Ivan Mario Braun
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Se você não sente desejo sexual e seu ginecologista mandou procurar um psiquiatra, ele deve estar partindo do princípio de que está tudo em ordem, com seu corpo e as causas são comportamentais.
 
Existem várias causas comportamentais, mas as mais comuns são problemas de relacionamento, no casal; falta de disponibilidade do parceiro ou parceira estimular você de modo suficiente; falta de habilidade para estimular você; diminuição do desejo sexual, em relações prolongadas (isto ocorre normalmente), acentuada por um ou mais dos fatores anteriores.
 
Uma outra causa possível é o uso de certas medicações que diminuem o desejo sexual.
 
Realmente, deve consultar um psiquiatra.
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O alprazolam é uma medicação do grupo dos benzodiazepínicos, usada basicamente para tratar sintomas de ansiedade.
Este grupo de medicações é muito eficaz pelo início rápido da ação e tem um risco muito baixo de intoxicação. Por outro lado, possui uma série de efeitos colaterais, que vão desde os riscos de quedas, passando pela incoordenação motora e problemas de memória que podem permanecer mesmo após a pessoa parar de tomar o remédio.
Assim, hoje em dia, recomenda-se que, a não ser em casos excepcionais, estas medicações sejam usadas por apenas algumas semanas.
De modo geral, a medicação pode ser retirada de modo muito lento. A velocidade depende da pessoa mas, na imensa maioria dos casos, em algumas semanas a alguns meses se consegue eliminar a medicação. A ideia é simples: retirar alguns miligramas do comprimido em cada consulta, a cada semana ou a cada duas semanas. A quantidade é aquela que a pessoa tolerar e não sentir falta.
Apesar de que, se a pessoa o fizer sozinha, poderá ter sucesso, é sempre melhor e mais seguro fazer com acompanhamento médico.
Não se deve esquecer que um médico deve ser sempre consultado para verificar se o caso da pessoa não é daqueles mais raros em que a medicação deve ser mantida por prazos maiores (por exemplo, situações de transtorno do pânico com má resposta a outros tratamentos).
Logicamente, se a pessoa tiver um problema psiquiátrico, devem ser usadas medicações adequadas, tais como outras medicações para diminuir a ansiedade, antidepressivos etc.
Se houver insônia, exercícios físicos e técnicas de higiene do sono podem ajudar.
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As crises de pânico se caracterizam por acessos súbitos de grande medo, angústia ou ansiedade, associados a sintomas como sensação de aperto no peito ou na altura do estômago, formigamentos, palpitações no peito, falta de ar, tremores, suor, tonturas, sensações ruins na barriga ou mesmo vontade de urinar ou evacuar. As crises, em geral, duram minutos, mas podem repetir-se uma após a outra.
 
Quando a pessoa têm estas crises com uma frequência maior, falamos em 'transtorno de pânico'.
 
O transtorno de pânico pode ser tratado por qualquer médico que conheça o assunto, mas deve ser tratado, preferencialmente, por psiquiatra, pois ele é o especialista específico neste tipo de problema.
 
A doença pode não ser curada, porém ela pode ser bem controlada, o que significa que grande parte das pessoas precisará continuar o tratamento mas, tomando a medicação correta, poderá viver uma vida completamente normal, sem ter crises.
 
As medicações costumam funcionar muito bem, sobretudo as do grupo dos inibidores de recaptação de serotonina. Entretanto, existem técnicas de tratamento de terapia comportamental-cognitiva que também podem funcionar.
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O transtorno de pesadelos ocorre em pessoas normais e, em 4%, ocorre até uma vez por semana. Não se sabe a origem exata, mas parece ter relações com o estresse vivenciado pela pessoa. Em casos de transtorno de estresse pós-traumático (quadros ansiosos graves que ocorrem após eventos traumáticos como guerras, assassinatos, estupros) vivenciados pela pessoa, é muito comum haver pesadelos em que a pessoa vivencia novamente o evento trágico.
 
Há também pessoas que tem um transtorno chamado de transtorno de movimentos do sono REM. Neste tipo de alteração, a pessoa tem sonhos e, ao invés do relaxamento dos músculos que deve ocorrer durante os sonhos, ela tem seus músculos funcionando normalmente e, possivelmente, ao mesmo tempo que sonha com movimentos violentos ou potentes, ela os realiza. Neste tipo de situações, ocorre com frequência de as pessoas se machucarem ou machucarem outras.
 
Finalmente, há o terror noturno, mais comum em crianças, nas quais a pessoa acorda, no meio da noite, num estado de consciência parcial, muito aterrorizada, aos gritos, apresentando com frequência movimentos frenéticos, aumento da frequência cardíaca. Pode estar com olhos abertos e mostrando desespero.
 
Cada um destes quadros pode ser tratado e existem medicações e terapias específicas para melhorá-los.
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É difícil saber o motivo exato pelo qual seu filho faz isto. Pode ser um caso de sintomas de exibicionismo sexual, onde as pessoas mostram seus órgãos sexuais ou partes de seu corpo para outras pessoas, para se excitarem. Pode ser uma tentativa inábil de estimulá-las. Pode ser, também, uma forma de chamar a atenção sobre si.
 
Seria importante uma avaliação psicológica ou psiquiátrica para poder estabelecer a causa mais provável.