Psiquiatria - Perguntas respondidas
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A irritabilidade e o desânimo podem ser consequências normais de situações pelas quais esteja passando. Muitas vezes, conseguimos enfrentar as situações difíceis e, assim, nossa irritabilidade e desânimo também melhoram. Outras vezes, temos dificuldades de encontrar saídas e, nestes casos, uma psicoterapia, com psiquiatra ou psicólogo habilitado, pode ajudar.
 
Entretanto, pode haver casos em que a irritabilidade e o desânimo sejam excessivos, desproporcionais a quaisquer problemas pelos quais a pessoa está passando e, por vezes são, também, muito duradouros. Nestes casos, é possível que a pessoa esteja tendo um transtorno psiquiátrico. Transtornos psiquiátricos são quadros nos quais, apesar de os sintomas serem psicológicos (por exemplo, irritabilidade e desânimo), está havendo pequenas alterações no funcionamento do cérebro. Nestes casos, quase sempre, há necessidade de tratamento medicamentoso. Antes de prescrever a medicação, o psiquiatra (que é uma especialidade médica) deve fazer uma cuidadosa entrevista com o(a) paciente, para fazer um diagnóstico. Por exemplo, irritabilidade e desânimo podem estar presentes em vários tipos de transtornos psiquiátricos: depressões, transtornos ansiosos e mesmo transtornos de personalidade, que são quadros que se caracterizam ao final da adolescência e tendem a se manter ao longo da vida. Quando é feito o diagnóstico psiquiátrico, o profissional tem condições de prescrever o melhor tratamento como, por exemplo, remédios inibidores de recaptura de serotonina, em casos de depressão e ansiedade. Às vezes, o psiquiatra indica que, juntamente com o remédio, a pessoa faça uma psicoterapia, na qual, junto com um profissional habilitado, procura entender melhor a origem de seus problemas e a resolvê-los para melhorar seu estado psicológico e sua qualidade de vida. É importante lembrar, também, que, felizmente, a imensa maioria dos remédios psiquiátricos é bem tolerada pelo organismo e, sobretudo, não causa dependência.
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Sair andando desesperada pela rodovia não caracteriza nenhuma doença específica. Pode ser uma reação de esquiva a alguma situação difícil pela qual você esteja passando, ou sinal de um transtorno ansioso, aliviado por movimentação intensa. Pessoas em surtos psicóticos ou crises de mania do transtorno bipolar também, por vezes, movimentam-se excessivamente e saem vagando pelas ruas. Da mesma forma, a dificuldade em dormir pode ser sinal de situação de vida pela qual está passando ou de ansiedade, surto psicótico, fase de mania ou depressão.
 
Em vista do grau de sofrimento e riscos, você deve o mais rápido possível procurar um atendimento psiquiátrico, mesmo que seja, inicialmente, num pronto socorro ou ambulatório de pronto atendimento.
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A descrição que você dá sugere um quadro de ansiedade. O aumento da ansiedade, à medida que a pessoa se afasta de ambientes com os quais está acostumado, geralmente é sintoma de quadros chamados de "fobia". Fobias nada mais são do que medos ou ansiedades exageradas ou irracionais. Assim, é normal as pessoas se sentirem mais seguras próximas às suas casas, onde conhecem o ambiente, as pessoas e onde podem refugiar-se rapidamente, caso tenham algum problema. Este comportamento é observado também em animais, inclusive em peixes. Entretanto, a pessoa com fobia tem estas reações de modo exagerado, de modo que sente muito medo ou ansiedade, quando longe de casa. E suar frio e vontade de ir banheiro fazem parte da reação ansiosa, assim como a dor de barriga. Por vezes, os medos exagerados e fobias aparecem no contexto de depressões ou outros quadros ansiosos. Nestes casos, frequentemente há necessidade de tratamento medicamentoso. Outras vezes, as fobias aparecem isoladas (ou seja, a pessoa "só" tem a fobia). Nestes casos, o tratamento com terapia cognitivo-comportamental, sem medicações, é a primeira opção e, com a colaboração do paciente, tem resultados excelentes.
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Estes sintomas podem ter muitas origens. Situações difíceis pelas quais a pessoa esteja passando (e não contou para você) podem explicá-los, mas frequentemente são sinais de problemas mais graves, tais como depressão e surtos psicóticos.
 
O mais rápido possível você deve procurar, presencialmente, um psiquiatra e fazer o máximo para levar também seu filho na consulta.
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Apesar de, por vezes, ser difícil de encontrar, a ziprasidona não saiu do mercado. Procure informar-se em várias farmácias, inclusive nas menores. Procure, também, o contato de farmácias de compra online e os serviços de atendimento ao consumidor (SAC).
 
Em caso de não encontrar a medicação, dirija-se ao psiquiatra de sua filha ou a algum colega dele (se for em posto de saúde ou ele estiver ausente) e exponha o problema. Quando a medicação está em falta no mercado, é possível substituí-la por outra. A substituição não garante que o efeito seja o mesmo, porém há várias medicações antipsicóticas eficazes, além da ziprasidona. De qualquer forma, sua filha não pode ficar sem medicação, de modo que você deve agir rapidamente.