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Psicoterapia - Perguntas respondidas

Trato uma depressão e síndrome do pânico há muito tempo, mas as medicações estão fazendo muito mal a mim. Gostaria de saber: teria algum método para tratar com medicações naturais?
  • Todas as medicações são "naturais", pois não existem medicações "sobrenaturais". Possivelmente, você se refere a tratamentos à base de plantas, que é o que as pessoas chamam de "natural". Cabem, assim, alguns esclarecimentos: 1. O importante de um tratamento é que tenha efeito comprovado e, portanto, cuidado com publicidade - há muita gente alardeando tratamentos "naturais" e você só vai gastar seu dinheiro e usar algo que não tem eficácia comprovada. 2. Se uma planta for eficaz, é porque ela contém alguma (ou várias) substâncias químicas que são eficazes. Assim, por exemplo, a erva-de-são-joão, que pode ser usada como antidepressivo, só funciona porque contém um princípio ativo químico que tem um mecanismo de ação que se chama "inibição da monoaminoxidase" - o mesmo mecanismo de ação que possuem os antidepressivos mais antigos, da década de quarenta do século XX... 3. Pelo mesmo motivo, é totalmente ingênuo achar que se algum tratamento é à base de plantas, ele vai ser inofensivo. Não há necessidade nem de se citar plantas como os cogumelos venenosos ou a digitalis, mas basta repetir o exemplo da erva-de-são-joão - interage com uma série de substâncias, até com pílula anticoncepcional. E, dependendo da quantidade usada, não se deve comer nem queijos, quando se usa esta erva. 4. Medicações industrializadas são purificadas e se sabe exatamente o quanto contêm de uma determinada substância. Normalmente, também, principalmente quando se trata de remédios mais antigos, conhecem-se todos os efeitos colaterais, os perigosos e os desagradáveis, porém que não são perigosos. 5. Em se falando de perigo, deve-se distinguir o que significa um remédio "fazer mal" de uma pessoa ter sensações desagradáveis: há remédios, como os benzodiazepínicos ("tarja preta"), dos quais as pessoas raramente se queixam, mas que produzem prejuízos de memória que podem, inclusive, não serem totalmente reversíveis, se forem usados por muito tempo. Por outro lado, há remédios que causam boca seca, soltam ou prendem o intestino, dificultam a ejaculação ou dão sono excessivo ou insônia, mas que não prejudicam a saúde da pessoa, podendo ser usados em longo prazo, sem maiores riscos. É nesta categoria que se encaixa a maioria dos remédios usados atualmente no tratamento da depressão e do transtorno de pânico (é este o nome correto, não "síndrome do pânico"). Portanto, o primeiro passo seria expor seu desconforto ao seu médico e procurar com ele alguma medicação que lhe cause menos efeitos colaterais (se o que sente forem realmente efeitos colaterais). Finalmente, caso queira tentar um tratamento não medicamentoso, existem alguns tipos de psicoterapia que podem ser eficazes em alguns casos de depressão e transtorno de pânico, como a terapia comportamental, a cognitivo-comportamental e a terapia de aceitação e compromisso (ACT). Se achar um terapeuta que trabalhe com estas modalidades, poderá, eventualmente, fazer um tratamento não medicamentoso. Mas, os resultados destas terapias, como de qualquer tratamento, também não são cem por cento garantidos.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • O ideal é fazer acompanhamento psicológico junto com o acompanhamento medicamentoso.

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     Cícera Sonia dos Santos Silva
    Cícera Sonia dos Santos Silva
    Psicoterapia
  • Sim, porém, precisa seguir o tratamento corretamente. Nenhum tratamento, seja ele com Medicamento ou Remédio, sem uma eficiente organização de horário para tomá-los, dentro das normas exigidas, infelizmente seus efeitos não dão bons resultados.

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     Jorge Luis Pereira
    Jorge Luis Pereira
    Psicoterapia
Me separei há uma semana, não por vontade minha, mas consciente dos motivos. Está difícil e confesso precisar de ajuda para superar. Como proceder?
  • Busque ajuda psicológica.

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     Cícera Sonia dos Santos Silva
    Cícera Sonia dos Santos Silva
    Psicoterapia
  • Procure fazer uma psicoterapia individual para melhor conduta.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • Você deve procurar um psiquiatra ou um psicólogo, que são profissionais aptos a ajudar você a superar esta fase difícil.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Meu filho de 6 anos está chorando muito para ficar na escola nova (1ºano), já começa a ficar nervoso antes de sair de casa, com a respiração curta e sinais de ansiedade. Todos os dias sofre para se despedir de mim. Depois fica bem na aula...
  • Olá. Essa situação é comum ocorrer em crianças nessa idade pois ela passará a ficar mais tempo longe dos pais e isso acaba gerando o que chamamos de ansiedade de separação, onde a criança teme muito ficar longe dos pais, gerando insegurança, incerteza, temor e bastante sofrimento. Nessa situação o ideal a fazer é o pai ou mãe ficar em sala de aula com o filho por 1 ou dois meses até a adaptação da criança ao ambiente. Caso isso não resolva, é importante levar ao psiquiatra para iniciar o tratamento para evitar que a situação piore.

