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Ivan Mario Braun

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Toda vez que minha filha fica doente fico desesperada, não durmo direito, não sinto fome, vou trabalhar pensando nela. Já pensei em sair do trabalho e da faculdade pois me sinto culpada por não estar o tempo todo com ela. O que devo fazer?
  • Estar com a filha doente é, realmente, uma situação preocupante, principalmente se for um problema de alguma gravidade.

     

    Numa sociedade diferente da nossa, talvez você tivesse disponibilidade para ficar com ela o tempo inteiro e isto a deixasse mais relaxada. Da forma como funciona nossa sociedade, atualmente, você não consegue estar ao lado de seus filhos o tempo inteiro e, pelo visto, além de seu trabalho, você ainda vai à faculdade.

     

    Você tem perante si algumas opções: manter suas atividades e aprender a enfrentar sua ansiedade; manter uma das atividades; ou, como você mesma disse, sair de todas as atividades que não sejam a de cuidar de sua filha.

     

    O fato de você perder o apetite e não conseguir dormir, também, sugere que seja uma pessoa especialmente ansiosa. Esta ansiedade pode estar na faixa normal ou ser parte de um transtorno mais grave ou mesmo de uma depressão.

     

    Sugiro que procure um(a) psiquiatra para diagnosticar se você tem algum problema mais grave, que necessite, eventualmente, de medicações. Se ele(a) constatar que não há, você pode fazer uma psicoterapia, com psiquiatra experiente nesta área ou psicólogo clínico, de modo que a ajude a resolver seus conflitos (entre as diversas opções) e possa diminuir sua ansiedade e os problemas que ela causa.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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    Psicoterapia
    Psiquiatria
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Boa noite, minha filha tem medo do andador, pânico e TAG. Ela perdeu toda qualidade de vida, uma menina linda com 14 anos e nove meses. Será que pode me ajudar?
  • Crises de pânico e o transtorno ansioso generalizado (TAG) fazem ambos parte do grupo dos transtornos ansiosos. Seu tratamento de primeira escolha, a não ser que haja contraindicação, são os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS). Esta indicação só pode ser feita, presencialmente, numa consulta com o psiquiatra.

    Quanto ao medo do andador, não ficou claro do que se trata. Se pudesse esclarecer e encaminhar a pergunta, novamente, seria interessante.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Meu marido é bipolar. Já levei em milhares de médicos e nenhum deu certo. O que faço?
  • A bipolaridade é um transtorno de tratamento mais difícil que na depressão unipolar.

     

    Em primeiro lugar, é necessário que o diagnóstico seja feito por um psiquiatra. Parece óbvio, mas é comum que as pessoas leigas achem que bipolar é, simplesmente, aquela pessoa que muda de humor com frequência; clínicos e neurologistas menos acostumados a pacientes psiquiátricos também podem ter estas dificuldades de reconhecer o quadro.

     

    O tratamento padrão da bipolaridade é feito com lítio. Ao contrário da maioria dos remédios, a terapia com lítio não se baseia em número de comprimidos, mas na concentração de lítio no sangue. Assim, o psiquiatra prescreverá o número de comprimidos suficiente para se atingir determinadas concentrações. Há outros estabilizadores de humor como o valproato de sódio, a olanzapina, a risperidona.

     

    A maioria dos bipolares precisa tomar mais de um tipo de medicação, simultaneamente, para obter um controle completo; segundo alguns estudos, de 3 a 4 remédios ao mesmo tempo.

     

    Não se assuste se demorar para ocorrer o controle e, se você está frequentando um médico de boa formação (que tenha feito uma boa faculdade, uma boa residência e que seja estudioso), não fique trocando de médicos com frequência. Muitas vezes, há necessidade de um ano ou mais para se estabilizar um paciente - isto, se ele tomar todos os remédios direito, o que às vezes não ocorre.

     

    Por outro lado, se houver uma resposta muito difícil, às vezes é interessante pesquisar se há uma causa associada como, por exemplo, alterações de tireoide.

     

    Sempre faça as perguntas que quiser ao seu médico, de modo a entender, dentro do possível, cada passo que está sendo dado.

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    • Drª. Eliana Kohatsu Pereira Nogueira de Sousa
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    Dr. Ivan Mario Braun
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Em 2010, minha mãe teve depressão pela primeira vez (com a morte de sua irmã). Toma medicamentos até hoje, sua recuperação foi em cerca de 2 meses. Agora em 2015, com o falecimento de seu pai, teve recaídas. O que fazer para evitar (terapias,...)?
  • Reações de luto à morte de pessoas queridas são comuns e normais. Entretanto, se houver um quadro mais profundo e prolongado, hoje em dia se faz o diagnóstico de depressão. Depressões sempre possuem sintomas mais acentuados de desânimo ou tristeza, insônia ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite, diminuição do desejo sexual, dificuldades de concentração, perda do prazer em atividades nas quais a pessoa costumava sentir prazer. Nestes casos, impõe-se tratar a pessoa.

     

    Novamente, se seu pai morreu, há necessidade de o psiquiatra avaliar a profundidade e a duração dos sintomas, para verificar se é uma reação normal numa pessoa que esteja com a depressão controlada ou se é uma recidiva do quadro.

     

    Se houver recidiva, deve-se aumentar a medicação, acrescentar outra para potencializar o efeito da primeira ou administrar doses mais altas de antidepressivo.

     

    É fundamental ela retornar ao psiquiatra.

     

    As psicoterapias podem ser eficazes, dependendo da gravidade dos sintomas e podem ser associadas ao tratamento medicamentoso.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Minha filha tem 19 anos, possui Síndrome de Down. Há 4 anos passou a apresentar um comportamento diferenciado, tem momentos de alegria e outros de grito, de perguntas repetitivas, parecendo não entender o que está falando, voltando à normalidade.
  • Pessoas com síndrome de Down podem apresentar comportamentos variados e que não estão, necessariamente, ligados à sua síndrome.

     

    Sem conhecer a pessoa e sem uma entrevista pessoal, é impossível saber do que se trata, pois estas crises podem ter como origem desde quadros de epilepsia até serem de origem totalmente comportamental, passando por transtornos ansiosos, incluindo rituais compulsivos.

     

    É importante você consultar um psiquiatra que tenha experiência no assunto e que consiga, também, fazer uma avaliação comportamental (ou você pode consultar um psiquiatra sem esta capacitação e também um psicólogo terapeuta comportamental) para verificar que tipo de circunstâncias ambientais podem estar condicionando o comportamento de sua filha.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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