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Ivan Mario Braun

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Há algum tempo estou com sérios problemas de concentração e memorização, já fui a vários médicos porém não vejo nenhuma melhora, e isso está afetando meu trabalho. Existe uma medicação específica para ativar a memória?
  • Em primeiro lugar, problemas de memorização podem ocorrer paralelamente a problemas de concentração ou serem decorrentes dela: se alguém não consegue prestar atenção, concentrar-se, terá dificuldades tanto em armazenar informações quanto em recuperá-las.

    Dificuldades de concentração e memorização podem ter várias causas: depressão, quadros ansiosos, transtorno de déficit de atenção, quadros de amnésia e demenciação. Infelizmente, não existe nenhuma medicação específica para a memória. A possibilidade de tratar ou, pelo menos, amenizar o problema depende de um diagnóstico correto feito por um psiquiatra, que poderá orientá-lo sobre o que pode ser feito, sempre dependendo da causa que for diagnosticada.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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    Psicoterapia
    Psiquiatria
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Ando muito desanimado, sem vontade de sair. No meu serviço não participo de palestras e fico sozinho. Pode ser uma depressão ou síndrome do pânico?
  • O desânimo excessivo e a sensação de falta de energia para fazer as coisas podem ter várias origens, desde fadiga devida ao excesso de atividades, até problemas clínicos como funcionamento abaixo do normal da tireoide, falta de algumas vitaminas ou quadros causados por vírus. Na área da psiquiatria, a depressão é a causa mais frequente de desânimo e falta de vontade de envolver-se em atividades como, por exemplo, sair para relaxar ou divertir-se. O desempenho no trabalho frequentemente cai, assim como nos estudos.

     

    Por outro lado, a transtorno de pânico se caracteriza por crises súbitas de medo, angústia ou ansiedade extremamente fortes, acompanhados de uma série de sintomas físicos como, por exemplo, palpitações no peito, falta de ar, tremores, tontura, sensações desagradáveis na barriga (eventualmente, até diarreia), vontade de urinar. Frequentemente se associam pensamentos de catástrofe iminente ou a pessoa acredita que vai morrer.

     

    Pela sua descrição, se a causa for um problema na área da psiquiatria, parece tratar-se mais de depressão do que algo a ver com transtorno de pânico (apesar de que os dois transtornos podem ocorrer juntos).

     

    Você deve consultar um psiquiatra que, com certeza, ajudará você a diferenciar entre fadiga, um quadro de depressão ou a presença de sintomas de pânico.

     

    É importante você procurar ajuda logo, pois é melhor descobrir que o problema é menos grave do que esperava do que deixar o quadro evoluir e, eventualmente, prolongar seu sofrimento e dificultar o tratamento.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Estamos com problema com uma tia, um médico pediu para que consultasse um psiquiatra. Ela não dorme à noite, só com medicamentos, e às vezes fica estranha no comportamento, não consegue chorar. A gente vê que ela quer, mas não consegue! O que fazer?
  • A insônia pode ter muitas causas: várias doenças clínicas, problemas de nariz e garganta, problemas neurológicos e transtornos psiquiátricos podem levar a dificuldades para dormir. Por outro lado, o uso de medicamentos para dormir pode prejudicar a memória, causar quedas e lesões e, depois de algum tempo de uso, frequentemente o organismo se habitua à medicação e ela deixa de fazer o efeito desejado. Em alguns casos, as medicações para dormir podem até piorar a insônia.

     

    Comportamentos estranhos em pessoas idosas podem ter várias origens, também, desde quadros meramente psicológicos até transtornos ansiosos, depressivos, demenciação (problemas na linha da doença de Alzheimer) ou serem consequência de vários tipos de doenças clínicas e neurológicas.

     

    O não conseguir chorar é uma questão de análise difícil, principalmente se não é a própria pessoa que relata o problema pois, pelo que você escreve, são vocês que concluem (por sinal, seria interessante saber por que vocês têm de concluir sozinhos - ela não está se comunicando direito?). Porém, muitas pessoas com depressão relatam que gostariam de chorar, mas não conseguem; quadros com comprometimento cognitivo grave (como, por exemplo, novamente, na doença de Alzheimer) também podem envolver dificuldades de expressar emoções). Algumas medicações psiquiátricas, incluindo antipsicóticos e, em alguns casos, antidepressivos, também podem levar a um embotamento emocional.

