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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Minha irmã apresenta uma mudança brusca de comportamento/personalidade, parece que se transforma em outra pessoa, muda a maneira de agir, de conversar (muda o timbre de voz) e até a fisionomia, fica normal e anormal.
  • Esta pergunta fica difícil de responder. Você poderia fornecer mais alguns dados?

    Como ela se comporta quando ela muda sua maneira de agir? Fica alegre, triste ou agressiva? Fala mais rápido que o normal, atropela seus próprios pensamentos, faz muitas piadinhas? Gasta muito? Ou não é nada disso? (Se não for, diga o que ocorre.)

    Quanto tempo duram essas mudanças de comportamento (horas? dias? semanas? meses?).

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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TENHO 50 ANOS, SOU DO SEXO FEMININO, ESTÃO ACONTECENDO COISAS ESTRANHAS COMIGO. ANTES ACONTECIA, MAS NÃO TÃO ACENTUADAS. POR EXEMPLO, VONTADE DE MORRER, SUMIR, REJEIÇÃO, BAIXA AUTO-ESTIMA. PARECE QUE NÃO DÁ VONTADE DE FAZER MAIS NADA. O QUE SERÁ?
  • Tudo indica que você está com depressão.

     

    Talvez, mesmo antes, você tivesse alguns sintomas. Realmente, algumas pessoas possuem sintomas leves de depressão, durante muitos anos seguidos. Isto se chama "distimia". E uma parte delas desenvolve um quadro mais forte, que é a depressão.

     

    Às vezes, a depressão pode estar associada a alterações hormonais que acontecem na sua faixa de idade. Porém você pode estar com todo o organismo funcionando normalmente e, mesmo assim, ter depressão. Isto ocorre porque algumas pessoas (cerca de 30 por cento) tem uma tendência a ter alterações na química cerebral que levam-na a sentir exatamente o que você está sentindo.

     

    A depressão necessita de tratamento com remédios. O importante é que estes remédios sejam dados na dose certa e pelo tempo certo, Tratamentos com doses muito baixas, às vezes, só melhoram os sintomas, mas não controlam a depressão. Tratamentos muito curtos aumentam a chance de recaídas.

     

    É muito importante tratar a depressão pois ela, além de diminuir a qualidade de vida da pessoa e prejudicar seu dia-a-dia, possivelmente aumenta o risco de algumas doenças e mesmo pode levar à morte de células cerebrais, ao longo do tempo. Além disso, o quadro pode agravar-se ao longo do tempo e, em até 10 por cento dos deprimidos graves, pode levar ao suicídio.

     

    A depressão pode passar ou melhorar sozinha, mas é melhor não arriscar. As medicações antidepressivas são seguras e não causam dependência.

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    • Dr. Ernane Pinheiro de Freitas
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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Gostaria de saber se somente pisquiatra pode avaliar se uma pessoa possui depressão?
  • Muitos psicólogos e mesmo médicos generalistas conseguem dizer, hoje em dia, se uma pessoa tem depressão.

    Porém, ao contrário de psicólogos e médicos generalistas, os psiquiatras, necessariamente, durante seu período de especialização, após a faculdade, precisam aprender a avaliar e tratar de depressões.

    Assim, se você quer realmente ter segurança, deve consultar um psiquiatra. A chance de um psiquiatra fazer uma boa avaliação é muito maior.

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    • Dr. Ernane Pinheiro de Freitas
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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Meu marido usa medicamentos para depressão, ansiedade e insônia há 5 anos, mesmo assim não dorme direito, já trocou alguns medicamentos. Agora ele toma paroxetina 20mg, Depakote de 500mg e quando se sente muito cansado por dormir mal ele toma musculare.
  • Não sei se é esta sua dúvida:

    Os medicamentos para dormir frequentemente perdem o efeito, após algum tempo de uso. Nestes casos, as pessoas ou seus médicos por vezes aumentam a dose. Porém, isto pode ocorrer indefinidamente.

    Como grande parte das medicações para dormir causam problemas de coordenação motora, quedas e, principalmente, problemas de memória, não é recomendável usá-las por períodos prolongados (hoje em dia, considera-se correto usá-las por apenas algumas semanas).

    Deve-se pesquisar a causa da insônia. A própria depressão pode causar insônia e, se for bem tratada, a insônia melhora. Inclusive se pode usar alguns antidepressivos mais sedativos e que, por isto, melhoram o sono.

    Algumas vezes, a insônia pode ter causas físicas.

