Ivan Mario Braun
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A Razapina* (mirtazapina) é um antidepressivo, usada no tratamento da depressão, em casos de ansiedade e também em alguns casos de insônia.
 
Trata-se de uma medicação que costuma dar bastante sonolência e, juntamente com o álcool, a sedação aumenta.
 
Atualmente, independente de estar ou não tomando medicações, não se permite que pessoas dirijam após beberem, o que já é uma grande proteção.
 
Poder ou não beber para alguém que toma mirtazapina depende de uma série de fatores:
 
- idade: pessoas mais velhas são mais sensíveis tanto aos efeitos da mirtazapina quanto aos do álcool;
- sexo: mulheres são mais sensíveis aos efeitos do álcool;
- fatores pessoais de metabolismo e sensibilidade aos efeitos de ambas as drogas (álcool também é droga);
- há quanto tempo a pessoa está tomando a mirtazapina (com o tempo, o efeito sedativo tende a diminuir);
- quais as doses de mirtazapina e álcool que vão ser consumidas.
 
De modo geral, no caso de pacientes estabilizados de seus quadros psiquiátricos e que não tenham tido problemas por abuso de álcool, os psiquiatras não costumam proibir o consumo de doses pequenas, esporadicamente, "tipo" um copo de vinho ou cerveja uma vez por semana.
 
Os esclarecimentos acima têm apenas caráter de informações gerais: a melhor pessoa para orientar você é o(a) seu(sua) médico(a) particular, pois é ele(a) que conhece melhor seu quadro clínico e seu organismo.
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A Razapina* (mirtazapina) é um antidepressivo que leva a um aumento do apetite pela sua ação anti-histamínica (a mesma encontrada em medicações antialérgicas). Esta ação é também responsável pela sonolência. Estes efeitos são especialmente úteis em pessoas com insônia e falta de apetite, mas em outras (ou em outra fase do tratamento) podem se tornar desagradáveis.
 
Além do fato de o efeito de aumentar o apetite ser útil em pessoas com depressão e inapetência (anorexia), a mirtazapina também é um antidepressivo que não dá efeitos colaterais sexuais, ao contrário da maioria dos outros, sendo por isto indicada em casos nos quais a pessoa seja sensível aos efeitos sexuais negativos de outras medicações.
 
Finalmente, outra vantagem da mirtazapina é que ela pode ser combinada a outros antidepressivos de modo a aumentar o efeito destes.
 
Assim, trata-se de um excelente antidepressivo. O aumento de peso se deve habitualmente a um aumento do apetite, que leva a pessoa a "engordar" (acumular gordura) e não a retenção de água ("inchaço"). Entretanto, tratando-se de um excelente antidepressivo, vale a pena, ao invés de suspender seu uso, conversar com seu médico sobre a possibilidade de controlar o peso através de dieta e exercícios ou mesmo de alguma medicação que possa contrabalançar este efeito de aumento do apetite.
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O TAG (transtorno de ansiedade generalizada) é caracterizado por sintomas de preocupações excessivas (que a própria pessoa percebe como exageradas) relacionadas a várias áreas de vida de uma pessoa. Apenas como exemplo, uma pessoa que não é rica, mas tem o suficiente para viver relativamente bem e alguma reserva e, mesmo assim, continuamente se senta amedrontada pela possibilidade de passar fome. Ou uma mãe que, todas as vezes que seus filhos saem, mesmo que saiba que estão em segurança, não consegue dormir enquanto não voltam, imaginando tudo o que de ruim possa ter acontecido.
Juntamente, pessoas com TAG apresentam sintomas físicos tais como tremores, sudorese excessiva, tonturas, palpitações, tensão muscular.
Já o transtorno de déficit de atenção-hiperatividade (TDAH) se caracteriza por sintomas com início na infância (mas que podem persistir ou reaparecer na vida adulta), com inquietação física (crianças que "não conseguem ficar paradas" ou adultos que sentem vontade de se ficar remexendo, quando precisam permanecer no mesmo lugar), acompanhados de dificuldades de concentração (quando não se trata de alguma situação ou assunto muito estimulante), frequentes perdas de prazos e horários de compromissos, frequente perda de objetos pessoais; tendência a pular de uma atividade para a outra, sem terminar a primeira; tendência a interromper os outros, quando falam; tendência a ler somente partes de um texto ou de escrever com pouca precisão. As pessoas frequentemente relatam que acham que já entenderam tudo, mesmo antes da outra ter terminado de falar ou de terem lido um texto até o final.
Estes são apenas os resumos dos principais sintomas, não sua totalidade. Por outro lado, uma pessoa não precisa ter todos os sintomas ao mesmo tempo, para receber os diagnósticos.
Finalmente, o fato de ter um quadro de TAG não exclui que a pessoa possa ter TDAH.
O profissional mais indicado para fazer o diagnóstico é o psiquiatra.
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Pessoas mentem para conseguir algum objetivo ou para escapar de punições. Pode-se dizer que todas as pessoas mentem, em algum momento de suas vidas. Entretanto, alguns indivíduos mentem mais que outros, o que pode ser resultado de diferenças culturais (em algumas culturas mentir sobre alguns temas é considerado menos grave que em outras e, às vezes, é até recomendado pela etiqueta), de criação pela família ou de problemas psicológicos. É frequente, por exemplo, que pessoas que têm dificuldades de dizer não ou de fazer críticas ou exigências ("inassertivas") mintam para não enfrentar uma situação difícil.
Mentiras frequentes podem ser sinal, também, de transtornos de conduta e quadros mais graves, como o transtorno de personalidade antissocial, que envolve pessoas que não têm nenhuma empatia por outras pessoas e não apresentam escrúpulos para atingir seus objetivos.
Cada caso deve ser analisado de forma diferente e o correto seria procurar auxílio profissional, para que pudesse relatar a questão de modo mais detalhado e ser devidamente orientado(a).
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Procure orientação no Conselho Regional de Medicina.