Ivan Mario Braun
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O comportamento que você está descrevendo é muito complexo, com vários sintomas: amnésia (esquecimento), agressividade, inquietação.
O que são as "frases desconcertantes"?
É muito difícil pensar em alguma explicação sem ter mais informações:
Qual a idade da pessoa?
Tudo começou, de repente, há um mês ou já ocorria e somente piorou há um mês.
Esta pessoa tem alguma outra doença?
Enfim, precisaria de mais detalhes, mas o correto mesmo seria levá-lo para uma avaliação com um psiquiatra, que poderia conversar com ele e examiná-lo. Seria importante que ele fosse junto com alguém que conhecesse bem seu histórico e que conviva bastante com ele.
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As medicações usadas para o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) são geralmente as mesmas usadas para depressão e as doses que melhoram o TOC também, geralmente, são suficientes para melhorar a depressão.
Porém, pode haver casos em que um dos problemas melhora mais do que o outro.
Em relação aos pensamentos de morte, resta saber se são do TOC ou da depressão. No caso da depressão, geralmente a pessoa tem pensamentos de que gostaria de morrer, pediria a Deus que a levasse ou podem mesmo ser ideias ou planos de suicídio. Quando os pensamentos de morte são relacionados ao TOC, podem vir, por exemplo, na forma de questionamentos existenciais, imagens de alguém (ou o próprio paciente morrendo) ou medo de que alguém morra (apesar de não estar correndo maiores riscos de morrer). No TOC, geralmente, a pessoa sente que os pensamentos de morte são estranhos e vêm contra a vontade dela.
A despersonalização (um sintoma no qual a pessoa se sente estranha, como se não fosse ela mesma, como se aquilo que ela faz ou pensa não fossem dela) pode aparecer em vários distúrbios, desde aqueles decorrentes do uso de drogas até problemas como a esquizofrenia. Entretanto, com base no resto dos seus sintomas, possivelmente decorre da ansiedade e pode também melhorar com o remédio usado no TOC e na depressão.
Você deve ir ao psiquiatra.
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Sugiro que você converse com seus psiquiatra e psicólogo e peça explicações.
 
Às vezes, a demora dos resultados pode ser devida a um tratamento inadequado. Porém, frequentemente, tratamentos deste tipo são mesmo prolongados e podem requerer aumentos de dose de remédios, acréscimo de outras medicações ou troca por medicações mais potentes, até que se consigam bons resultados.
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Algumas pessoas, no começo do tratamento, podem piorar a ansiedade e as crises de pânico.
Deve-se continuar o tratamento e esperar, que os resultados devem aparecer.
Em casos muito graves, às vezes se usa medicações contra a ansiedade, como o alprazolam, para um alívio mais rápido. Mas, se possível, deve-se evitar esta medicação (e as outras que vêm em embalagens com faixa preta), porque podem causar problemas de memória e de dependência.
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As medicações usadas para o transtorno de pânico são seguras e não causam dependência. Geralmente, é mais fácil e rápido conseguir efeitos com remédios.
 
Entretanto, algumas modalidades de terapia como, por exemplo, a terapia comportamental, a comportamental-cognitiva (TCC) e a "Acceptance and Commitment Therapy" (ACT) podem, eventualmente, obter efeitos sem medicação.