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Ivan Mario Braun

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Posso fazer terapia com um psiquiatra?
  • A psiquiatria é uma especialidade médica. Assim, em princípio, o psiquiatra só é obrigado a saber fazer os diagnósticos dos diversos problemas emocionais e doenças específicas da sua área e saber tratá-los com remédios, quando necessário.

     

    A psicoterapia exige uma formação específica em técnicas de ajudar as pessoas através da comunicação com elas, isto é, descobrir junto com elas, geralmente conversando (mas há outras técnicas, também) quais seus reais problemas e as melhores soluções para eles.

     

    Grande parte dos psiquiatras se propõe a fazer psicoterapia, apesar de nem todos terem conhecimentos suficientes para tanto. Assim, se for fazer psicoterapia com um psiquiatra, procure saber se ele fez alguma formação em psicoterapia. Caso contrário, ele pode até dar bons conselhos, em razão de sua experiência profissional e de vida (e isto também pode ser útil), mas não saberia fazer uma terapia propriamente dita.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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    Psicoterapia
    Psiquiatria
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Tenho 44 anos, sou militar e apareceu-me peladas no couro cabeludo. O médico de pele disse que é por estresse; que médico devo procurar?
  • A perda de cabelos tem várias causas e, realmente, o estresse pode estar envolvido. Muitas vezes, o tratamento pode envolver tanto remédios da área dermatológica, como medicações contra fungos, anti-inflamatórios e medicações para estimular o fortalecimento (como a finasterida e o minoxidil), juntamente com tratamento para seus problemas emocionais.

     

    Deve procurar um psiquiatra: ele saberá dizer se há necessidade de se tomar alguma medicação para ansiedade ou depressão.

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Bom dia, minha filha tem quatro anos e meio, ela estuda no 2º período, sinto que ela é muito dispersa, não consegue se concentrar nas atividades, é muito insegura, não consegue pensar pra responder uma pergunta. Preciso procurar um especialista?
  • Sugiro que procure um psiquiatra especializado na infância. Crianças pequenas podem apresentar vários quadros que expliquem o que sua filha tem como, por exemplo, depressão, fobia social ou transtorno de déficit de atenção.

    É importante, também, que estes sintomas podem advir, em parte ou na totalidade, de situações que a criança esteja enfrentando, na escola ou mesmo em casa. Assim, é fundamental que haja uma consulta com alguém que consiga fazer uma análise ampla dos problemas, levando em conta todos os aspectos.

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Eu mudo muito de humor, com muita intensidade, fico irritada facilmente, já pensei em me suicidar várias vezes, não faço uma amizade por muito tempo, e tenho muito medo de ficar sozinha, de ser abandonada. Me identifiquei como borderline, o que eu faço?
  • Em primeiro lugar, tome cuidado com o autodiagnóstico: hoje em dia, há muitas informações disponíveis e nem todas são confiáveis. Além disso, muitas vezes há sintomas que são iguais em vários tipos de problemas psiquiátricos e uma pessoa que não é da área pode confundi-los. A consequência é que, por um lado, realmente às vezes a gente recebe, no consultório, pessoas que conseguiram identificar seus próprios problemas mas, por outro, é frequente conversarmos com pacientes que vêm com diagnóstico "pronto" - e errado.

    Assim, antes de você dizer o que tem, seria muito importante consultar um psiquiatra.

    O transtorno de personalidade borderline se caracteriza por uma inconstância muito grande no humor, frequente sensação de vazio, medo de perda de relacionamentos, assim como a relacionamentos de "amor e ódio"; as pessoas têm dificuldade de levar à frente suas metas, frequentemente tendo feito (ou, pelo menos, começado), várias faculdades ou vários trabalhos. São comuns os sintomas depressivos (e, consequentemente, podem ocorrer ideias e tentativas de suicídio) e mesmo psicóticos. Há chances de as pessoas usarem um ou mais tipos de drogas.

    Um aspecto importante é que não se sabe, ainda, se o transtorno borderline é um diagnóstico específico ou se, na verdade, é uma entidade que engloba vários tipos de problemas.

    Assim, com certa frequência se encontram pessoas com as características acima e que têm uma excelente melhora com medicações estabilizadoras do humor, as mesmas usadas para o transtorno bipolar. É possível que estes indivíduos tenham, na verdade, um transtorno bipolar pouco evidente.

    De resto, dependendo do estado em que a pessoa se encontra, pode requerer antidepressivos, medicações antipsicóticas ou remédios que ajudem a pessoa a parar de beber ou usar drogas, quando for o caso.

    Além disso, é importante fazer uma psicoterapia para ajudar a pessoa a enfrentar os diversos problemas da vida, seja aqueles que todos encontram como aqueles mais específicos de pessoas com dificuldades emocionais e comportamentais.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Estou me sentindo muito ansiosa, nervosa, estou comendo muito e sem estar sentindo fome. Ando com um irritamento do nada. Estou me sentindo preocupada. O que será isso, meu Deus?
  • Como você mesma escreve, você está com uma condição que se chama "ansiedade".

     

    A ansiedade pode ser um fenômeno normal, que aparece em certas circunstâncias de conflito e pode ter um papel protetor.

     

    Entretanto, quando excessiva, ela envolve comportamentos que acabam sendo prejudiciais como, por exemplo, comer muito ou irritar-se com facilidade. Muitas vezes, a pessoa se preocupa exageradamente com alguns problemas de sua vida. Nestes casos, ela precisa ser tratada.

     

    A boa notícia é que o tratamento da ansiedade funciona muito bem, é um dos mais eficazes, na psiquiatria. Existem boas medicações e bons tratamentos psicoterápicos. A maioria dos pacientes fica bem em algumas semanas a alguns meses, dependendo do tipo de ansiedade que apresenta.

     

    Em alguns casos, dependendo de sexo, idade, de como a ansiedade apareceu, há necessidade de se pedir alguns exames laboratoriais.

     

    As medicações mais usadas são os "inibidores de recaptação da serotonina", que corrigem alguns aspectos da química cerebral que ficam alterados nos casos de ansiedade. Um tipo de psicoterapia que recomendo é a terapia comportamental, na qual se procura tanto entender quais são as circunstâncias reais da vida da pessoa que estão desencadeando a ansiedade quanto ensiná-la a enfrentar de forma eficaz seus problemas.

     

    Finalmente, infelizmente, há uma quantidade razoável de médicos que prescrevem medicações benzodiazepínicas (aqueles que vem com faixa preta na embalagem e precisam de "receita azul"). É importante que você saiba que estas medicações têm efeitos colaterais potencialmente graves e devem ser tomadas no máximo por algumas semanas. Hoje em dia, existem várias medicações mais seguras.

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