     

    Realmente, sua tia precisa ser avaliada por um psiquiatra.

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    • Dr. Thiago Vilela Calzada Machado
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    Dr. Ivan Mario Braun
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Estou extremamente estressado e com indícios de início de depressão. O que é recomendado?
  • A depressão é um quadro no qual a pessoa sente intenso desânimo ou tristeza profunda e perde a capacidade de sentir prazer na maior parte de suas atividades. Pode ter dificuldades de concentração, insônia ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite; o desejo sexual geralmente diminui; os pensamentos com frequência se concentram em aspectos negativos da vida, tais como lembranças tristes, ideias de culpa e pessimismo excessivo em relação ao futuro. Por vezes, a pessoa sente que seria melhor morrer ou mesmo desenvolve ideias de suicídio.

     

    A depressão é considerada, ao mesmo tempo, um problema comportamental e um problema químico. De um lado se sabe que situações repetidas de traumas, abandono, problemas interpessoais e insucessos propicia a depressão. Também situações de estresse prolongado podem desencadeá-la. Por outro, acredita-se que a depressão se manifeste através de distúrbios químicos, no cérebro e que uma comunicação deficiente entre as células nervosas esteja envolvida no processo. Tendo em vista estes dois aspectos, a depressão grave deve ser tratada com medicações (sem as quais não costuma melhorar ou, quando melhora, tende a voltar). Juntamente com as medicações, pode ser indicada pelo psiquiatra uma psicoterapia ou terapia comportamental, que ajudará você a lidar com seus pensamentos e emoções negativas e a entender a origem deles. Entretanto, a psicoterapia deve (ou não) ser indicada apenas após uma avaliação por psiquiatra. Infelizmente, não raras vezes, psicoterapeutas e psicólogos insistem em tratar casos graves sem medicação, o que prolonga o sofrimento e traz riscos adicionais.

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Meu filho tem urticária. Os exames estão normais. Ele tem 12 anos e apresenta uma personalidade difícil, com rituais, excesso de preocupações que não condizem com sua idade. Chora à toa. Já tratou com psicólogo. Pode ser de fundo emocional?
  • A urticária se caracteriza pela presença de áreas elevadas na pele, de aparecimento geralmente súbito e com características inflamatórias, como vermelhidão, calor local, prurido ou mesmo dor. A urticária pode ser resposta a uma série de estímulos, tais como picadas de insetos, substâncias alergênicas e pode mesmo ocorrer como consequência de outras doenças do organismo, até mesmo de alguns tumores malignos. A gravidade da urticária varia, indo de um problema localizado numa pequena área até quadros mais extensos que podem envolver, além da pele, gengivas, lábios e mesmo o intestino (causando cólicas). Assim, em primeiro plano, deve-se fazer uma investigação cuidadosa da urticária, se ela não desaparecer, rapidamente.

     

    O tratamento da urticária se faz tratando alguma causa subjacente ou, quando sintomático, se usam anti-inflamatórios hormonais, adrenalina e/ou anti-histamínicos (medicações anti-alérgicas).

     

    Por vezes, situações de estresse podem propiciar o desenvolvimento de urticária, mas é perigoso considerar isto como a principal causa, com riscos de se deixar de diagnosticar doenças clínicas.

     

    O fato de seu filho ter uma série de alterações comportamentais pode ou não estar relacionado à urticária, entretanto, certamente, você deve consultar um psiquiatra, pois os problemas psicológicos e psiquiátricos dele, por si só, merecem um diagnóstico cuidadoso e tratamento.

     

    O mais correto seria continuar a investigação do problema - talvez não só com um dermatologista, mas também com um bom clínico geral e, paralelamente, fazer um diagnóstico psiquiátrico, para ver qual o melhor tratamento. Apesar de que psicólogos conseguem ajudar em muitos quadros, é sempre bom passar por um psiquiatra que, como profissional médico, pode detectar alguns problemas para os quais o psicólogo não está habilitado. Dependendo do caso, ele inclusive vai reencaminhar o seu filho ao psicólogo. Em outros casos, ele recomendará um tratamento medicamentoso.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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