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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Boa noite, tenho síndrome do pânico há alguns anos. Cada dia fica mais difícil viver com essa doença. A mesma tem cura? Pois sonho um dia ficar curada.
  • A síndrome do pânico ou "transtorno de pânico" pode ser bem controlada, na maioria das vezes, através de medicações, contanto que a pessoa tome a medicação certa, na dose certa e pelo tempo certo (tratamentos curtos demais aumentam a chance de recaídas).

    Entretanto, infelizmente, muitas pessoas precisam tratar-se durante toda a vida pois, quando param o tratamento, o problema volta. Porém, se elas continuarem tomando as medicações, sua qualidade de vida costuma ser muito boa e as medicações são seguras e não causam dependência (com exceção daquelas que têm uma faixa preta na embalagem, que devem ser evitadas, sempre que possível).

    Um certo número de pessoas com pânico desenvolve medos muito intensos de lugares cheios de gente ou de lugares fechados, por exemplo. Este tipo de medo (fobia) frequentemente não melhora com os remédios, mas existem excelentes técnicas comportamentais para seu tratamento, que podem acabar com eles no espaço de meses ou mesmo semanas.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Existe tratamento para viciados em jogos de baralho??
  • Com certeza.

    Vícios em jogos geralmente fazem parte de um grupo de transtornos que se chama "jogo patológico". Estes transtornos se caracterizam pelo fato de as pessoas jogarem e terem prejuízos como, entre outros, perda de dinheiro, problemas familiares, profissionais, dívidas. Apesar destes problemas, estas pessoas têm muita dificuldade de parar de jogar ou, quando param, retornam ao jogo depois de algum tempo.

    O tratamento se baseia principalmente em técnicas comportamentais: o terapeuta, junto com o(a) paciente, faz um verdadeiro mapa para entender o comportamento de jogo (Quando você joga mais? Que tipo de jogos? Quanto você já perdeu? Já se endividou? Já parou alguma época? Por quanto tempo?). Em cima desta compreensão, procura-se ajudar o(a) paciente a evitar o jogo e viver sem o mesmo. Não é uma tarefa tão fácil, porque jogar pode ser excitante e desafiador; muitas pessoas encontram nos lugares que jogam companhias interessantes e, alguns mais solitários, só se socializam durante o jogo; o jogo pode aliviar tensões e, em alguns momentos, até trazer dinheiro (só que, para aqueles que jogam por dinheiro, ao longo do tempo,as perdas são geralmente maiores que os ganhos). Além disso, frequentemente (mas nem sempre), existe uma tendência de, quando a pessoa perde, querer jogar mais, para recuperar o que perdeu.

    Em alguns casos, existem alguns remédios que podem ser úteis no tratamento.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Tenho muito medo de bactérias, acho que estão em todo lugar. Não quero sair de casa para não me sentar com medo de bactéria, é horrível viver assim, o que faço?
  • Pelas suas informações é possível a presença de um quadro de fobia, o qual se não tratado leva a uma limitação social importante, com prejuízos na vida profissional e social, por exemplo na família e a pessoas associadas à vida do paciente.

    De maneira geral o tratamento é realizado com psicoterapia e medicação, tendo quase sempre sucesso.

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    Dr. Poti Chimetta Havrenne
    Dr. Poti Chimetta Havrenne
    Neurologia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • Este tipo de problema pode ser uma fobia (medo exagerado) ou um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Neste último caso, geralmente a pessoa, além do medo excessivo ou mesmo irracional, costuma ter rituais para tentar diminuir os medos ou pensamentos desagradáveis. Estes rituais podem ser, por exemplo, rezas, pensamentos "positivos" para combater os negativos, lavagem excessiva das mãos ou do corpo, evitar apertar a mão de outras pessoas. Entretanto, existem outros rituais, pois cada pessoa pode ter rituais diferentes.

    Estes quadros (tanto as fobias quanto o TOC) têm tratamentos muito eficazes, baseados em medicações (principalmente os inibidores de recaptação de serotonina, que são a primeira opção) e terapia comportamental ou técnicas comportamental-cognitivas. A melhora costuma ocorrer, em grande parte dos casos, num período de semanas a meses.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
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Meu irmão toma olanzapina, haldol, diazepam, porém não estão fazendo o efeito necessário, ele está dormindo bem mais, é confuso e amanhece ruim, chora muito. A médica dele disse que é só esperar e ser paciente, o que fazer?
  • Precisaria saber qual o diagnóstico do seu irmão.

    O que significa para você que "não está tendo o efeito necessário"? Qual seria o efeito que deveria ocorrer?

    A olanzapina e o Haldol são medicações usadas em problemas como esquizofrenias e transtorno bipolar. Hoje em dia costuma-se evitar o Haldol, pois ele pode trazer alguns efeitos colaterais desagradáveis, quando usado por muito tempo. A olanzapina também tem efeitos colaterais (principalmente aumento de peso), mas é considerada mais segura.

    Entretanto, geralmente não se usa os dois remédios juntos.

    O clonazepam é uma medicação calmante que, às vezes, é usada para ajudar a dormir. O problema é que, depois de algum tempo de uso, ele pode perder o efeito de causar sono. Além disso, pode causar dependência e problemas de memória.

    Se você tem dúvidas quanto à conduta da médica, pode pedir opinião de um outro psiquiatra. Mesmo no serviço público, você pode pedir ao gerente uma avaliação com um outro profissional, para ter uma segunda opinião.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
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Como tratar a síndrome do pânico?
  • O tratamento para os transtornos do pânico podem ser feitos com medicamentos antidepressivos e ansiolíticos e/ou psicoterapias. Esses medicamentos agem no sistema nervoso central regularizando o funcionamento das áreas cerebrais comprometidas, mas devem ser seguidos ou conjugados com a psicoterapia. A psicoterapia cognitivo-comportamental atualmente é a mais indicada e pode ajudar no controle dos comportamentos, pensamentos e sintomas disfuncionais.

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     Equipe médica Centralx
    Equipe médica Centralx
  • A síndrome de pânico ou, mais corretamente, transtorno de pânico, pode ser tratada com medicações. Geralmente, usam-se, como tratamento de primeira linha, os "inibidores de recaptação de serotonina". O resultado costuma ser muito bom, mas se o tratamento com eles não for bem sucedido, podem ser usados outros remédios, também.

     

    Existem também técnicas comportamentais e cognitivas para o tratamento do pânico, que consistem de ajudar a pessoa a reconhecer situações, pensamentos e emoções relacionadas às crises e a aprender lidar com elas, de modo que a intensidade e frequência das crises vai diminuindo.

     

    Frequentemente a abordagem comportamental e a medicamentosa são associadas.

     

    Enquanto as crises de pânico podem ser controladas, geralmente, só com uso de remédios, há sintomas de medos exagerados que, frequentemente, vêm junto com as crises. O mais frequente deles é a agorafobia, que é a dificuldade de ir a lugares com muita gente e de permanecer neles. Este tipo de medo não melhora tanto com a medicação e, geralmente, há necessidade de se usar exercícios comportamentais para tratá-lo. O resultado costuma ser excelente e, se a pessoa fizer de modo correto, há casos em que é possível resolver o problema em questão de semanas.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
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