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Ivan Mario Braun

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Dr., boa noite! A pergunta é referente a mim, estou em um quadro de fobia social (medo de falar com as pessoas e ser julgada; ultimamente quando vou tentar interagir com algumas pessoas que não tenho muita aproximação, fico paralisada na minha fala.
  • Deve procurar uma avaliação psiquiátrica. Muitas vezes, a fobia se acompanha de outros quadros, como depressão, ansiedade generalizada, outras fobias, abuso de substâncias. Para a fobia social há algumas medicações que podem ajudar e a terapia cognitivo-comportamental ou outras modalidades de terapia comportamental são o tratamento de primeira escolha.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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    Psicoterapia
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Meu marido foi diagnosticado com C. DE LEVI, ALZHEIMER e Parkinson. Tem receita de Ketiapina 100 mg, um à noite, estou tentando no governo, porém o psiquiatra não pode colocar o CID que o governo exige, que se refere à esquizofrenia. O que faço?
  • Primeiramente, um esclarecimento: não existe este diagnóstico triplo. A demência com corpúsculos de Lewy já implica que a pessoa tem sintomas tanto de doença de Alzheimer quanto de síndrome parkinsoniana. Em relação à medicação, infelizmente o SUS não libera as medicações apenas com base na prescrição médica. A quetiapina (com "qu") pode ser usada em transtornos psicóticos e no transtorno bipolar (não apenas esquizofrenia). Em outros casos, ela precisa ser adquirida comercialmente: os preços são variados e alguns laboratórios costumam oferecer descontos, mediante cadastro (o único problema de cadastrar é que os dados podem perder o sigilo). Outra opção é entrar com um mandado de segurança contra o Estado, através de advogado, com base em documentação que prove que a quetiapina é a melhor opção para o tratamento e que a pessoa não tem condições de comprá-la.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Sou diagnosticada com transtorno bipolar. Minha vida é uma sofreguidão eterna. Saí de um episódio de mania, entrei em depressão profunda, com grande vontade de morrer. E nunca consigo me estabilizar. Já fiz tratamentos com Cetamina e ECT sem resposta
  • Há vários motivos para pessoas com transtorno bipolar não estarem estabilizadas: tratamento errado; tratamento ainda não ter tido tempo para fazer efeito; ainda não ter sido encontrado o melhor tratamento/a melhor medicação (ou, geralmente, combinação de medicações ou de medicações com procedimentos não medicamentosos) para manter a estabilidade ou casos refratários ao tratamento (felizmente, esta última possibilidade é mais rara, porém pode ocorrer, como em qualquer especialidade médica). Finalmente, a não-adesão correta dos pacientes também pode interferir: algumas pessoas interrompem o tratamento, em alguns momentos, ou tomam doses erradas (por exemplo, por medo de "excesso" de medicações ou aversão a efeitos colaterais).

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Boa tarde. Meu filho tem 27 anos, nunca trabalhou, só quer coisas caras, agora quer um carro e foi diagnosticado com TBA. Só fala em grandeza. Quer se matar e só fala nisso, tem uma tia que deu uma casa em doação com cláusulas. Ele quer matar a tia.
  • Desconheço o que seja diagnóstico de "TBA". Se for TAB, é o transtorno bipolar. No transtorno bipolar, a pessoa tem episódios nos quais pode apresentar tendências a gastos excessivos e ideias de grandeza. Mas, os episódios são autolimitados, i.e., geralmente após dias ou semanas, a pessoa volta ao seu normal, geralmente arrependida dos gastos excessivos. Se no caso de seu filho esta postura é contínua, significa que o diagnóstico não é TAB ou que, além do TAB, possui problemas adicionais, que podem ser compras compulsivas (um transtorno de controle dos impulsos), algum transtorno de personalidade ou, simplesmente, problemas comportamentais. Somente numa avaliação pessoal é possível diagnosticar. Quanto a falar que se quer matar, é algo que pode ocorrer em episódios depressivos graves do transtorno bipolar ou ter outra função, também só sendo possível determinar mediante avaliação pessoal. Quanto a querer matar a tia, pode ocorrer em episódios psicóticos, como reação a frustração em episódios maníacos graves (nestes casos, costuma ser algo momentâneo), ser parte do comportamento num transtorno de personalidade ou ter outra função. Não é possível ir além destas hipóteses, sem conhecer pessoalmente o caso.

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Qual o melhor remédio para esquizofrenia?
  • Não existe "o melhor" remédio para esquizofrenia: vai depender de cada caso. De modo geral, os antipsicóticos não clássicos são preferidos, por terem menos efeitos colaterais. Há vários deles, tais como risperidona, paliperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona, lurasidona, aripiprazol etc. Para casos resistentes a eles, uma opção é a clozapina que, por motivos não claramente estabelecidos, pode funcionar em casos nos quais outros não foram suficientemente eficientes. Mas, tem um perfil de efeitos colaterais potencialmente perigosos, de modo que nunca é a primeira opção. Além disto, psicoterapia não psicodinâmica e terapia ocupacional, assim como abordagem psicoeducacional são complementos importantes ao tratamento medicamentoso.

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