricotilomania, porém se acredita que possua alguns pontos em comum com outros hábitos, tais como roer compulsivamente as unhas e mesmo alguns tipos de tiques. Acredita-se que as pessoas como este tipo de alterações percam parte da capacidade de frear certos comportamentos prejudiciais e, por isto, são denominados de "transtornos do controle de impulsos".
 
Trata-se de um transtorno de tratamento bastante difícil, pois o ato de arrancar cabelos traz, muitas vezes, prazer e alívio para situações de ansiedade.
 
Fatores externos, tais como situações de estresse podem influenciar muito este tipo de comportamentos. Por outro lado, este tipo de alterações pode estar inserido em algum problema mais amplo como, por exemplo, quadros depressivos, ansiosos, autismo etc.
 
Os tratamentos passam por alguns medicamentos (infelizmente, não existe nenhum oficialmente aprovado para a terapia da tricotilomania) e abordagens comportamentais em que se procura analisar os fatores que desencadeiam e os que reforçam os episódios de arrancar os cabelos.
 
É necessário que se consulte um psiquiatra, de preferência alguém que tenha experiência com crianças e, principalmente, transtornos de controle de impulsos, que são quadros à parte e ainda pouco conhecidos por muitos profissionais.