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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Pesquisei os sintomas do meu marido na internet e apareceu "Síndrome de Cotard". Ele nega a realidade e parou de comer (porque disse que não precisa) devo tentar interná-lo?
  • Internação pode ser uma solução. É uma síndrome rara, também conhecida como delírio niilista ou síndrome do cadáver ambulante. A pessoa pode acreditar que já morreu e que não precisa se alimentar. Pode morrer de verdade por inanição, daí a importância da internação para que isso não ocorra.

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     Vitor Giacomini Flosi
    Vitor Giacomini Flosi
    Acupuntura Médica
    Psiquiatria
    São José do Rio Preto / SP
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MEU FILHO FAZ TRATAMENTO PARA DEPRESSÃO, TOMA VÁRIOS REMÉDIOS HÁ 1 ANO, MAS ULTIMAMENTE TEM TIDO RECAÍDA, PODE SER O EFEITO DO REMÉDIO QUE NÃO ESTÁ FAZENDO MAIS EFEITO COMO O ESPERADO?
  • O tratamento das depressões geralmente é bem eficiente, conseguindo-se pelo menos uma grande melhora, na maioria dos casos.

    Pode ocorrer, no caso de alguns antidepressivos que, com o tempo, seu efeito diminua. Nestes casos, frequentemente é suficiente apenas um aumento da dose (sempre sob orientação médica).

    Em alguns casos, pode ser que o antidepressivo que tomava não seja suficiente para controlar o problema suficientemente bem, de modo que ele teve uma piora que teria tido independente da medicação ter "perdido o efeito". Costumo comentar com as pessoas que é como se a depressão fosse uma sucessão de depressões ou buracos, num terreno. Quando você os enche com água, alguns ficarão totalmente cheios e outros, mais profundos, vão ficar apenas parcialmente cheios. Os buracos mais rasos são aqueles que uma certa dose de antidepressivo conseguiu preencher; os mais fundos, não preencheu, totalmente. Assim, quando ao longo do processo a depressão chega nestes buracos mais fundos, há necessidade de se potencializar o tratamento.

    Por vezes, o psiquiatra opta por trocar a medicação ou acrescentar uma nova medicação àquela que o paciente já vinha tomando.

    Fundamental você conversar com o psiquiatra.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • Sim. Com o tempo o fenômeno da tolerância é esperado e as doses devem ser modificadas ou a medicação trocada.

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     Vitor Giacomini Flosi
    Vitor Giacomini Flosi
    Acupuntura Médica
    Psiquiatria
    São José do Rio Preto / SP
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Boa noite! Meu filho tem muita dificuldade de continuar um tratamento e isso me deixa aflita. Ele é muito inteligente porém, oscila muito o humor.
  • Pessoas (crianças ou adultas) que têm dificuldades em continuar tratamentos podem ter esta dificuldade por vários motivos: o tratamento pode ter efeitos colaterais desagradáveis, a pessoa pode não estar tendo o resultado esperado ou mesmo não ter o hábito de "levar as coisas até o final".

    Você deve procurar o psiquiatra que trata de seu filho e apresentar o problema para ele, de modo que se possa descobrir o que leva seu filho a não continuar e, assim, tentar resolver o problema com a orientação do profissional.

    Em relação às oscilações de humor, também o psiquiatra dele é que pode esclarecê-las: podem ser oscilações normais que todos têm, ou ser parte de um transtorno (depressão, ansiedade, transtorno bipolar) ou traços de personalidade (por exemplo, no paciente "borderline").

    Fale o quanto antes com o profissional que atende seu filho.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Qualquer psiquiatra trata de dependência química?
  • Boa noite, qualquer Psiquiatra deve estar habilitado para tratar de Dependência Química, porém dentro da Psiquiatria existem profissionais que tem subespecialidade em Dependência Química também. Pode procurar na sua região e realizar sua consulta.

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  • Não são todos os psiquiatras que entendem do tratamento de transtornos de abuso de substâncias (o nome oficial para as dependências químicas).

     

    Este tipo de tratamento requer tanto o conhecimento das medicações específicas (por sinal, só existem medicações aprovadas para o alcoolismo, o tabagismo e a dependência de heroína, NÃO existindo para maconha ou cocaína/crack).

     

    Além do que, o tratamento exige o uso de técnicas psicoterápicas direcionadas para o problema: ou seja, psicoterapias que entram em questões muito amplas da vida da pessoa não são especialmente úteis - melhor terapias que focam mais no problema das drogas.

     

    Além disto, frequentemente as pessoas usuárias vêm mais por pressão da família que por motivação própria e a família precisa aprender a como manter a pessoa motivada. O terapeuta também precisa saber motivar o paciente e todos os participantes precisam ter, além de tudo, muita paciência, porque a regra deste tipo de tratamento é haver recaídas. Apenas a continuidade e perseverança podem fazer que as pessoas parem definitivamente de usar, raramente param por definitivo já no início do tratamento.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • Olá, tudo bem? Espero que sim.
    Sim, qualquer Psiquiatra tem competência de tratar Dependência química, pois o estudo de todas as drogas que existem no mundo é estudada pelo Psiquiatra em sua formação. E tem ainda psiquiatras que fazem especialização em Dependência química, aumentando ainda mais o conhecimento na área. Espero ter ajudado e se gostou da resposta deixa aqui seu ôM e saúde na cabeça.

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O que fazer quando um doente não aceita ser tratado?
  • O ideal é buscar alguém diferente que tenha uma boa relação com o paciente para que possa sugerir a busca por ajuda, outra coisa é ver a possibilidade de consulta a domicílio para essa pessoa, outra maneira de ajudar é não confrontar o paciente e sugerir a ele a ajuda. Psicólogo também pode ser um caminho interessante e geralmente mais aceito pelos pacientes. Mostre a ele quantas coisas mudaram na vida dele que justifica a busca por ajuda.
    Espero ter ajudado e saúde na cabeça.

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  • Primeiramente precisamos entender porque ele não quer ser tratado: teve uma experiência ruim no passado ou nunca se tratou? A conduta inicial vai depender da gravidade do quadro. Uma das opções pode ser uma internação para estabilização do quadro, outra opção pode ser a psicoterapia para sensibilização.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • Trata-se de uma questão difícil de responder em poucas palavras. O correto é que vocês passem numa consulta com psiquiatra, para poder orientar especificamente o seu caso.

    Há muitos motivos para uma pessoa não aceitar tratar-se:

    - não perceber que está com algum problema;

    - perceber, mas não aceitar que está com algum problema (por exemplo, por envergonhar-se);

    - estar psicótico, i.e., perder o vínculo com a realidade;

    - estar incapacitado de envolver-se com atividades de modo geral, por exemplo, por quadro depressivo ou sintomas negativos de esquizofrenia;

    - dificuldades de relacionar-se com os profissionais que o atenderam.

    Em casos de pacientes psicóticos ou gravemente deprimidos, com eventuais riscos graves, pode-se proceder a internação, mediante avaliação psiquiátrica.

    Em outros casos, a família pode procurar orientação profissional para elaborar estratégias de como motivar a pessoa a tratar-se.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Atenção: as informações contidas nesta página não visam substituir as orientações do seu médico. Sua pergunta será encaminhada aos especialistas do catalogo.med.br, não sendo obrigatoriamente respondida pelos profissionais listados acima.