Ivan Mario Braun
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Pessoas com autismo têm uma especial dificuldade de se relacionar com outros, por vários motivos, que vão da dificuldade de expressar-se verbalmente até à dificuldade de perceber e interpretar emoções e reações dos outros. Por vezes, apesar de não ser obrigatório, pode haver comportamentos agressivos, em relação a si mesmo e aos outros. Há possibilidade de diminuir a agressividade com algumas medicações que podem diminuir a irritabilidade e a impulsividade. Porém, o mais importante é analisar as circunstâncias relacionadas aos comportamentos agressivos. Isto, um analista do comportamento (psiquiatra ou psicólogo comportamental) poderá fazer: há necessidade de identificar os desencadeantes dos comportamentos, assim como os estímulos que os mantêm e ajudar a criança e a família a entender melhor o que está acontecendo, assim, a modificar os comportamentos disfuncionais.
Em relação a sair de casa, o procedimento é semelhante: entender que tipo de mudanças ocorreram que criaram resistência a este tipo de atividade e, por outro lado, descobrir que tipo de estímulos podem ajudar a reforçar a vontade de sair.
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Você está enfrentando uma série de problemas, em sua vida. Quando isto ocorre, geralmente as pessoas se sentem mal, desanimadas, ansiosas e tristes.
Este tipo de situação pode melhorar sem nenhuma intervenção profissional ou pode ser abordada numa psicoterapia, com um psiquiatra psicoterapeuta ou um psicólogo clínico.
Entretanto, algumas pessoas podem desenvolver um problema de depressão ou de ansiedade generalizada, que precisam de um tratamento médico.
Assim, o ideal seria você consultar um psiquiatra e verificar se tem depressão, ansiedade generalizada ou apenas se trata de uma fase difícil de sua vida, na qual você está encontrando problemas difíceis de vencer. O psiquiatra poderá dar medicações, se for necessário ou encaminhá-lo para uma psicoterapia, onde você possa discutir seus problemas e encontrar soluções que resolvam ou, pelo menos, diminuam seu sofrimento.
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As crises de pânico são crises súbitas nas quais a pessoa sente um intenso medo, terror, angústia ou ansiedade, que podem aparecer mesmo quando a pessoa está se sentindo totalmente bem e tranquila. Associada a esta sensação, as crises podem envolver uma série de sintomas físicos, tais como palpitações cardíacas, suor, vontade de urinar, tremores, tontura. Sintomas digestivos também podem estar presentes, tais como sensações desagradáveis na altura do estômago, náuseas e mesmo vontade de evacuar, incluindo crises de diarreia.
O que possibilita que seja diagnosticado o pânico é, justamente, que os eventuais sintomas "gástricos" ocorrem dentro de uma constelação de outros sintomas e não isoladamente. Entretanto, nada impede, também, de uma pessoa ter crises de ansiedade ou pânico e, paralelamente, ter algum problema gástrico.
O ideal seria consultar um psiquiatra para diagnosticar o pânico e, se este indicar, um clínico geral. Não é recomendável fazer o contrário, pois clínicos por vezes têm dificuldades de diagnosticar crises de pânico.
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A depressão é um estado no qual a pessoa se sente desanimada e/ou profundamente triste, a maior parte do tempo. Por vezes, alguns pacientes deprimidos relatam que o que sentem não equivale à tristeza nem ao desânimo, sendo algo extremamente sofrido e indescritível.
 
Ao lado deste desânimo ou tristeza, a pessoa perde o prazer em fazer aquelas coisas das quais gostava, antigamente; pode ter insônia ou excesso de sono; falta ou excesso de apetite; dificuldades de concentração; ideias negativas, que vão desde a auto-depreciação, ao excessivo pessimismo, passando por ideias de culpa ou mesmo de morrer ou suicidar-se.
 
A depressão envolve alterações químicas no cérebro, mas pode ser desencadeada ou piorada por fatores como estresse contínuo, maus tratos, maus relacionamentos interpessoais.
 
Por vezes, um episódio de depressão pode desaparecer sozinho, sem tratamento. Mas, grande parte das vezes, ele pode ocorrer, novamente, mesmo sem que haja um novo gatilho.
 
Situações de tristeza ou desânimo frequentemente são resolvidas pelas pessoas sem que tenham de recorrer a ajuda profissional, simplesmente mudando de emprego, de moradia, aumentando suas atividades agradáveis, estabelecendo novos relacionamentos. Entretanto, não se recomenda que você tente vencer sozinho uma verdadeira depressão. Você deve procurar um psiquiatra que possa diagnosticar e tratar seu problema. Ele dirá se há necessidade (geralmente há) de medicações e se deve ser feita, também, uma psicoterapia, que pode ser feita com psiquiatra (que seja também psicoterapeuta) ou psicólogo clínico.
 
As medicações antidepressivas são bastante eficazes e não causam dependência.
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Você tem um padrão de sono com múltiplos despertares. Este tipo de padrão, além de gerar desconforto, pode levar você a sentir-se mais fatigado ou mesmo sonolento, durante o dia.
 
Os despertares podem ter muitas causas: ansiedade, excesso de vontade de urinar (em algumas pessoas, por problemas de infecção urinária ou aumento da próstata, em homens idosos); podem ser causados, também, por problemas respiratórios, nos quais a pessoa deixa de ter oxigenação suficiente do sangue, o que a faz despertar. Falta de atividade física, ir dormir sem sono suficiente e alguns medicamentos também são causas de problemas no sono.
 
A polissonografia é um exame no qual a pessoa passa uma ou duas noites dormindo numa clínica (ou, com certas tecnologias, pode ser feito mesmo em casa) e todos os aspectos de seu sono são examinados: você faz uma entrevista sobre seu sono, é observado diretamente ou através de câmeras, durante a noite; seus movimentos musculares são medidos, ao longo do sono, assim como a oxigenação do sangue, o eletroencefalograma (suas ondas cerebrais, que mudam dependendo do estágio do sono). Inclusive a sua atividade cardíaca poderá ser monitorada, através de um eletrocardiograma.
 
Como todo exame, uma polissonografia deve ser indicada por um médico e não apenas solicitada pelo próprio paciente. Você deve consultar um psiquiatra ou neurologista com experiência em problemas de sono. Por vezes, uma simples consulta será suficiente para o médico diagnosticar seu problema e tratá-lo. Apenas em alguns casos, quando isto não for possível, será pedida a polissonografia.