Ivan Mario Braun
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Comportamentos repetitivos podem ter várias origens, tais como quadros psicóticos ou o transtorno obsessivo-compulsivo, cada um com tratamentos diferentes.
Vocês devem marcar uma consulta com psiquiatra, até porque, num esquema de atendimento de emergência, em plantões, não há muito o que se fazer.
Entretanto, enquanto não fazem isto, procurem através de telefones como o da polícia ou dos bombeiros, ou através do Google, hospitais que possuam atendimentos psiquiátricos de emergência ou que tenham como acessar psiquiatras de retaguarda, se necessário.
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O ato de arrancar compulsivamente o próprio cabelo é chamado de "tricotilomania".
 
Não se conhece as causas exatas da tricotilomania, porém se acredita que possua alguns pontos em comum com outros hábitos, tais como roer compulsivamente as unhas e mesmo alguns tipos de tiques. Acredita-se que as pessoas como este tipo de alterações percam parte da capacidade de frear certos comportamentos prejudiciais e, por isto, são denominados de "transtornos do controle de impulsos".
 
Trata-se de um transtorno de tratamento bastante difícil, pois o ato de arrancar cabelos traz, muitas vezes, prazer e alívio para situações de ansiedade.
 
Fatores externos, tais como situações de estresse podem influenciar muito este tipo de comportamentos. Por outro lado, este tipo de alterações pode estar inserido em algum problema mais amplo como, por exemplo, quadros depressivos, ansiosos, autismo etc.
 
Os tratamentos passam por alguns medicamentos (infelizmente, não existe nenhum oficialmente aprovado para a terapia da tricotilomania) e abordagens comportamentais em que se procura analisar os fatores que desencadeiam e os que reforçam os episódios de arrancar os cabelos.
 
É necessário que se consulte um psiquiatra, de preferência alguém que tenha experiência com crianças e, principalmente, transtornos de controle de impulsos, que são quadros à parte e ainda pouco conhecidos por muitos profissionais.
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Quadros psicóticos são caracterizados por uma perda do vínculo com a realidade, que pode se manifestar através de ideias delirantes (pensamentos absurdos ou sem conexão lógica com o mundo externo), comportamentos bizarros e/ou alucinações (geralmente, de vozes que dão ordens, conversam entre si ou fazem comentários).
Os antipsicóticos são o tratamento de primeira escolha que o psiquiatra utiliza. São medicações que procuram reverter ou compensar as alterações químicas cerebrais que, acredita-se, levam aos comportamentos psicóticos.
Entretanto, comportamentos psicóticos podem estar presentes em vários transtornos diferentes como, por exemplo, esquizofrenias, transtorno esquizo-afetivo, depressões psicóticas, transtorno bipolar psicótico, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante. Assim, pode ser que haja necessidade de uso de outras medicações, tais como antidepressivos ou estabilizadores de humor. Em alguns casos, usa-se a eletroconvulsoterapia (ECT), um tratamento no qual, após uma anestesia geral, faz-se uma estimulação elétrica do cérebro por alguns segundos.
Em alguns transtornos psiquiátricos, quando não muito graves, existe a opção de aguardar o período do puerpério, para que a mãe não precise tomar medicações que, geralmente, são desaconselháveis para quem está amamentando. Entretanto, se houver a presença de um surto psicótico, esta opção não existe, pois as consequências de um não-tratamento podem ser muito graves.
Dos tratamentos acima, a ECT é a que menos utiliza drogas e que permite que, após algumas horas, o organismo tenha eliminado as medicações utilizadas (basicamente para a anestesia e o relaxamento muscular). Assim, se houver indicação deste tipo de terapia, ela é bastante segura, no sentido de diminuir os riscos de eliminação de drogas pelo leite.
Entretanto, o tratamento específico vai depender de cada caso e é impossível decidir sem que a mãe seja avaliada por um psiquiatra.
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Pessoas que passam por traumas graves podem desenvolver quadros ansiosos, incluindo medos exagerados; por vezes, podem vir a ter quadros depressivos ou mesmo outros transtornos psiquiátricos.
 
Entretanto, sem conhecer e entrevistar uma pessoa, o psiquiatra não consegue estabelecer um diagnóstico adequado.
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Existem duas causas importantes para que crianças durmam mais tarde do que deveriam: uma delas é a insônia, que é um quadro no qual a pessoa dorme menos do que necessita e, no dia seguinte, se sente cansada e sem energia. A insônia costuma melhorar com algumas mudanças de hábito: praticar esportes várias vezes por semana, principalmente os aeróbicos como natação, corrida, bicicleta. Estes esportes devem ser praticados durante o dia, pois se forem praticados no final da tarde ou à noite, podem deixar a criança agitada e piorar a insônia.
Outra causa importante é o deslocamento do ciclo sono-vigília: as pessoas, em geral, costumam ficar ativas de dia e dormir, à noite. Se a criança, por algum motivo, for dormir tarde, ela frequentemente terá sono, de manhã. Se for permitido que ela durma, de manhã ou tire cochilos, durante o dia, este ritmo se pode perpetuar: ela não vai ter sono, na próxima noite e, novamente, vai querer dormir de manhã.
Antes de ir para a cama, um lanche leve ou um copo de leite morno podem ser úteis para favorecer o sono. A criança deve ter um quarto escuro ou com pouca luz e silencioso. Antes de dormir, pode-se ler para ela uma história, se ela gostar. Pode, também, assistir à TV, contanto que seja por tempo limitado e pré-determinado e que seja algum programa ou filme tranquilo. Pode escutar um pouco de música, bem tranquila, também.
Se ela tiver insônia e você tiver tempo e paciência, também pode fazer carinho ou massagem, até que ela adormeça.
É importante que, no dia seguinte, ela acorde cedo e faça suas atividades diárias, normalmente.
Crianças com dificuldades de dormir devem evitar café, chá preto, chá mate, coca-cola e outras colas e guaraná em pó. Elas contêm cafeína e pioram o sono.
Situações estressantes e problemas na família, com os amiguinhos ou na escola também podem afetar o sono da criança.
Finalmente, se medidas simples não melhorarem o sono, vale a pena consultar um psiquiatra com experiência em crianças, seja para orientar, seja para verificar outras causas de insônia, tais como depressão e ansiedade, que ocorrem, também, em crianças.