Ivan Mario Braun
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A esquizofrenia se caracteriza por dois aspectos básicos:
1) É um quadro psicótico, ou seja, a pessoa, durante o surto, perde o vínculo com a realidade. Isto se manifesta através de vozes imaginárias que ela ouve e considera reais (alucinações), através de comportamentos bizarros ou através de delírios, nos quais ela acredita de modo absoluto em ideias (frequentemente, mas nem sempre, de perseguição). Esta crença "absoluta" significa que não adianta argumentar ou demonstrar o contrário, que a pessoa continua convicta.
2) Em geral, depois do surto psicótico, a pessoa entra numa fase residual, onde os pensamentos e alucinações podem desaparecer, mas ela perde a capacidade de se relacionar adequadamente com as pessoas: não consegue perceber as emoções dos outros, perde a noção do que é socialmente aceitável, não consegue se envolver afetivamente e, por vezes, em pessoas mais inteligentes e introspectivas, ela chega até a perceber e dizer, claramente, que perdeu a capacidade de sentir emoções.
Hoje em dia, com os tratamentos existentes (principalmente se o problema for tratado desde o início), as pessoas se recuperam razoavelmente bem (antigamente, com frequência, elas ficavam tendo vários surtos e pioravam a cada novo surto). Alguns casos tratados com antipsicóticos de última geração ficam completamente normais (apesar de que, na imensa maioria dos casos, deverão tomar medicações a vida inteira).
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Desânimo e tristeza profundos, insônia ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite, diminuição do desejo sexual, sensação de que nada ou quase nada dá prazer; por vezes, a pessoa acha que não vale a pena viver e chega a querer morrer; dificuldades de concentração; ideias negativas em relação ao passado, que vão desde lembranças recorrentes de eventos tristes a arrependimentos e sentimentos de culpa. Falta de perspectivas em relação ao futuro, que vão desde o pessimismo até uma nítida sensação de que não há nenhuma saída para os problemas.
Estes sintomas não precisam estar todos presentes ao mesmo tempo, porém deve haver vários deles e devem ter uma duração de pelo menos algumas semanas.
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É importante descobrir do que ele tem medo de morrer - pode ser uma fobia (quadro ansioso); pode ser que tenha tido uma crise de pânico durante a noite e esteja amedrontado; pode ser que tenha pesadelos.
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Uma criança pode chorar muito pelos mais diversos motivos:
 
- pode estar com depressão;
- pode estar com ansiedade;
- pode estar querendo chamar a atenção;
- pode estar sendo vítima de maus tratos.
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Não existe nenhum tratamento para personalidade borderline baseado em internação. O que se faz, eventualmente, é internar a pessoa devido a aspectos associados ao transtorno. Por exemplo, se a pessoa está com depressão e riscos de suicídio ou se a pessoa está usando drogas e não está conseguindo parar só com o tratamento em ambulatório ou consultório.
Hoje em dia, a maioria das internações não deve durar mais que algumas semanas, pois não há evidências científicas provando que internações prolongadas sejam úteis. Por exemplo, numa depressão a internação deve durar apenas o suficiente para que sejam controlados os riscos de suicídio e, numa internação por uso de drogas, em geral cerca de três semanas são suficientes para desintoxicar e planejar o tratamento que deverá ocorrer no consultório.