Doutor Responde
Login

Psiquiatria - Perguntas respondidas

Pacientes com esquizofrenia paranoide, mas em remissão há mais de quatro anos, podem renovar a CNH sem problemas? Ou existe uma proibição para esta renovação?
  • Se o paciente esquizofrênico está estável, com bom controle dos sintomas psicóticos e em uso regular de medicação antipsicótica, ele pode dirigir, desde que o psiquiatra que o acompanhe libere o mesmo para esta atividade.

    0
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
    Solicitar agenda
  • Esta é uma pergunta que poderia ser direcionada a um psiquiatra forense, que é um profissional que tem conhecimentos maiores nas áreas que interligam a legislação e a psiquiatria.

     

    A remissão de um quadro de esquizofrenia, entretanto, pode ser mais ou menos completo, de modo que, do ponto de vista psiquiátrico, a segurança para o paciente e a sociedade vai depender do quão completa é esta remissão. Entretanto, se não houver ideias persecutórias e alucinações, se a capacidade de comunicação for suficiente para lidar com as principais situações no trânsito e se houver segurança de que a pessoa está em uso contínuo das medicações, em princípio não há porque uma pessoa com esquizofrenia não possa dirigir.

    0
    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
    Marcar consulta
Tenho uma tia, irmã gêmea da minha mãe que é diagnosticada com bipolaridade. Minha mãe não é. Isso aumenta as minhas chances para esquizofrenia?
  • Sim, Transtorno bipolar e esquizofrenia tem fator de risco genético em comum.

    0
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
    Solicitar agenda
  • É uma questão difícil, pois depende inclusive do modo como se define esquizofrenia, transtorno bipolar e um transtorno intermediário, o transtorno esquizo-afetivo. Mas, segundo um dos estudos que encontrei, os riscos de irmãos de bipolares serem esquizofrênicos é de 3 a 4 vezes maior do que na população geral e de filhos serem esquizofrênicos é de 2 a 3 vezes. Possivelmente, suas chances são semelhantes à da população geral, já que temos o dado de que sua mãe NÃO tem transtorno bipolar.

     

    Porém, a herança dos transtornos psiquiátricos é complexa, envolvendo múltiplos genes. E estes genes podem ou não ser ativados dependendo de uma série de condições. Por exemplo, maus tratos na infância e abuso de álcool e maconha se relacionam ao desencadeamento de esquizofrenia.

     

    Então, potencialmente, é possível que sua mãe tenha os genes, mas eles não tenham se expressado.

    0
    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
    Marcar consulta
Tenho 3 filhas, a mais velha tem 14 anos. Ultimamente ela vem se comportando de uma maneira estranha, só fala em morrer e não vai à escola de jeito nenhum. Ela sempre foi retraída e meio tímida, mas agora ela não quer sair e nem ver pessoas.Está pior
  • Bom, você fez um relato e não uma pergunta. Mas, imagino que esteja querendo saber o que pode estar acontecendo com sua filha mais velha.

     

    Primeiramente, é importante deixar claro que é impossível (e proibido) fazer um diagnóstico sem avaliar a paciente pessoalmente.

     

    Apesar de as pessoas serem diferentes umas das outras e de isto não ser necessariamente um problema, crianças que sejam excessivamente retraídas e tímidas devem ser observadas e eventualmente levadas a um especialista (psicólogo, psicopedagogo ou psiquiatra com experiência em crianças), pois alguns transtornos já ocorrem nesta fase da vida ou se iniciam nela. Assim, depressão, alguns transtornos ansiosos e alguns transtornos de personalidade podem se iniciar já na infância e se agravar, se não forem devidamente tratados.

     

    Falar em morrer e não querer ir à escola pode ser uma forma de se esquivar dos deveres, mas não se deve partir deste pressuposto, porque seria perigoso. Há crianças e adolescentes, também, que se isolam em função de se relacionarem mais através de redes sociais, o que por si só também não é muito saudável. Entretanto, somando todos estes comportamentos, é muito importante que procure um psiquiatra com experiência com crianças e adolescentes, pois há grande possibilidade de sua filha estar apresentando um transtorno psiquiátrico. O mais comum, com este tipo de sintomas, é a depressão, mas outros transtornos também podem se iniciar com isolamento e sintomas depressivos. Leve-a o mais rápido a um profissional, porque se o problema for grave, estará prevenindo consequências sérias e, se não for, sentirá alívio por ser confortada.

    1
    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
    Marcar consulta
  • O quadro da sua filha mais velha parece um quadro de depressão. Procure um(a) psiquiatra e um(a) psicólogo(a). Abraço.