    Finalmente, a insônia está frequentemente relacionada a problemas de hábitos. Nestes casos, recomenda-se um conjunto de técnicas que recebem o nome de "higiene do sono". São medidas como:

    1 - Nunca ir para a cama sem sono - quem tem insônia, deve deitar-se apenas quando tiver MUITO sono. Jamais se deve ficar na cama para esperar o sono chegar.
    Enquanto o sono não vem, deve-se ter atividades bem leves, como ler um livro tranquilo, assistir a um filme tranquilo, folhear uma revista, ouvir uma música calma. Nunca se deve lavar louças, assistir a filmes de suspense ou jogar no computador - isto deixa a pessoa mais "ligada".

    2 - Se acordar no meio da noite e não adormecer em 15 ou 20 minutos, sair da cama e seguir a orientação (1), acima.

    3 - Parar de fumar, pois o tabaco contém nicotina, que é um estimulante.

    4 - Evitar quantidades maiores de café, chá preto, chá mate, Coca-Cola ou Pepsi-Cola, pois eles contêm cafeína, que é um estimulante.

    5 - Fazer exercícios aeróbicos várias vezes por semana: correr, nadar, fazer hidroginástica, caminhar. Quando se caminha, deve ser sem parar e num ritmo que seja suportável, porém canse (é sempre bom fazer uma avaliação médica antes de fazer exercícios frequentes). Evite fazer os exercícios menos de quatro horas antes do seu horário de dormir, pois eles podem deixar você mais "ligada", ao invés de relaxar.

    6 - Tome um lanche leve antes de ir para a cama.

    7 - Não fique demasiadamente preocupada com o quanto você dorme numa noite. Não existe uma quantidade correta de sono, ela é diferente para cada pessoa.

    8 - Jamais durma a mais de manhã ou tire cochilos à tarde pelo fato de não ter dormido à noite. Acorde cedo e passe o dia acordada. Mesmo um pouco de sono, for da hora, pode aumentar a insônia na noite seguinte. Enquanto estiver fazendo o tratamento da insônia, procure levantar cedo e não cochilar durante o dia mesmo aos fins de semana e feriados.

    Apesar de ser desagradável ter uma ou mais noites de insônia, não é provável que algumas noites sejam excessivamente prejudiciais para o organismo. Além disso, se você ficar excessivamente preocupada, isto só piora a insônia.

    Outra questão é se o tratamento de seu marido está sendo eficaz. Apesar de que alguns quadros depressivos e ansiosos demoram muito para melhorar, usar doses baixas demais de remédios ou trocá-los com muita frequência leva a uma demora maior para se obter resultados ou mesmo a falhas no tratamento.

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    • Dr. Ernane Pinheiro de Freitas
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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
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Existe algum remédio que faça efeito pra depressão, mesmo que você não tenha motivo algum pra não se sentir triste? Algum que faça efeito, que me deixe feliz, mesmo sabendo que minha vida vai continuar a mesma de sempre?
  • Depressão não é tristeza. Tristeza é normal, todo ser humano normal sente. Depressão é uma alteração comportamental grave e, frequentemente, uma doença.

    Tristeza não necessita de tratamento, ela passa com o tempo ou quando certas condições da vida das pessoas melhoram. Depressão pode não passar ou, mesmo quando passa, ela volta.

    A depressão é perigosa: diminui muito a qualidade de vida da pessoa, pode prejudicar suas atividades sociais e profissionais e pode mesmo levar ao suicídio.

    Todos os remédios antidepressivos aprovados pela ANVISA fazem efeito na depressão. Entretanto, isto não significa que qualquer antidepressivo funciona para qualquer pessoa.

    Geralmente o psiquiatra inicia o tratamento com um antidepressivo mais fraco (por exemplo, um inibidor de recaptação de serotonina) e em doses baixas. Se não funcionar, ele vai aumentando a dose, aos poucos. Se, mesmo assim, a pessoa não ficar bem, ele pode usar mais de um remédio ao mesmo tempo ou trocar por um remédio mais forte. Isto vai sendo feito aos poucos, ao longo de várias consultas, até que se consiga um tratamento que controle a depressão.

    Por outro lado, antidepressivo não traz felicidade. Ele pode até fortalecer a pessoa e, mesmo pessoas com problemas na vida passam a sentir-se mais animadas e corajosas para enfrentá-los, quando são tratadas.

    Mas, se você tem problemas na vida, sugeriria associar uma psicoterapia ao tratamento com antidepressivos. Na psicoterapia, o profissional (um psicoterapeuta, que pode ser psiquiatra ou psicólogo) vai ajudar você a entender melhor seus problemas e a procurar saídas.

    Você deveria começar sendo avaliada por um psiquiatra, para diagnosticar se você tem depressão ou só tristeza. Se não tiver depressão, uma psicoterapia pode ser útil. Se tiver depressão, ela pode ser tratada ao mesmo tempo que você faz psicoterapia. Ou, às vezes, você espera a depressão melhorar com remédios e, já mais animada, partir para a psicoterapia com o objetivo de ajudar a enfrentar os problemas de sua vida.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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