Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Olá, bom dia.
O primeiro passo, no caso da sua filha, é levá-la a um profissional médico psiquiatra, preferencialmente da infância e adolescência, para que se faça uma avaliação cuidadosa a fim de se estabelecer um possível diagnóstico e diferenciar as diversas causas desse tipo de sintoma.
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Primeiramente, é necessário que se esclareça seu diagnóstico, pois depressão com muitas oscilações de humor pode ser realmente uma depressão, como também algum transtorno do espectro bipolar, que teria tratamento diferente. Além disto, por vezes pacientes referem que têm depressão, mas não preenchem critérios suficientes para um diagnóstico. Traduzindo, nem sempre que uma pessoa tem um profundo desânimo ou tristeza a psiquiatria faz um diagnóstico de depressão. Este diagnóstico só é feito de acordo com a gravidade, número e duração dos sintomas.
 
Vontade de dormir para esquecer é uma queixa que precisa ser explorada pois, além da possibilidade da depressão, pode haver questões psicológicas envolvidas.
 
Em relação à síndrome do pânico, também, é frequente pessoas virem com este diagnóstico sem, na verdade, saberem do que se trata. O "transtorno de pânico" (o nome correto) só é diagnosticado se houver uma determinada quantidade, gravidade e frequência de sintomas.
 
Se todos os diagnósticos que você menciona realmente estiverem corretos, é possível que tenha tomado as medicações corretas, porém em dose insuficiente ou por tempo insuficiente, o que é frequente, seja por causa de pacientes que "mexem" na medicação por conta própria, seja devido a profissionais que não têm experiência suficiente e têm medo de dar doses mais elevadas ou trocam a medicação sem ter dado tempo suficiente para ela agir.
 
Finalmente, se os diagnósticos e os tratamentos tiverem sido corretos, algumas pessoas apresentam quadros mais resistentes e, nestes casos, há possibilidade de se usarem combinações medicamentosas menos corriqueiras - o que somente um(a) profissional experiente saberá fazer.
 
Atualmente, em alguns casos, pedem-se testes farmacogenéticos para verificar possíveis causas da má resposta a tratamentos ou mesmo recomendar outros.
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Existem algumas práticas como técnicas de respiração e relaxamento que podem ajudar. Exercício físico regular costuma ajudar. Gestão do stress também é importante. Se nada disso ajudar, convém ouvir a opinião de um especialista.
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A ansiedade é um fenômeno normal e constitui uma proteção contra perigos e uma consequência natural de situações de conflito.
 
Entretanto, em algumas pessoas, em algum momento da vida, podem ocorrer quadros graves, que requerem tratamento. Nesses casos, a ansiedade deixa de ser um mecanismo de proteção e passa a ser sofrida e paralisante.
 
Ela envolve uma sensação frequentemente desagradável de excitação e apreensão e, muitas vezes, medos ou preocupações excessivas. Além disso, a pessoa frequentemente apresenta sintomas físicos, como sensação de "estômago embrulhado", aperto no peito, suor, batimentos cardíacos acelerados, tontura, visão turva, tremores, falta de ar.
 
A ansiedade pode ser tratada com psicoterapias e terapia comportamental, que modificam o modo de a pessoa enfrentar o mundo e, com isto, a fortalecem contra a ansiedade grave.
 
Frequentemente, há necessidade de uso de remédios, pois eles aceleram os resultados e há mesmo casos graves de ansiedade que, aparentemente, não melhoram somente com psicoterapias.
 
As medicações mais usadas e de primeira linha são os inibidores de recaptação da serotonina, como a fluoxetina, a sertralina, o citalopram, a paroxetina. Mas, dependendo do caso, existem muitas outras opções, como a buspirona, os antidepressivos tricíclicos e a gabapentina.
 
Devem ser evitadas as medicações benzodiazepínicas (aquelas que são vendidas com "receita azul" e vêm com uma faixa preta, na embalagem). Elas causam dependência, problemas de memória e não devem ser usadas, na grande maioria das vezes, por mais de algumas semanas.
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O psiquiatra é um profissional médico especializado na avaliação de transtornos mentais e comportamentais. Assim, ele procurará orientar seus pacientes de acordo com seus melhores conhecimentos, como devem fazer todos os médicos.
Logicamente, o(a) paciente também tem liberdade de escolha e pode ou não fazer o que o psiquiatra recomenda. As consequências positivas ou negativas desta opção são do(a) paciente.
Isto vale para todos os casos em que a pessoa tenha uma capacidade de decisão próxima a das pessoas sem transtornos psiquiátricos. Entretanto, em alguns casos, esta liberdade fica mais limitada, mesmo que não seja anulada. Isto ocorre, basicamente, nos casos de crianças pequenas, pacientes psicóticos em crise ou com comprometimentos mais graves, pessoas com retardo mental e em quadros demenciais mais avançados como, por exemplo, na doença de Alzheimer.
Procure conversar com seu psiquiatra e expor para ela esta mesma pergunta que você fez aqui, no site.
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Esta pergunta fica difícil de responder. Você poderia fornecer mais alguns dados?
Como ela se comporta quando ela muda sua maneira de agir? Fica alegre, triste ou agressiva? Fala mais rápido que o normal, atropela seus próprios pensamentos, faz muitas piadinhas? Gasta muito? Ou não é nada disso? (Se não for, diga o que ocorre.)
Quanto tempo duram essas mudanças de comportamento (horas? dias? semanas? meses?).