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  • É sempre importante conversar com seu filho e também com os professores da escola, para descobrir se algo ocorre na escola que possa estar causando este comportamento. Porém, nem todos as crianças conseguem relatar o que ocorre, por vários motivos (medo, por exemplo) e, infelizmente, já vi casos em que ocorriam problemas, na escola e os professores e orientadores negaram. Assim, seria bom levá-lo a um psicólogo ou psiquiatra com experiência em crianças e parentagem (estratégias de educação para os pais) para orientar você.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • Pode ser um caso de ansiedade de separação ou ansiedade social. Procure um(a) psiquiatra da Infância e da Adolescência. Abraço!

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Para um adolescente de 18 anos, com depressão, qual a indicação: o psicólogo ou o psiquiatra?
  • A primeira avaliação deve ser sempre de um psiquiatra. Alguns casos necessitam de remédios e somente um psiquiatra tem condições de avaliar isto com segurança, pois tem formação médica. Quando existir a alternativa de associar psicoterapia (entender os componentes psicológicos do problema e ajudar a pessoa, com base neste conhecimento), cabe ao psiquiatra fazer uma psicoterapia paralela ou indicar outro profissional pra fazê-la. Este outro profissional frequentemente é um psicólogo. Psicólogos fazem faculdade de Psicologia e, se tiverem formação em Psicologia Clínica, poderão fazer psicoterapia. Muitos psicólogos sabem também diagnosticar se há necessidade de medicações, além da psicoterapia, mas muitos não sabem, enquanto TODOS os psiquiatras, por sua formação, tem obrigação de saber fazer este diagnóstico. E, se houver necessidade, o psicólogo não poderá prescrever ("receitar") o remédio, pois não tem formação nem licença para tanto. Em depressões graves, a prescrição de medicações é obrigatória. Em depressões leves ou moderadas, há a possibilidade de tentar o controle só com psicoterapia. Algumas linhas específicas de psicoterapia são cientificamente comprovadas, no tratamento da depressão como, por exemplo, a terapia cognitivo-comportamental, a ativação comportamental e a terapia de aceitação e compromisso. Outras terapias não são comprovadas como, por exemplo, a psicanálise e o psicodrama. Isto não significa que elas não funcionem, mas certamente não se aconselha que sejam usadas como tratamento isolado (i.e., sem uso concomitante de medicação).

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    • Dr. Osvaldo Carvalho Gomes
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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
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    São Paulo / SP
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  • Tudo vai depender da gravidade do quadro de depressão. Se o caso de depressão é grave, precisa de ajuda psicológica e psiquiátrica. Casos leves de depressão costumam ser resolvidos apenas com psicoterapia e exercícios físicos regularmente.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • Se há suspeita de Depressão, o médico psiquiatra sempre deve ser procurado para avaliação e, após o diagnóstico, feito e mensurado o nível de gravidade da depressão, indica-se o tratamento, que nos casos leves pode ser acompanhado apenas por psicoterapia. Lembrando que o diagnóstico de doença Depressão deve ser feito por um médico, pois doenças de outros sistemas que não o sistema nervoso (cérebro) podem causar sintomas depressivos.
    Atenciosamente
    @osvaldo_gomes

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    Dr. Osvaldo Carvalho Gomes
    Dr. Osvaldo Carvalho Gomes
    Psiquiatria
    Santo André / SP
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Tenho problemas com a minha audição. Escuto até demais. Nestes últimos anos fiz tratamento, mas não obtive resultados. Hoje escuto como se fosse um rádio, hora fora de estação. Quando entendo as conversas sobre mim e pessoas que não conheço.
  • Se você tem uma audição exagerada (hiperacusia) de sons comprovadamente presentes no ambiente (ou seja, outras pessoas presentes também ouvem os sons), deve insistir no tratamento com otorrino ou otoneurologista. Ruídos não inteligíveis constantes também podem ser devidos a um quadro de "tinnitus" também tratados por otorrinos e otoneurologistas.

     

    Se você ouve sons ou falas que outras pessoas presentes (e com audição normal) no ambiente não ouvem, pode estar tendo alucinações. Tirar conclusões de que pessoas no ambiente estão conversando sobre você secretamente pode, por vezes, ser sintoma do que se chama de delírio.

     

    Você deve consultar um bom psiquiatra, de boa formação. Sendo médico, saberá diferenciar transtornos psíquicos daqueles que têm origem no aparelho auditivo.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • O seu problema de audição pode estar relacionado ao DPAC (Distúrbio do Processamento Central Auditivo) não é considerado uma doença, mas apenas uma disfunção que tem cura. É a dificuldade de processar e selecionar as informações adquiridas. É grande a importância de um trabalho multidisciplinar que integre os Fonoaudiólogos, Psicólogos, a família, os professores e psicopedagogos para apoiarem a pessoa com DPAC.

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     Elisia Pinto Alfradique
    Elisia Pinto Alfradique
    Psicoterapia
Atenção: as informações contidas nesta página não visam substituir as orientações do seu médico. Sua pergunta será encaminhada aos especialistas do catalogo.med.br, não sendo obrigatoriamente respondida pelos profissionais listados acima.