    0
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
    Solicitar agenda
Cuido do meu esposo que sofreu acidente e ficou dependente. Trabalho como ACS, vivo rodiada de pessoas doentes, sinto q estou fraca, às vezes com vontade de ficar sozinha. Será q estou com depressão? Não aguento mais trabalhar, mas dependo de mim.
  • Provavelmente você está com Estresse do Cuidador. Procure ajuda psicológica.

    0
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
    Solicitar agenda
  • Depressão não é a única causa possível dos sintomas que você cita. Fadiga e "burnout" são outras causas possíveis, só como exemplo. A depressão cursa com tristeza profunda, desânimo ou perda da capacidade de sentir prazer com várias semanas de duração e associada a falta ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite, dificuldades de concentração, diminuição ou perda do desejo sexual, pensamentos muito tristes ou de culpa ou excessivamente pessimistas.

    Entretanto, você não deve diagnosticar sua própria depressão. As informações ajudam no máximo a levantar alguma suspeita. Deve consultar um(a) psiquiatra. Caso não haja nenhum(a) nas proximidades ou demore muito para conseguir consulta, muitos médicos generalistas e clínicos também sabem tratar casos mais simples. Mas, não deixe de consultar um médico.

    0
    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
    Marcar consulta
Quais as consequências do alcoolismo?
  • Olá, tudo bem com você? Espero que sim.
    O que o álcool provoca depende muito do tempo de uso do álcool. Mas, geralmente, são graves os efeitos que ele pode causar, vou citar alguns: demência alcoólica, depressão, cirrose hepática, hepatite alcoólica, neuropatia alcoólica (perda da sensibilidade e redução da força do músculo), prejuízo na maneira de andar, tremores em repouso, quadros de ansiedade, miocardiopatia alcoólica (o coração cresce demais), problemas no sangue (anemia e prejuízo na coagulação do sangue) e prejuízo social, familiar, econômico.
    Espero ter esclarecido sua dúvida. Se tiver perguntas, é só mandar.

    0
  • Há várias consequências do alcoolismo, tanto físicas quanto psicológicas. Há doenças graves associados ao alcoolismo como cirrose hepática (doença do fígado), anemia megaloblástica, demência alcoólica, neuropatia, tremores, ansiedade, depressão, síndrome de abstinência alcoólica, delirium tremens, miocardiopatia (doença do coração), entre outros.

    0
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
    Solicitar agenda
  • As primeiras consequências do alcoolismo são comportamentais: as pessoas que abusam do álcool, num primeiro momento, frequentemente continuam trabalhando e exercendo a maioria de suas funções, porém têm comportamentos inadequados, numa série de circunstâncias. Assim, quando bebem, em festas, falam demais, brincam demais ou, ao contrário, vão a um canto e se isolam ou, quando a festa é em casa, talvez saiam do convívio dos outros e vão dormir. Algumas pessoas ficam agressivas. Pode ocorrer que indivíduos que abusem de álcool comecem a chegar atrasados em seu trabalho porque estão de "ressaca" por terem bebido, de noite ou porque dormiram demais de manhã e perderam o horário. Podem dirigir após beber, com todos os riscos que isto implica. Mesmo o frequente hálito etílico pode incomodar quem convive com a pessoa que abusa de bebidas. Pode também haver blecautes ou apagamentos, nos quais a pessoa esquece o que fez quando esteve embriagado.

    Num segundo momento, os prejuízos comportamentais podem acentuar-se e, por problemas cognitivos (por exemplo, dificuldades de memória e raciocínio), haver dificuldades no trabalho ou no estudo. O prejuízo cognitivo pode ser muito acentuado, após anos de consumo, chegando a um ponto no qual a pessoa não mais consegue gravar fatos recentes, chamado de síndrome de Wernicke-Korsakof ou mesmo à demência alcoólica. Na parte física, o álcool pode levar também a quadros inflamatórios do figado (hepatites) que, após anos podem levar à cirrose, um quadro gravíssimo. O álcool também pode, em longo prazo, afetar o coração, causar úlceras pépticas e câncer em várias partes do trato gastrintestinal. Doenças devidas a faltas de vitaminas e anemia também podem ocorrer. Entretanto, estas doenças são de estabelecimento em geral mais lento e não se deve esperar que ocorram para que se procure tratamento para o alcoolismo.

    O tratamento para alcoolismo geralmente deve ser multidisciplinar, envolvendo psiquiatras especializados e, por vezes, psicólogos, assistentes sociais e mesmo terapeutas ocupacionais. Médicos clínicos também devem ser periodicamente consultados.

    0
    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
    Marcar consulta
Atenção: as informações contidas nesta página não visam substituir as orientações do seu médico. Sua pergunta será encaminhada aos especialistas do catalogo.med.br, não sendo obrigatoriamente respondida pelos profissionais listados acima.