Ivan Mario Braun
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Apesar de os sinais que você descreve serem sugestivos de síndrome de Parkinson, é estranho um médico dizer que "não tem nada" porque, em sendo Parkinson, acredito que não haja médico que não conheça os principais sinais.
 
Assim, tirando a possibilidade de o médico se ter enganado, é possível que as alterações sejam devidas a outro quadro neurológico.
 
Existe também a possibilidade de se tratar de um tremor funcional, com componentes psiquiátricos/psicológicos.
 
De qualquer forma, antes de consultar um psiquiatra, seria talvez interessante solicitar mais uma avaliação neurológica.
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Existem crises epilépticas que só apresentam hipertonia, ou seja, a pessoa não "se bate" ou esta fase passa despercebida. A crise pode aparecer repentinamente. A presença de cistos ou lesões cerebrais tende mais a levar a crises parciais e não ao tipo de crise que você descreve.
Quanto à depressão, ela pode ocorrer independente da epilepsia, mas pessoas com alterações neurológicas têm maior propensão a apresentar também alterações psiquiátricas, por vários motivos, seja devido ao comprometimento cerebral quanto às consequências da doença sobre a vida da pessoa, na forma de estresse.
Certamente você deve levar a paciente ao neurologista, de preferência a um que tenha bastante experiência em epilepsias. Quanto ao quadro depressivo, o ideal é uma avaliação com psiquiatra, já que nem todos os neurologistas têm prática em tratar quadros psiquiátricos, apesar de que quase todos se propõem a fazê-lo.
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Primeiramente, "histeria" não é nada simples. Uma pessoa que reage a situações de estresse apresentando sinais físicos está se comunicando de uma forma deficiente com o ambiente, o que lhe traz sofrimento e muitas vezes também àqueles que a cercam - daí a procura de ajuda. E as síncopes de natureza psicogênica não são nem um pouco fáceis de tratar.
Por outro lado, deve-se ter muito cuidado antes de se diagnosticar um desmaio como sendo de origem psicogênica (psicológica). Há casos de predisposição cardiovascular (vasovagal) nos quais o estímulo táctil pode levar, eventualmente, a manifestações motoras. Ou seja, antes de se concluir que o problema é psicológico, deve-se fazer uma extensa investigação médica. E, se for concluída a origem psicológica, de modo algum se deve ter uma atitude de desprezo em relação ao(à) paciente ou usar o termo histeria no sentido pejorativo - trata-se de alguém que reage de uma forma específica ao sofrimento - ou para evitá-lo - e que merece tanta atenção quanto qualquer outro doente/paciente.
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Neurose é um termo que, hoje em dia, geralmente é substituído por transtornos de ansiedade e que se refere a pessoas que sejam excessivamente preocupadas ou tenham medos exagerados ou irracionais (fobias) ou pensamentos intrusivos desagradáveis e absurdos, seguidos por rituais para aliviá-los (transtorno obsessivo-compulsivo) ou reações prolongadas e excessivas a eventos traumáticos (transtorno de estresse pós-traumático) ou crises súbitas de angústia, ansiedade, medo ou desespero, acompanhadas de sintomas como falta de ar, tremores, suor, tontura, vista turva, sensações desagradáveis na barriga, vontade de fazer xixi ou cocô, palpitações no peito, calafrios ou ondas de calor (ataques de pânico).
 
Pessoas ansiosas frequentemente têm mais reações de sobressalto (sustos).
 
Depressões são episódios prolongados de desânimo, tristeza profunda ou incapacidade de sentir prazer, associadas a falta ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite, dificuldades de concentração ou pensamento alentecido, agitação ou inquietação, pensamentos muito tristes (lembranças tristes predominantes, sentimentos de culpa excessivos, ideias de morrer - não apenas medo de morrer ou mesmo de matar-se); muitas vezes irritabilidade ou choro frequente também podem estar presentes.
 
Apesar de que as pessoas, com base no que ouvem ou leem a respeito, podem desconfiar de ter determinado transtorno psiquiátrico e mesmo, em alguns casos, descobrir seu próprio diagnóstico, apenas um profissional habilitado (no caso, de preferência, um psiquiatra) poderá dar certeza.
 
Às vezes o psiquiatra prescreverá remédios. Outras vezes, em casos mais leves, sugerirá uma psicoterapia. Na psicoterapia, conduzida por psiquiatra ou psicólogo, a pessoa expõe seus sentimentos, emoções e problemas e, juntamente com o profissional, procura entendê-los e achar saídas. A ideia por trás destas técnicas é que certos problemas em nossas vidas podem trazer emoções e sentimentos negativos e que, resolvendo estes problemas, estes sentimentos podem desaparecer. Muitas vezes, opta-se por uma associação de medicações e psicoterapia.
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É uma questão difícil, pois depende inclusive do modo como se define esquizofrenia, transtorno bipolar e um transtorno intermediário, o transtorno esquizo-afetivo. Mas, segundo um dos estudos que encontrei, os riscos de irmãos de bipolares serem esquizofrênicos é de 3 a 4 vezes maior do que na população geral e de filhos serem esquizofrênicos é de 2 a 3 vezes. Possivelmente, suas chances são semelhantes à da população geral, já que temos o dado de que sua mãe NÃO tem transtorno bipolar.
 
Porém, a herança dos transtornos psiquiátricos é complexa, envolvendo múltiplos genes. E estes genes podem ou não ser ativados dependendo de uma série de condições. Por exemplo, maus tratos na infância e abuso de álcool e maconha se relacionam ao desencadeamento de esquizofrenia.
 
Então, potencialmente, é possível que sua mãe tenha os genes, mas eles não tenham se expressado.