Ivan Mario Braun
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A fibromialgia é um distúrbio de causa desconhecida. Uma das explicações seria que as pessoas com este problema teriam uma sensibilidade maior à dor e que estímulos internos e externos que, em outros, passariam despercebidos ou não causariam sofrimento, levam a dores desagradáveis e constantes.
Não existe um tratamento realmente eficiente para a fibromialgia, apesar de se usarem vários tipos de remédio para tentar melhorá-la, tais como antidepressivos e medicações desenvolvidas, inicialmente, para epilepsias.
Grande parte das pessoas com fibromialgia possui quadros de depressão e ansiedade associados e, quando estes quadros são tratados, a fibromialgia pode melhorar.
Deve-se evitar o uso prolongado de medicações para dor do grupo dos opioides, pois realmente podem causar dependência, em algumas pessoas. Medicações tranquilizantes do grupo dos benzodiazepínicos (aqueles que são vendidos em embalagens com faixas pretas) devem ser evitadas, também, pois além de poderem causar dependência, falhas de memória e quedas, não são especialmente eficientes no tratamento da fibromialgia.
Se você está dependente dos remédios, deve aceitar as condutas daqueles médicos que se recusam a prescrever as medicações mais arriscadas, em seu caso ou daqueles que procuram reduzir suas doses. Entretanto, pode insistir para que eles continuem fazendo tentativas com outras medicações, que não causem dependência.
Além disto, tratamentos como psicoterapias e fisioterapia podem ser úteis para diminuir seu sofrimento.
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De modo geral, a paroxetina está corretamente indicada pelo psiquiatra.
 
É importante que, se não houver resultado, as doses sejam aumentadas.
 
Em caso de não haver resultados satisfatórios com a paroxetina, mesmo em doses altas, existem outras medicações que podem ser úteis como, por exemplo, a venlafaxina, a clomipramina, a mirtazapina. Em casos refratários ao tratamento se pode usar, também, o alprazolam. Quando possível, este deve ser evitado por causa dos efeitos colaterais que pode trazer sobre a memória.
 
Finalmente, tratamentos como a terapia comportamental e a comportamental-cognitiva podem trazer bons resultados, também, associados ou não a medicações.
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A ansiedade é um fenômeno normal que aparece, entre outras situações, quando se vai enfrentar um perigo. No caso, o perigo é a prova. Algumas vezes, a ansiedade fica tão forte que, ao contrário de ser útil, preparando para o enfrentamento do perigo, ela acaba sendo prejudicial: pode levar à insônia, dificuldades de concentração e, inclusive, a manifestações físicas como dores por tensão muscular, palpitações cardíacas, "tonturas" etc.
A pessoa também pode estar ansiosa por outros eventos e dificuldades que estejam ocorrendo em sua vida e esta ansiedade interferir em outras áreas como, por exemplo, no trabalho e no estudo.
Deve ser feita uma avaliação com psiquiatra. Por vezes, há necessidade de usar remédios, outras vezes uma psicoterapia pode ser suficiente.
Não devem ser usadas, na maioria dos casos, medicações benzodiazepínicas (aquelas que são vendidas em embalagens com faixas pretas) pois, apesar de diminuírem a ansiedade, acabam dificultando ainda mais o aprendizado, podendo prejudicar a memória.
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Possivelmente, seu filho apresenta dois problemas distintos: um deles seria a dislexia e, o outro, a falta de motivação para estudar.
A motivação para o estudo não é algo natural do ser humano, assim como não é natural ficar horas sentado numa sala de aulas ou, em casa, fazendo lições. Entretanto, a maioria das crianças consegue dar conta destas tarefas, com níveis de desempenho variados.
Algumas crianças, entretanto, podem ter um desempenho abaixo da média, por vários motivos:
Deficiências intelectuais - a pessoa apresenta uma capacidade de aprendizado abaixo da média e precisa, assim, de classes especiais.
Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade(TDAH) - a criança tem grandes dificuldades para permanecer sentada e se concentrar nas aulas; fica agitada, pode ser excessivamente falante; tende a não perceber detalhes; dependendo do grau de agitação, pode ser especialmente propensa a machucar-se. A gravidade e a quantidade de sintomas pode variar, de uma criança para a outra. Geralmente, o TDAH pode ser bem tratado com medicações como o metilfenidato e a terapia comportamental.
É frequente, também, que os estímulos sejam inadequados. Crianças provenientes de famílias nas quais as pessoas têm mais curiosidade intelectual, têm mais hábitos como leitura, visita a museus e outras atividades intelectuais tendem a ser mais motivadas para estudar. É importante, também, que os pais colaborem nos estudos e, quando as crianças têm dificuldades, participem diretamente, lendo os textos com elas e fazendo perguntas sobre a matéria, após a leitura. Quando houver possibilidades financeiras, a contratação de professores particulares também pode ser útil. A criança com dificuldades de estudo deve ser acompanhada de modo intensivo, até melhorar seu desempenho. Hoje em dia, como muitas vezes os dois pais trabalham, isto pode ficar mais difícil.
Por sua vez, a própria dislexia pode trazer dificuldades de leitura e escrita que podem acentuar a falta de motivação.
Quando a criança está desmotivada, frequentemente apresenta comportamentos de esquiva e vai fazer tudo o que é mais fácil e mais agradável, ao invés de estudar. Quanto ao fato de alimentar-se em excesso, nestas situações, trata-se de um comportamento deslocado que aparece em várias situações de ansiedade e, assim, frequentemente melhora ou desaparece, se a origem for tratada que, no caso, é a própria dificuldade de estudo.
Geralmente, quadros como o de seu filho podem ser tratados através da terapia comportamental. A terapia deve envolver também os pais, o que pode ser difícil, seja pela falta de disponibilidade destes, seja porque muitos pais têm dificuldades de aceitar que estão cometendo algumas falhas na educação dos filhos e que eles próprios precisam mudar seus comportamentos para que possam influenciar beneficamente as crianças.
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Sua pergunta não está clara mas, se for na área psiquiátrica, uma possível explicação seria ela estar apresentando efeitos colaterais de remédios como, por exemplo, o haloperidol.
 
Entretanto, o mais correto seria você consultar um neurologista, pessoalmente.